Este artigo tem como objetivo refletir sobre as bases da emergência de uma linguagem - ou de linguagens - totalitária(s), tomando o contexto da crise sociopolítica que se intensifica no Brasil a partir de 2016. Para estruturar essa reflexão, partimos da abordagem de Hannah Arendt sobre totalitarismo e de autores do campo da linguagem e do discurso que discutem as relações que se estabelecem entre linguagem e poder, tomando a mídia como instância relevante nesse processo e o sistema de propaganda como instrumento primordial dessa linguagem. Portanto, se se pode pensar no espectro de uma linguagem totalitária, que caraterísticas a definem? Quais as bases que a sustentam e em que contextos pode emergir? E, sobretudo, qual o papel da mídia nessa configuração?
ResumoO objetivo do texto é discutir e avaliar, de modo específico, os processos de metáforas sinestésicas, avaliando as condições sensório-motoras que integram a sua construção. Inicialmente, relato, retomando autores da área, alguns posicionamentos sobre a questão da sinestesia como um fenômeno neurofisiológico e sua importância como uma atividade perceptiva multimodal. Na sequência, enfatizo as discussões que foram desenvolvidas por diversos autores (Ullmann; Williams; Werning, Fleischhauer e Beseoglu; Yu) sobre o alcance das metáforas sinestésicas. Além do mais, procuro contemplar o essencial de cada uma das abordagens, com ênfase especial sobre limites combinatórios sensoriais e a direcionalidade preferencial para certas combinações. Como esses estudos foram realizados a partir de corpora específicos ou de avaliação experimental, esses autores apontam restrições às combinações que, intuitivamente, parecem naturais numa dimensão interpretativa. Por último, aponto a necessidade de se restringirem os limites e as condições sob as quais o aparelho sensório--motor opera na integração de percepções advindas de sensores diferentes.Palavras-chave: Metáfora. Sinestesia. Percepção sensorial. Direcionalidade. Integração sensorial.
RESUMO:Pretende-se, com este texto, questionar o cenário social, político, linguageiro, cultural e histórico, que deve demandar posicionamentos de resistência no que concerne ao preconceito sexual vigente, capaz de rotular, destruir psicologicamente e até mesmo ceifar a vida de outros seres humanos, por razões ligadas a uma racionalidade subjetiva que encontra anuência em um discurso heteronormativo, sexista e homofóbico, ao reproduzir crenças, valores e desejos hetrossexualizados, com corpos rotulados por metáforas estigmatizadoras, nas relações de poder que se reforçam numa sociedade que tem como norma o hétero, descartando o homossexual e praticando ações homofóbicas paroxistas. No intuito de definir-lhe os aspectos atuais mais constantes, busca descrever o cenário da patologização do não heteronormativo e delinear, no contexto da heteronormatividade, a LGBTfobia, com categorias naturalizadas e manipulação de símbolos a essas categorias semânticas como reflexo da cognição humana, pela capacidade humana de categorizar e reproduzir categorias produtoras de sentidos metafóricos sexistas.
Desde sua formulação na primeira metade do século XX (AUSTIN, 1962), a Teoria dos Atos de Fala tem se consolidado como uma frutífera abordagem para a compreensão das relações entre língua(gem) e ação. Em favor dessa afirmação, podemos observar, por exemplo, o constante tratamento da teoria nos mais variados manuais linguísticos sobre Pragmática. Tendo em mente, pois, esse lugar privilegiado que, a despeito de seus críticos, a teoria alcançou, e com vistas a possibilitar novas incursões na Teoria dos Atos de Fala ou, até mesmo, em toda a filosofia da linguagem e da mente de John Searle, o presente artigo visa jogar luz sobre os conceitos de “significado” e “verdade” que subjazem à Teoria dos Atos de Fala de orientação searleana. Para tal, além de colocações pontuais decorrentes do conjunto de escritos do próprio John Searle, recuperamos as considerações de Mari (1998), Strawson (1982) e Walker (1997). Ao fim, sustentamos que na base da Teoria dos Atos de Fala está tanto a concepção da “verdade como correspondência” quanto o entendimento de que o significado é o produto das complexas relações entre o significado convencional da sentença (aspecto formal), por um lado, e o significado intencional do falante, enunciador (aspecto enunciativo), por outro.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.