Nosso propósito é delimitar um campo problemático que, na falta de melhor designação, pode-se dizer situado entre servidão e liberdade. É nesse terreno que tais categorias, que não devem ser tomadas como absolutas, podem assumir um sentido concreto, vinculado às variadas formas como os homens buscam a sua felicidade, umas vezes com êxito, outras com grande fracasso.
Tanto Espinosa quanto Nietzsche promoveram uma análise crítica da moral vigente; ambos terminam por descobrir a falsidade da concepção de valores transcendentes. No caso específico de Nietzsche, tal operação o conduz a determinar a criação de valores como uma tarefa imperativa aos novos filósofos. O mesmo poderia ser dito de Espinosa? Não encontraríamos no espinosismo algo que se aproximasse de uma necessidade de criar valores? Buscamos responder a tais questões mediante uma análise do início do Tratado da emenda do intelecto.
A partir das reflexões do último Merleau-Ponty sobre a ontologia clássica e sua compreensão do ser, particularmente n’O visível e o invisível, podemos descobrir certas questões que aproximam sua filosofia da de Espinosa. Ao repassar algumas delas, esperamos mostrar ao menos a pertinência de uma investigação acerca das relações entre espinosismo e merleau-pontysmo.
Resumo Nesta entrevista, a filósofa Marilena de Souza Chaui reconstitui seu percurso de estudante e professora de filosofia, tanto no ensino médio quanto no ensino superior, analisa sua participação na resistência à ditadura civil-militar no interior da universidade e destaca a importância das suas atividades como pesquisadora do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e como secretária da cultura da cidade de São Paulo no governo de Luiza Erundina. A partir disso, propõe uma reflexão sobre as transformações da universidade brasileira nas últimas décadas, uma análise sobre a ideia de cidadania cultural e sobre alguns pontos cruciais para a atividade docente, especialmente no que concerne ao ensino de filosofia. Contrária à concepção de docência fundamentada na transmissão de conhecimentos, CHAUI defende um ensino que percorra o trabalho do pensamento dos filósofos, cientistas e artistas, mas que também se debruce sobre experiências novas. É fundamental, argumenta a autora, que o professor auxilie seus alunos a fazerem a passagem da experiência vivida à experiência compreendida.
Tanto Spinoza como Nietzsche promueven un análisis crítico de la moral vigente; ambos terminan descubriendo la falsedad de la concepción de valores trascendentes. En el caso particular de Nietzsche, tal operación lo conduce a determinar la creación de valores como una tarea imperativa para los nuevos filósofos. ¿Lo mismo podría ser dicho de Spinoza? ¿No encontraríamos en el spinozismo algo que se aproximaría a una necesidad de crear valores? Intentamos contestar a tales cuestiones mediante un análisis del inicio del Tratado de la reforma del entendimiento.
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