Fatores associados ao acesso anterior à gestação a serviços de saúde por adolescentes gestantesFactors associated with access to health services prior to pregnancy by pregnant adolescents RESUMO OBJETIVO: Analisar os fatores determinantes do acesso de adolescentes gestantes a serviços de atenção primária à saúde, anterior à ocorrência da gestação. MÉTODOS:Estudo transversal baseado em referencial teórico. O acesso a serviços foi analisado em cinco dimensões: geográfico, econômico, administrativo, psicossocial e de informação. Participaram 200 adolescentes primigestas (10 a 19 anos) atendidas em uma unidade básica de saúde do município de Indaiatuba (SP), em 2003. Um questionário com perguntas abertas e fechadas referentes ao acesso ao último serviço de saúde utilizado, anterior à gestação, foi aplicado às participantes no momento de sua primeira consulta de pré-natal. Os dados foram analisados por meio do teste de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e por regressão logística múltipla, considerando as cinco dimensões de acesso. RESULTADOS:Mais da metade (63,7%) das adolescentes utilizou algum serviço de saúde para consulta ginecológica. Entre as que nunca consultaram um ginecologista, as justifi cativas dadas foram falta de informação (43,8%) ou sentimento de medo ou vergonha (37,0%). A principal difi culdade de acesso ao serviço esteve relacionada a barreiras psicossociais, identifi cadas por 77,0% das adolescentes. CONCLUSÕES:Entre as barreiras de acesso ao serviço de saúde, foram signifi cativas apenas as psicossociais. São necessárias novas estratégias para facilitar o acesso ao serviço de saúde às adolescentes, incluindo ações que diminuam as barreiras de gênero e que se considerem suas características sociodemográfi cas e o vínculo com seus parceiros.
* CorrespondênciaCAISM-FCM-UNICAMP Rua Alexander Fleming,101 Campinas/SP CEP: 13083-881 Caixa Postal 6081 psilva@unicamp.br RESUMO OBJETIVOS. Verificar o conhecimento sobre alguns aspectos do aparelho genital feminino, da fisiologia da reprodução e sua associação com características sociodemográficas e "escolhas" reprodutivas em adolescentes gestantes. MÉTODOS. Realizou-se um estudo de corte transversal com 200 adolescentes primigestas, durante a primeira consulta de pré-natal no Ambulatório da Mulher de Indaiatuba, São Paulo. Foram feitas entrevistas face a face, com questionário estruturado e um modelo feminino tridimensional confeccionado artesanalmente para coleta dos dados. Os dados foram analisados utilizando-se os testes Qui-quadrado de Pearson, ou Exato de Fisher, e por regressões logísticas múltiplas, para verificar associações entre indicadores do conhecimento sobre anatomia dos órgãos genitais femininos, fisiologia dos órgãos e da reprodução com características sociodemográficas e "escolhas" reprodutivas. RESULTADOS. A maioria tinha conhecimento insatisfatório sobre anatomia (55,5%), com os órgãos externos sendo identificados com maior facilidade e melhor localizados do que os internos; fisiologia dos órgãos (61%); e aspectos fisiológicos da reprodução (76,5%). Algumas associações significativas foram estabelecidas entre o conhecimento e a idade dos parceiros, diferença de idade do casal, manutenção do vinculo após ocorrência da gravidez, filiação religiosa e escolaridade da adolescente. Não houve associação entre os indicadores de conhecimento estudados com a utilização de método anticoncepcional na primeira relação sexual e a intenção de ter um filho naquele momento. CONCLUSÃO. Este estudo faz emergir a complexidade da relação entre o conhecimento sobre anatomia e fisiologia reprodutivas e a temática da gravidez na adolescência, evidenciando a necessidade de abordagens mais contextualizadas dos conteúdos de programas de educação sexual, quando seu foco for a redução da gravidez precoce. No mesmo período, a taxa de fecundidade entre adolescentes de 10 a 14 anos foi duplicada, enquanto que a fecundidade de mulheres adultas apresentou uma curva decrescente sistemática e significativa. Dados do DATASUS, do período de 1994 a 1997, continuaram mostrando esta tendência, com a taxa de fecundidade aumentando de 2,0 para 3,2 em cada mil jovens entre 10 e 14 anos, e de 62,2 para 79,3 em jovens de 15 a 19 anos 2 .Quando analisados os possíveis fatores etiológicos ligados ao incremento das gestações nesta faixa etária, pode-se perceber a sua complexidade, que aponta para uma rede multicausal que torna as adolescentes especialmente vulneráveis. No Brasil, assim como em muitos outros países, o índice crescente de gravidez na adolescência representa um problema social e de saúde pública, devido às repercussões biológicas, psicológicas e sociais que podem ser acarretadas nesta faixa etária 3,4 . O fenômeno é verificado especialmente, mas não exclusivamente, na população de baixa renda, por causa das condições de vid...
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