O jogo no ensino de química e a mobilização da atenção e da emoção na apropriação do conteúdo científico: aportes da psicologia histórico-cultural Abstract: This paper presents empirical research of a qualitative nature that shows how the didactic game mobilizes the attention and emotion of the students in the chemistry classroom in higher education. The theoretical framework used in the article is historical-cultural psychology. As a result, the survey shows that the game allows students to become more aware of the content than in an ordinary class, since the situation of rules and freedom within this playful activity keeps the student aware of the scientific content and its development. In the case of emotion, we can see that the game can have an emotional impact on students to help them recognize their ability to learn science and leave the content easier to understand and remember.
Vivemos um momento de pandemia, a do coronavírus (Covid 19), e, ao mesmo tempo, um momento de grande perplexidade perante às alternativas que são colocadas para o seu enfrentamento, no qual o eixo condutor está sempre centrado nas preocupações com a reprodução do capital e com o mercado. Junto a isso, vivemos em um cenário de irracionalismo crescente em que discursos que desvalorizam o conhecimento científico são cada vez mais frequentes dentro e fora do ambiente acadêmico. Diante desse panorama, este artigo tem como objetivo fazer uma análise, a partir do materialismo histórico dialético, do cenário da pós-verdade e das implicações da relativização do conhecimento científico para o ensino de ciências. Para isso, resgatamos a categoria trabalho do materialismo histórico dialético e fazemos uma discussão sobre a prática como critério de verdade dentro do marxismo, mostrando como essas categorias podem nos ajudar a entender o contexto atual. Por fim, defendemos que neste cenário de crise estrutural do capital e irracionalismo, o ensino de ciências não pode se furtar de defender a verdade e disputar a concepção de mundo dos estudantes em sala de aula, de modo a apontar para uma outra sociedade não regida pela mercadoria.
ResumoOs trabalhos envolvendo ludicidade e/ou a Abordagem Contextual no ensino de química vêm aumentando muito nos últimos anos. No entanto, esses trabalhos vêm apresentando os resultados sem descrever como os estudantes aprendem quando são inseridos na sala de aula aspectos históricos e/ou lúdicos. Baseado nesta lacuna da literatura, este trabalho teve como objetivo principal descrever alguns elementos dá aprendizagem dos conceitos científicos quando é inserida na sala de aula a abordagem contextual e a ludicidade simultaneamente. Escolhemos o conteúdo de equilíbrio químico e aplicamos a sequência didática desenvolvida em uma turma de 2º ano do ensino médio de uma escola estadual. A pesquisa foi de cunho qualitativo empírico e teve com técnica de coleta de dados a observação. Usando a psicologia histórico-cultural para análise, os resultados mostraram que a abordagem contextual lúdica é rica em senso comum no ponto de partida, mas pode ajudar o estudante a desenvolver generalizações a respeito do conteúdo ensinado e a questionar o discurso de autoridade do cientista e da ciência na sala de aula. Palavras-Chave: Ludicidade, Abordagem Contextual, Aprendizagem. AbstractThe work involving playfulness and / or the Contextual Approach in teaching chemistry has been increasing in recent years. However, these papers have been presenting the results without describing how students learn when historical and / or playful aspects are inserted in the classroom. Based on this literature gap, the main objective of this work was to describe how the scientific concepts are taught when the contextual approach and playfulness are inserted simultaneously in the classroom. We chose the chemical equilibrium content and applied the didactic sequence developed in a high school class of a state school. The research was empirical qualitative and had a technique of data collection observation. Using historical-cultural psychology for analysis, the results showed that the playful contextual approach is rich in common sense at the starting point, but can help the student develop generalizations about the content taught and question the authoritative discourse of the scientist and of science in the classroom. Keywords: Playfulness, Contextual Approach, Learning ResumenLos trabajos que involucran ludicidad y/o el Enfoque Contextual en la enseñanza de la química han tenido un notable incremento en los últimos años. Sin embargo, estos trabajos vienen mostrando los resultados sin describir cómo los estudiantes aprenden cuando los aspectos históricos y/o lúdicos son integrados en el salón de clases. Motivado por esta laguna en la literatura, el trabajo aquí desarrollado tuvo como objetivo principal describir algunos elementos del aprendizaje de los conceptos científicos cuando el Enfoque Contextual y la ludicidad son integrados simultáneamente en el salón de clases. Elegimos el contenido -equilibrio químico-y aplicamos la secuencia didáctica desarrollada en un curso de 2º año de enseñanza media, de una escuela estatal. La investigación fue de ca...
Em linhas gerais, a lenda do Rei Artur conta a história de um garoto predestinado que teria se tornado rei ao retirar de uma pedra a famosa espada mágica, chamada Excalibur. Usando essa história como metáfora, este artigo traz como objetivo problematizar concepções inatistas e apolíticas do lúdico para a formação dos professores. Assim como, a ideia da ludicidade como uma forma mágica de resolver todos os problemas da escola; além de trazer apontamentos para o uso do lúdico como forma de ensinar conceitos científicos. Tomando a psicologia histórico-cultural como referência, o artigo, de cunho teórico, apontou como um de seus resultados a ideia de que, para que o lúdico contribua para a aprendizagem de conceitos científicos, ele deve pôr o estudante em atividade, para que o mesmo mobilize seus processos psicológicos. Para que tais fatores ocorram, a atividade precisa ser pensada de modo que os conceitos ocupem lugar de destaque durante o jogo. Outro resultado do artigo aponta para uma formação ludo-política por parte do professor de Ciências, a fim de que os jogos e outras atividades lúdicas sejam utilizadas de maneira consciente para que tragam consigo uma visão de mundo mais crítica da realidade, e não apenas uma visão reprodutora de preconceitos. Por fim, é defendida a importância de caminhar para um uso mais consciente e sistemático do lúdico no ensino de Ciências.
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; tab-stops: 2.0pt 20.0pt;"><span style="font-family: ">Esse trabalho trata do uso da Pedagogia Histórico Crítica - PHC no Curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal da Bahia – Ufba, cuja turma piloto iniciou em 2008.2 e concluiu em 2012.2. O trabalho pedagógico desse curso usa como referências a Pedagogia Histórico-Crítica, a Psicologia Histórico-Cultural e o Sistema de Complexos Temáticos de Pistrak, com o objetivo de superar o referencial empírico-analítico dominante na formação de professores de ciências, e de elevar o pensamento teórico-prático dos professores-alunos. Ao final dessa turma piloto pudemos constatar a incorporação desses referenciais, principalmente da PHC, nas ações escolares desses professores-alunos.</span></p>
O trabalho em questão tem como objetivo apresentar, a partir de uma perspectiva histórica externalista, as contribuições do químico irlandês Robert Boyle para a ciência Química, fundamentalmente no cenário seiscentista. Para tal, defendemos o uso de uma abordagem sócio-histórica da Ciência, informada pelos seus determinantes sociais e filosóficos mais amplos. Desta forma, apresentamos o cenário político, econômico e epistemológico da transição do mundo feudal para o capitalismo, bem como destacamos a importância das teorias do conhecimento de Bacon e Descartes para o século XVII e como que estas, juntamente com a perspectiva religiosa protestante, contribuíram para a construção do pensamento químico empírico de Boyle.
RESUMO.Este artigo trata da defesa da abordagem sócio-histórica nos cursos de formação de professores para atuação na área das Ciências da Natureza da Licenciatura em Educação do Campo, por considerarmos que esta abordagem é a que mais avança na análise crítica da realidade social e da educação, tendo como objetivo maior a emancipação humana. Para isso, apresentamos os princípios e pressupostos filosóficos, educacionais e pedagógicos que devem nortear o projeto político-pedagógico do curso. Defendemos que os referenciais do materialismo histórico-dialético, do Sistema de Complexos de Pistrak, da Pedagogia Histórico-Crítica e da Psicologia Histórico-Cultural sejam os norteadores dessa abordagem, tendo a categoria trabalho como fundante do ser social, o eixo condutor. Ao propormos a abordagem sócio-histórica ao trabalharmos a perspectiva historicizadora de homem e da realidade social, acreditamos que estamos avançando no sentido da luta contra hegemônica na educação e na sociedade na busca da emancipação humana. Palavras-chave:Educação do Campo, Ciências da Natureza, Projeto Político-Pedagógico, Abordagem Sócio-Histórica.
Este artigo possui como objeto de estudo trabalhos empíricos do ensino de ciências fundamentados na Pedagogia Histórico-Crítica. Com a análise desses estudos objetivamos compreender como os elementos teóricos dessa pedagogia foram mobilizados para as práticas pedagógicas. Para isso, utilizamos como fonte de dados trabalhos publicados nos anais de eventos nacionais bianuais do Ensino de Ciências, eventos específicos da Pedagogia Histórico-Crítica, artigos com os Qualis A1, A2 e B1, e publicações disponibilizadas no banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Obtivemos 62 trabalhos que foram analisados mediante a tríade conteúdo-forma-destinatário. Utilizamos os elementos da tríade como categorias de análise. Com isso, concluímos que as escolhas dos conteúdos sofrem influência principalmente dos documentos curriculares oficiais. Induzidos por esses documentos as atividades educativas são conduzidas ganhando abordagens como temas, interdisciplinaridade, o cotidiano, a contextualização. Quanto à forma, não há na maioria dos estudos, discussões sobre seus limites e potencialidades dos recursos pedagógicos utilizados nas atividades educativas. Além disso, alguns recursos são comumente utilizados em momentos específicos como por exemplo, os questionários que são usados para identificação e avaliação dos conhecimentos prévios e adquiridos pelos alunos. Por fim, pôde-se perceber que os destinatários nas exposições são apresentados com caracterizações quantitativas, homogêneas e superficiais. Os resultados da nossa análise apontam para alguns avanços, problemas, lacunas e desafios que emergiram de atividades educativas do ensino de ciências baseadas na pedagogia histórico crítica.
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