Este artigo aborda os resultados de uma pesquisa teórico-empírica, realizada numa escola pública municipal da cidade do Recife, sobre a inter-relação bullying escolar, disciplinaridade e transdisciplinaridade. A pesquisa buscou compreender se o uso da abordagem transdisciplinar, mais notadamente a Lógica do Terceiro Incluído, em ambientes escolares, possibilitava a minimização da ocorrência do fenômeno bullying entre pares. Em temos metodológicos, fundamentou-se numa abordagem qualitativa, tendo a Observação Participante como método, fez-se uso das seguintes técnicas de construção de dados: observação exploratória, entrevista semiestrutural e rodas de discussão. 35 (trinta e cinco) sujeitos (adolescentes) participaram como interlocutores/as, sendo, desse número, 5 (cinco) adolescentes ouvidos/as nas entrevistas e participantes das rodas de discussão. Os resultados apontam que a abordagem transdisciplinar, quando utilizada no enfrentamento ao bullying escolar, possibilita pôr em evidência questões tais como rejeição à diferença identitária, preconceito ao/à não-semelhante, a importância do autoconhecimento, do conhecimento do/a outro/a, da compreensão e da empatia como elementos essenciais a uma convivência social compassiva.
Neste relato apresentamos as experiências de um curso de extensão universitária realizado em Recife, Pernambuco, no ano de 2018, comprometido com o empoderamento juvenil. O curso foi conduzido por dinâmicas de formação, inspiradas nos preceitos da educação popular e pautadas no incentivo à participação social dos jovens instigados pelo autorreconhecimento enquanto atores relevantes para a cidadania, e em afirmações identitárias, quando as lideranças foram subsidiadas por práticas e saberes políticos, científicos e culturais através de novas tecnologias pedagógicas hábeis à continuidade destas e de outras ações. Além das considerações descritivas do curso, trazemos as narrativas dos educandos treinados a desenvolverem pesquisas de campo, quando elaboraram diários, cuja análise interpretativa dos relatos ali contidos favorece-nos à aproximação qualitativa de suas realidades e visões de mundo.
Este trabalho intenta analisar e discutir os processos de empoderamento e resiliência de meninas alvo de bullying na escola. O recorte de gênero se faz essencial à medida que ainda há pouco material que contemple as particularidades do bullying entre meninas. A pesquisa empírica aconteceu numa Escola de Referência em Ensino Médio (EREM), na cidade do Recife, no ano de 2017. Ela foi dividida em duas etapas: a primeira contou com a participação de 91 meninas matriculadas nas três séries do ensino médio e aconteceu a partir da aplicação de um Questionário sobre a temática; para a segunda etapa, foram selecionadas 45 meninas que participaram de Rodas de Diálogo na intenção de discutir os eixos centrais desta pesquisa. Por meio da análise dos dados coletados, entende-se que o fortalecimento de meninas vítimas de bullying, através do empoderamento de seus traços identitários, pode fomentar o desenvolvimento de resilência e se tornar um caminho possível para o enfrentamento da questão.
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