Este trabalho visa analisar um dos fundamentos do Movimento Escola Sem Partido para criticar o pensamento de Paulo Freire, acusando-o inclusive de doutrinador dogmático e autoritário, a saber: o pressuposto da neutralidade do educador. Para tanto, será realizada uma pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo em que serão utilizados três eixos interpretativos: (1) a concepção de neutralidade a partir do paradigma científico e seus desdobramentos na educação, (2) a relação entre educação e política e (3) a concepção freiriana de leitura do mundo. Pretende-se, assim, confrontar alguns pressupostos do referido Movimento, especialmente no que concerne à pretensa de neutralidade do educador com a concepção freireana de educação. Enquanto o pensamento freiriano nos faz estranhar as práticas sociais, o Movimento Escola Sem Partido busca naturalizar o mundo social, o que justifica em parte a sua aversão ao pensamento de Paulo Freire que se baseia em um mundo plural, em disputa por recursos simbólicos e materiais.
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