Este artigo apresenta resultados de pesquisa realizada no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) de Campina Grande (PB). Objetiva mostrar a atividade de trabalho, evidenciando os fatores de risco e as estratégias de defesa utilizadas para enfrentá-los e subvertê-los. Os pressupostos teóricos e metodológicos se basearam nas abordagens da Ergonomia Situada e da Psicodinâmica do Trabalho. Foram feitas 15 observações sistemáticas do trabalho e quatro entrevistas coletivas com as equipes do NUMOL. Identificaram-se os fatores de risco biossanitário, ergonômico, de acidentes e psicológico. Percebeu-se a mobilização dos trabalhadores diante das variabilidades, na cooperação no trabalho e na elaboração de estratégias de defesa. Concluiu-se que os trabalhadores são ativos, usam os saberes de prudência e elaboram estratégias de defesa para se proteger dos riscos e transformar o sofrimento.
O campo da Saúde do Trabalhador, disposto a estudar e a intervir nos processos de saúde e doença, tem dialogado com diferentes áreas do conhecimento no intuito de melhor compreender a complexidade presente nesta interação, considerando a diversidade de fatores que podem interferir nos níveis de saúde experimentados pelas pessoas. Em meio ao crescente interesse pelo campo, se faz pertinente questionar como a ciência psicológica tem se posicionado a respeito das repercussões do trabalho sobre a mente humana. Para tanto, o presente estudo propõe identificar em que medida a atuação do psicólogo em saúde do trabalhador tem contemplado os pressupostos da abordagem psicossociológica. Através das bases de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) realizou-se uma revisão integrativa da literatura, a fim de compilar informações que viabilizassem a síntese do estado do conhecimento da temática em questão. Foi possível identificar a necessidade de um maior investimento em termos de pesquisa e de intervenção no campo saúde do trabalhador fundamentados nos pressupostos psicossociológicos.
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