O artigo possui como objetivo principal analisar os impactos que o genocídio de Ruanda gerou na arquitetura de paz e segurança africana. Feito isso, buscaremos demonstrar que a necessidade em distanciar o continente de tragédias similares ao caso ruandês, foi um dos fatores que impactou tanto nos debates que culminaram na transformação da Organização da Unidade Africana (OUA) em União Africana (UA), como também na inclusão e valorização do princípio da não-Indiferença por parte da UA. Assim, espera-se concluir que, mesmo havendo interesse em resolver os conflitos existentes no continente, reflexo disso foi a criação de diversas missões de paz, em verdade a atuação da UA acaba sendo limitada pela falta de recursos próprios para a operacionalização de tais iniciativas, uma vez que ainda depende de repasses advindos de potências extrarregionais e de organismos internacionais, em especial as Nações Unidas (ONU). Em termos metodológicos, o artigo baseia-se em fontes primárias e secundárias consideradas relevantes para o tema.
Palavras-Chaves: Ruanda. Missões de Paz. Não-Indiferença. União Africana
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