Resumo A Síndrome de Burnout resulta do estresse crônico no trabalho e é composta por três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização profissional. Objetivou-se identificar, em professores da educação básica de Londrina, no Paraná, fatores associados a piores níveis nessas dimensões. Trata-se de estudo transversal realizado entre agosto de 2012 e junho de 2013. Foram pesquisadas características sociodemográficas, ocupacionais, relacionamentos na escola, violência contra o professor e Síndrome de Burnout por meio da escala Maslach Burnout Inventory (MBI). Pontuações > percentil 75 na MBI (exaustão emocional e despersonalização) ou < percentil 25 (realização profissional) foram consideradas como piores níveis. Foram realizadas análises bivariadas e múltiplas por regressão de Poisson. Participaram da pesquisa 804 professores. Após ajustes, relacionamento ruim/regular com alunos associou-se a piores níveis nas três dimensões da escala. Tempo insuficiente para família/lazer e relacionamento ruim/regular com pais permaneceram significativos para piores níveis de exaustão emocional e de despersonalização. Violência física, quantidade de alunos considerada ruim/regular e infraestrutura ruim da escola ainda se mantiveram associadas a piores níveis de despersonalização, enquanto oportunidade ruim/regular para expressar opiniões no trabalho associou-se à baixa realização profissional. Ambiente de trabalho hostil e outros fatores laborais devem ser priorizados por políticas de prevenção da Síndrome de Burnout em professores.
This study compared risk factors for infant mortality in 2000-2001 and 2007-2008 in Londrina, Paraná State, Brazil. Data on live births and infant deaths were linked in a single database, and a hierarchical regression model was used. Distal risk factors for infant mortality in 2000-2001 were maternal age < 20 or ≥ 35 years and lower maternal schooling. In 2007-2008, maternal age ≥ 35 or < 20 years were risk factors, while low schooling appeared as a protective factor. The following intermediate factors were associated with increased infant mortality in 2000-2001: multiple pregnancy, history of stillbirth, and insufficient number of prenatal visits, while cesarean delivery was a protective factor. Multiple pregnancy was the only intermediate risk factor in 2007-2008. All of the proximal factors were associated with higher infant mortality in 2000-2001, but only gestational age and 5-minute Apgar in 2007-2008. The risk factors for infant mortality changed from the first to the second cohort, which may be related to the expansion of social policies and primary care and changes in the reproductive and social patterns of Brazilian women.
Comparou-se a mortalidade infantil evitável nas coortes de nascimentos de 2000/2001 e de 2007/2008, em Londrina-PR. Dados sobre nascidos vivos e óbitos infantis foram vinculados em base de dados única e as causas básicas de morte foram agrupadas conforme a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde. Calculou-se a variação percentual das taxas de mortes entre os biênios e usou-se a técnica de análise de correspondência. As proporções de óbitos evitáveis foram de 71,6% em 2000/2001 e de 65,5% em 2007/2008. A taxa de mortalidade evitável por atenção à mulher na gestação predominou nos dois biênios, com incremento de 16,7%. Houve declínio das taxas de mortalidade evitável pelas demais causas. A análise de correspondência mostrou, em 2000/2001, um perfil de mortes representado principalmente por causas evitáveis por atenção à mulher no parto e por adequada promoção/atenção à saúde, enquanto que, em 2007/2008, por causas evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação, especialmente entre os nascidos com baixo peso, e não claramente evitáveis entre os com peso adequado. Apesar da diminuição da mortalidade por algumas causas evitáveis, são necessárias medidas para aumentar a qualificação da atenção durante a gestação.
Resumo Objetivou-se verificar fatores ocupacionais associados ao trabalho de alta exigência entre professores da educação básica e se as associações variavam conforme o apoio social. Estudo transversal com 842 professores da rede estadual de ensino de um município do Sul do Brasil. Informações ocupacionais foram obtidas por meio de entrevistas. Dados sociodemográficos e o Demand Control Support Questionnaire faziam parte de um questionário autorrespondido. Realizou-se análise de regressão logística com cálculo das razões de odds e intervalos de confiança de 95%. Associaram-se ao trabalho de alta exigência a carga horária > 40 horas/semana, ter sofrido violência na escola e percepções negativas quanto ao equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, remuneração e quantidade de alunos em sala de aula. Após análise estratificada, carga horária e percepção negativa quanto à quantidade de alunos por sala foram significativas apenas no grupo de menor apoio social. Trabalho de alta exigência está associado a condições específicas de trabalho docente e o apoio social pode atuar como moderador de efeito em algumas dessas associações.
Objectives: to measure and identify factors associated with school violence in Brazil, as
Background High rates of unnecessary cesareans and interventions in vaginal births contribute to stagnant maternal and neonatal mortality rates in Brazil. We used the Maternity Safety Thermometer (MST) to assess the prevalence of harm during maternity care. Methods This secondary analysis of the “Birth in Brazil” survey included a representative sample of 10 155 women who gave birth in public and private hospitals in southeastern Brazil. The main outcomes were perineal and abdominal trauma, maternal infection and hemorrhage, newborn vitality, and women's perception of safety. We calculated the odds ratios (OR) for the number of MST harms (dependent variable). Results About 81.6% of the women with vaginal births had sutures for perineal trauma (87.7% of these due to episiotomies). Poor perception of safety was reported by 83.1% of women, and 69.5% of all infants not admitted to the NICU were separated from their mother after birth. The overall rate of cesarean birth was 52.6%, and 7.5% of term infants were admitted to the NICU. In public settings, having an intrapartum cesarean significantly increased the chances of one (OR 2.21; 95% CI 1.20‐4.07), or two or more (4.08 [2.27‐7.32]) harms. In private settings, cesarean deliveries without labor were also associated with higher chances of one (4.26 [2.65‐6.85]), or two or more (4.60 [2.35‐9.02]) harms. Only 2% of the women had harm‐free care. Conclusions In southeastern Brazil, there is a high prevalence of preventable harm during maternity care.
In Brazil, Plasmodium vivax infection accounts for around 80% of malaria cases. This infection has a substantial impact on the productivity of the local population as the course of the disease is usually prolonged and the development of acquired immunity in endemic areas takes several years. The recent emergence of drug-resistant strains has intensified research on alternative control methods such as vaccines. There is currently no effective available vaccine against malaria; however, numerous candidates have been studied in the past several years. One of the leading candidates is apical membrane antigen 1 (AMA1). This protein is involved in the invasion of Apicomplexa parasites into host cells, participating in the formation of a moving junction. Understanding how the genetic diversity of an antigen influences the immune response is highly important for vaccine development. In this study, we analyzed the diversity of AMA1 from Brazilian P. vivax isolates and 19 haplotypes of P. vivax were found. Among those sequences, 33 nonsynonymous PvAMA1 amino acid sites were identified, whereas 20 of these sites were determined to be located in predicted B-cell epitopes. Nonsynonymous mutations were evaluated for their influence on the immune recognition of these antigens. Two distinct haplotypes, 5 and 16, were expressed and evaluated for reactivity in individuals from northern Brazil. Both PvAMA1 variants were reactive. Moreover, the IgG antibody response to these two PvAMA1 variants was analyzed in an exposed but noninfected population from a P. vivax endemic area. Interestingly, over 40% of this population had antibodies recognizing both variants. These results have implications for the design of a vaccine based on a polymorphic antigen.
RESUMOPara compreender a experiência vivenciada pelo paciente portador de microrganismo multirresistente (MR) submetido à rotina de isolamento e precauções de contato no ambiente hospitalar foi realizada uma pesquisa qualitativa na qual foram entrevistados oito pacientes portadores de MR internados nas enfermarias de isolamento das unidades masculina e feminina do Hospital Universitário de Londrina em novembro e dezembro de 2008. Utilizou-se a entrevista semiestruturada para a coleta de dados e, para a análise dos discursos, o referencial de análise preconizado por Bardin, surgindo três categorias: "Recebendo explicações sobre ser portador de MR e a necessidade de isolamento"; "Expressando sua percepção sobre como se transmite o MR"; e "Verbalizando os sentimentos ante os cuidados diferenciados". Os pacientes relataram ter recebido informações superficiais sobre sua condição de multirresistência e referiram dúvidas sobre a transmissão de MR e a necessidade de isolamento. Eles perceberam os procedimentos diferenciados, aos quais alguns entrevistados associaram sentimentos de discriminação, diminuição da autoestima e medo. Conclui-se que é necessário supervisionar práticas que possam veicular MR, assim como esclarecer o paciente sobre a rotina diante do diagnóstico de multirresistência bacteriana, para que haja compreensão e colaboração nos cuidados a ele prestados durante a internação. Precaução. INTRODUÇÃOAs infecções hospitalares (IHs) representam um risco para o paciente hospitalizado, em decorrência do desequilíbrio entre os mecanismos de defesa anti-infecciosa do hospedeiro e sua microbiota normal. A transmissão de microrganismos diversos pode ocorrer de pacientes colonizados/infectados para pacientes e profissionais da área da saúde (PAS) suscetíveis, e ambos podem ser responsáveis por essa disseminação (1)
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