O artigo tem por objetivo resgatar a aproximação teórica entre o arcabouço institucionalista de Douglass North e os argumentos utilizados por intérpretes do Brasil de reconhecida orientação weberiana, como Sérgio Buarque de Holanda, Vianna Moog e Raymundo Faoro. Para tanto, privilegia o entendimento da relação entre instituições e cooperação social presentes na obra desses autores como variável relevante para explicar o desempenho de longo prazo da economia brasileira, bem como de seu relativo atraso.Palavras-Chave atraso econômico, Douglass North, Sérgio Buarque de Holanda, Vianna Moog, Raymundo Faoro
Classificação JEL B31, B52, N16
AbstractThe paper aims to rescue the theoretical approach of the institutional framework of Douglass North and the arguments used by interpreters of Brazil recognized Weber's guidance, as Sérgio Buarque de Holanda, Vianna Moog and Raymundo Faoro. To this end, highlights the understanding of the relationship between institutions and social cooperation in the works of these authors as a relevant variable to explain the long-term performance of the Brazilian economy and its relative backwardness.
JEL classification codes: B31, B52, N16
ResumoEste trabalho procura discutir a procedência de críticas levantadas por autores da Nova Economia Institucional à explicação da Cepal para as causas do atraso econômico da América Latina. Argumentamos que o pensamento cepalino não negligencia a dimensão institucional do desenvolvimento econômico, nem tampouco se limita a fornecer argumentos para a adoção de políticas econômicas que reforcem a ineficiência da matriz institucional desses países. Enquanto demonstramos a improcedência dessa crítica, evidenciaremos a proximidade do pensamento cepalino em relação ao institucionalismo econômico, e destarte, a viabilidade da construção de uma agenda comum de pesquisa para essas escolas.
Palavras-chave:Conselho Econômico para a América Latina (Cepal); Nova Economia Institucional (NEI); Institucionalismo; Estruturalismo; Teoria da dependência.
Abstract
The
of ideology in economic developmentThis paper aims at discussing the validity of criticism raised by New Institutional Economics against ECLA (or Cepal) explanation of Latin America economic underdevelopment. We shall argue that the cepalista approach neither neglects the institutional dimension of the economic development nor is limited to provide reasoning for the adoption of economic policies that would reinforce the ineffectiveness of the institutional matrix of those countries. While demonstrating that such criticism is misplaced, we shall also emphasize the viability of a common research agenda between ECLA school and economic institutionalism.
Em fins do século XIX e início do século XX, a economia caminhava para se tornar uma ciência autônoma em meio a uma controvérsia mais geral, na qual se opunham os defensores do método abstrato/dedutivo e os do método histórico/indutivo. Dentre as soluções propostas para conciliar as duas perspectivas, destacam-se a de Max Weber na Alemanha e a de John Neville Keynes na Inglaterra. O presente trabalho pretende analisar e contrapor o posicionamento e as soluções propostas pelos dois autores para essa disputa metodológica. A hipótese é que o ponto de vista tanto de Keynes quanto de Weber teria sancionado o rumo posterior das Ciências Econômicas, por admitir lugares separados embora complementares à história e à teoria econômica dentro do pensamento econômico.
O presente trabalho analisa as noções de Estado e sua relação com o desempenho econômico brasileiro, a partir das obras de Douglass North (1981, 1990) e Raymundo Faoro (1997 [1957]). Para tanto, procura-se, por um lado, destacar algumas convergências nas interpretações destes autores, cujos marcos teóricos parecem, em princípio, tão distintos. Por outro lado, busca-se sublinhar, a partir dos vínculos que ambas as teorias estabelecem entre desempenho econômico e racionalidade, a herança e a influência das ideias de Max Weber na formação do pensamento dos dois autores.
Mais recentemente, a preocupação comum de sociólogos e economistas com temas que pareciam ser antes exclusivos à sociologia e à economia tem suscitado importantes reflexões sobre as possibilidades da cooperação interdisciplinar. Contribuições dos dois lados têm sido relevantes nesse sentido. Na economia, assiste-se ao resgate do institucionalismo, que, mesmo sobre novas roupagens, tem dado um caráter mais social às pesquisas econômicas. Na sociologia, o surgimento de uma disciplina específica, a Nova Sociologia Econômica, também caminha reforçando a preocupação com o caráter social dos fenômenos econômicos. O presente trabalho, à luz dessas preocupações, discute o imbricamento social da esfera econômica. A ênfase, contudo, é na Teoria dos Sistemas de Talcott Parsons e Niklas Luhmann, pelo entendimento de que esta, principalmente na perspectiva do segundo autor, pode apresentar contribuições tanto do ponto de vista formal quanto substantivo para aproximar o domínio econômico do social. http://dx.doi.org/10.5902/6387
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.