O presente artigo mostra um procedimento de ensino de leitura de palavras e de unidades numéricas. Desse modo, tendo sido ensinado separadamente o comportamento de ler palavras e números, estas classes de estímulos foram apresentadas juntas formando pequenas frases. Participaram desse estudo 13 crianças da primeira série, da rede pública estadual, que não apresentavam o repertório de ler e o de identificar2 números. O grupo foi composto por crianças do sexo masculino e feminino, cujas idades variavam entre 6 e 7 anos. O ler e o escrever, bem como identificar números, foram ensinados por meio de um procedimento de discriminação condicional por exclusão das palavras e números conhecidos. Os dados mostram que todos os participantes, exceto dois (P1 e P2) aprenderam a ler e escrever as palavras de ensino e a identificar números. Nas etapas de testes, estabeleceram, também, as equivalências BC/CB, leram as palavras impressas correspondentes corretamente e frente a palavras impressas, identificaram as figuras correspondentes corretamente. Na situação de teste, leram as frases compostas por palavras e números. Os dados são discutidos mostrando que o ler e escrever palavras são equivalentes ao identificar números e que a seqüência de ensino das unidades independentes palavras/números facilitou a emergência de leitura de frases.Palavras-chave: leitura de frases; identificar números; equivalência palavra-número.
Environmental education towards sanitation can be effective to promote water conservation in a cycle of use framework. Considering attitudes as main determinants of pro-environmental behaviour and the need to expand knowledge from an educator's point of view, this research aimed to comprehend the relations between environmental education and the development of environmental attitudes from sanitation workers. Group differences in activity execution and age were investigated. A mixed-method research design was conducted in a Brazilian sanitation company, CASAN, in two phases. In phase 1, 119 workers from treatment plants where environmental education is performed were submitted a sociodemographic questionnaire and the Environmental Attitudes Inventory. Data submitted to descriptive and comparative analyses indicated higher levels for preservation and general environmental attitudes for younger workers. In phase 2, 19 environmental educators were interviewed and their data submitted to content analysis to verify attitude functions. Participants confirmed the importance of performing activities for environmental attitudes development; institutional determinants were discussed, considering workers' role in the promotion of natural resources conservation and adequate sanitation.
A Psicologia Ambiental (PA) é uma disciplina que se propõe a estudar a inter-relação entre pessoa-ambiente, a partir da perspectiva de que ambos estão inseridos em um sistema de mútua influência. Ressalta-se que esta pesquisa sucedeu no Laboratório de Psicologia Ambiental (LAPAM/UFSC). Com o objetivo de refletir acerca dos fundamentos epistemológicos dos estudos pessoa-ambiente, este estudo realizou uma análise da produção científica de artigos relacionados com o tema, disponíveis nas bases de dados Scielo, Pepsic, Indexpsi, BVS, LILACS. Utilizou-se os descritores pessoa, ambiente e psicologia ambiental, selecionados segundo os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). A partir da amostra nacional de 29 artigos científicos, foi verificado que a relação pessoa-ambiente em suas origens adotava uma perspectiva individualista, focada nos efeitos psicológicos que o ambiente causava nas pessoas. Posteriormente, estudou-se a pessoa-ambiente em uma perspectiva interacionista, na qual ambos são unidades separadas e possuem uma relação de causa e efeito. Já a partir de uma visão mais atual, pessoa e ambiente são vistos inseridos em um sistema de inter-relação, em que ambos se definem e se modificam mutuamente. Foi possível identificar que a ontologia atual é materialista, a antropologia é transacionalista e agente e a epistemologia é interacionista e construtivista. Verificou-se que há duas características principais na PA: construção do conhecimento científico a partir da abordagem multimétodos e interdisciplinar. Sugere-se a futuras pesquisas incorporar questões culturais nas investigações pessoa-ambiente, devido ao modo como influencia visões de mundo e construções urbanas e privadas.
Resumo O objetivo deste estudo foi examinar, por meio de revisão integrativa de artigos empíricos, a produção científica relacionando a Psicologia Ambiental (variáveis de comportamento/cognição) e sustentabilidade, considerando diferentes recursos. Para efeitos deste estudo, foram analisados os artigos que abordam um recurso único. A busca foi realizada nos periódicos Environment and Behavior, Journal of Environmental Psychology e Psyecology, reconhecidos pela relevância internacional em produção científica no campo da Psicologia Ambiental. Foram selecionados 24 artigos, publicados entre os anos de 2012 e 2016, a partir dos critérios de inclusão pré-estabelecidos. Os anos com maior número de publicação foram 2014 (n = 8) e 2015 (n = 8). A maioria dos artigos se refere a estudos realizados na Europa, apenas um trata de pesquisa no Brasil. Os recursos abordados nos estudos abrangeram transporte, produtos, água, energia elétrica, sacola plástica e pastagem natural. Os resultados revisados demonstram que há uma diversidade de conceitos na mediação entre comportamentos/cognições e diferentes recursos, indicando a relevância destas abordagens para a promoção de sustentabilidade. Sugere-se caminhos para pesquisa e intervenção nas relações sustentáveis entre pessoas e recursos disponíveis em seus meios.
A educação ambiental está envolvida na promoção de atitudes ambientais. Sendo essas determinantes para a preservação ambiental, considera-se importante compreendê-las sob o ponto de vista dos sujeitos envolvidos na educação ambiental. Assim, a presente revisão integrativa objetivou a análise da produção científica em torno das atitudes ambientais e suas relações com a educação ambiental, com foco nos sujeitos que executam tais atividades. Foram pesquisadas as bases de dados DOAJ, Medline/Pubmed, PEPSIC, Periódicos CAPES, Psycinfo, Redalyc, Scielo, SCOPUS e Web of Science. Os resultados indicam a predominância de estudos com foco nos destinatários da educação ambiental e na modalidade formal. Entre aqueles que abordam os educadores, identificou-se que características ambientais, apoios e programas ligados à gestão ambiental resultam na execução de uma educação ambiental promotora de atitudes ambientais. Esses mecanismos são fundamentais para o desenvolvimento de percursos formativos que propiciem comportamentos ambientalmente responsáveis de educadores, favorecendo a emergência de atitudes ambientais de seus educandos.
As políticas de saneamento têm como objetivo a melhoria e manutenção do bem-estar na sociedade. No Brasil, o trabalho em empresas deste contexto pode incluir a educação ambiental, oportunidade para sensibilização da população quanto à preservação dos recursos hídricos. O presente estudo teve por objetivo caracterizar a educação ambiental para o saneamento e compreender a atuação dos educadores à luz do modelo emancipatório. Trata-se de um estudo exploratório e qualitativo. Realizou-se o acompanhamento de atividades de educação ambiental realizadas na Companhia Catarinense de Águas e Saneamento e entrevistas com 19 trabalhadores denominados multiplicadores ambientais. As características das atividades foram registradas através de diário de campo e analisadas por meio de estatística descritiva. As entrevistas foram gravadas e os dados submetidos à análise de conteúdo através do software Atlas.ti, versão 7.5.7. Os resultados permitiram conhecer as características das atividades de educação ambiental realizadas, dos visitantes e dos participantes. As categorias identificadas demonstraram que a atuação dos multiplicadores ambientais é compreendida por seu desenvolvimento, relação com atividades principais, competências, impactos aos visitantes e avaliação da educação ambiental realizada. Tal atuação é parcialmente congruente com a educação ambiental crítica e emancipatória. Identificaram-se oportunidades para o engajamento de trabalhadores em atividades ambientalmente responsáveis.
2 , Orcid: http://orcid.org/0000-0002-4015-8561 Igor Schutz dos Santos 1 , Orcid: http://orcid.org/0000-0001-9000-4934 Adriano Henrique Nuernberg 1 , Orcid: http://orcid.org/0000-0002- As manifestações conhecidas como o movimento Occupy (Ocupe) tomaram conta da Europa no final de 2011. Originadas nos países da região norte do continente africano, as mobilizações envolveram contingentes significativos da população, propondo uma presença maciça nos espaços públicos, ocupando-os fisicamente e expondo alguns dos mais relevantes problemas da sociedade moderna (Harvey et al., 2012). Em diferentes locais os protestos destacaram temas como a democratização em países sob regimes de ditadura, o direito à participação popular, o acesso digno a emprego e educação e a organização econômica moderna.A versão norte-americana com destaque em mídia, o Occupy Wall Street, lançou luz sobre a desigualdade social, a má distribuição de riqueza e poder e a falta de garantia dos direitos de uma grande parcela da população. Não por acaso, o impacto da economia global no cotidiano dos cidadãos passou a se tornar um campo fértil de questionamentos também das forças que sustentame as possíveis ou imagináveis soluções para superara invisibilidade de determinados grupos da população, em toda sua heterogeneidade. Assim, a referência à "ocupação" ganha um novo conjunto de estudos a partir de uma obra lançada em 2016, cujos autores abordam os temas presentes no movimento Occupy, seus sentidos e relações na compreensão do fenômeno da deficiência.O livro Occupying disability: critical approaches to community, justice and decolonizing disability (Ocupando a deficiência: abordagens críticas sobre comunidade, justiça e descolonização da deficiência, tradução nossa) organizado por Pamela Block, Devva Kasnitz, Akemi Nishida e Nick Pollard é uma obra internacional sobre deficiência que reúne textos de trinta e nove autores de diferentes áreas, com uma diversidade de perspectivas críticas a respeito da deficiência.Os autores colaboradores são oriundos de diferentes espaços de atuação profissional, acadêmica e de ativismo. Assim, suas perspectivas incluem a teoria, prática e experiência da deficiência. Os temas principais da obra incluem: as variações do conceito de ocupar; o ativismo da deficiência e o trabalho de descolonização; marginalização e minoritização; tecnologia; luta, criatividade e mudança. Seus objetivos convergem em considerar a deficiência não como patologia ou impedimento (impairment), mas como uma série de identidades e experiências sociais únicas. Tais experiências são configuradas a partir deum espectro das diferenças, ligadas a valores socioculturais, representações acerca da deficiência e barreiras ambientais.
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