Este artigo se constitui num ensaio teórico construído a partir de uma revisão de literatura. Tem como objetivo discutir a questão da resiliência na educação escolar. Busca-se compreender o significado do termo resiliência e como esse conceito está adequado à figura do professor que, ao mesmo tempo viabiliza práticas e atitudes construtivas dos alunos, frente aos problemas do cotidiano da escola. A pesquisa da literatura sobre o assunto ocorreu nas bases de dados Medline, Google Acadêmico, Scielo, Lilacs (BIREME) entre os anos de 2002 a 2008. Os estudos sobre a resiliência do professor se revelaram ainda raros, preliminares ou insuficientes. Eles mostram que a resiliência não é um atributo da pessoa, mas pode ser consolidada na ação docente, e que o ambiente resiliente da ação pedagógica cresce quando existe um suporte afetivo e emocional necessário para que as pessoas trabalhem em constante clima de aprendizagem.
Explora-se a literatura nacional e internacional sobre resiliência e educação, por meio de um estudo de revisão crítica. A base de análise foi a hermenêutica dialética. Identificamos dois núcleos temáticos: a dimensão relacional da resiliência e a estrutura educacional; a estrutura da política educacional e a resiliência na prática docente. O primeiro subdivide-se em dois campos: um relacionado à psicologia do desenvolvimento, valorizando o lugar do indivíduo na construção de posturas e comportamentos resilientes, e outro que se vincula à perspectiva sistêmica das instituições, incluindo escola e família. Concluímos que na educação são produzidos "processos resilientes" e muito menos resiliência como conceito destituído de contexto, realidade e reflexão. Sugerimos que uma análise dos campos simbólicos, dos capitais gerados nesse universo e do diálogo entre tradições pode ser útil para análises futuras da temática da resiliência e da educação.
As condutas violentas de crianças, de pré-adolescentes e de adolescentes, em situação de risco social, têm-se constituído em um fenômeno de natureza moral que vem se alastrando nos últimos anos no Brasil. Tal fato tem atingido diferentes instâncias da sociedade brasileira, dentre estas, muitas escolas, constituindo-se em um grande desafio e preocupação para a sociedade e, mais especificamente, para os responsáveis por estas instituições. Por este motivo vem sendo objeto de políticas públicas que, de alguma maneira, buscam apresentar alternativas estratégicas para a solução de um problema de tal magnitude. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo apresentar uma reflexão acerca do assunto, apresentando uma avaliação de contexto existencial de violência que pudesse contribuir com alguns pressupostos para o planejamento de condutas motoras educacionais voltadas para pré-adolescentes com atraso no desenvolvimento cognitivo e que, por isto mesmo, encontram-se matriculados em classes de progressão. Tal avaliação foi desenvolvida a partir de uma compreensão fenomenológica existencial dos entes pré-adolescentes de 9 a 12 anos de idade, matriculados na referida classe da Escola Municipal Dr. Mário Augusto T. de Freitas, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, na qual o comportamento violento de alunos é uma manifestação corriqueira. Nesta compreensão estabeleceu-se uma correlação lógica entre as causas e conseqüências do referido problema, utilizando-se como suporte teórico o pensamento de José Ortega Y Gasset que manifesta a necessidade de se conhecer o Ser a partir de sua circunstância existencial, evidenciando-se que os entes em questão vivem em um contexto sociohistórico de circunstâncias adversas, as quais podem ser levadas em consideração como sendo, de certa forma, as causas da violência na escola e em outros ambientes inerentes às suas vidas.
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