O presente artigo relata a experiência de um projeto de extensão realizado pelo Serviço Escola de Psicologia de uma universidade pública de Minas Gerais, que objetivou ofertar atendimento psicológico à comunidade acadêmica durante a pandemia da COVID-19,no período de abril a julho de 2020. Os atendimentos foram realizados pelos docentes da universidade sob a forma de plantão e acolhimento psicológicos, visando oferecer um espaço de escuta qualificada para a expressão de angústias e suporte emocional. Em consonância com as resoluções nº 11/2018 e nº 04/2020, do Conselho Federal de Psicologia, e com as medidas de isolamento social, os atendimentos foram realizados de forma on-line. Verificou-se a prevalência de estudantes do sexo feminino, reafirmando estigmas de gênero no qual o autocuidado foge do ideal de masculinidade exigido na sociedade patriarcal. Identificou-se que a principal queixa foi a ansiedade, quepode ser relacionada com os efeitos da pandemia e seus agravantes em diversas instâncias, tais como a social e a laboral. Ressalta-se a importância da universidade pública na promoção de saúde e na qualidade de vida da comunidade onde está inserida, principalmente, em momentos de crise.
Para a psicanálise, a constituição subjetiva remonta ao que se estabelece nos encontros e desencontros no seio familiar, os quais originam um vínculo nomeado relação mãe-bebê. A partir de uma investigação teórica, o artigo sustenta a hipótese de que o estabelecimento de um diagnóstico psicopatológico no período inicial de vida do bebê pode provocar problemas no vínculo, relacionados tanto a uma dificuldade da mãe em exercer a função materna, quanto a um embaraço do bebê em responder ao Outro materno. Assim, ao propor uma intervenção a tempo com o bebê e os pais, a psicanálise possibilita construir uma saída que envolve recuperar essa relação, de modo a fortalecer o vínculo e buscar um novo lugar para esse bebê no desejo do Outro.
A medicalização da vida constitui um discurso e um processo presente em diversos contextos, inclusive nas instituições educacionais, alcançando crianças e adolescentes em idade escolar. Percebe-se, nesse movimento, uma redução da compreensão de temas como saúde, aprendizagem, educação, cuidado e assistência à uma afirmação biomédica que negligencia os aspectos sociais em prol de uma leitura biologizante. Dessa forma, o discurso e as práticas medicalizantes podem atribuir às formas de existência múltiplas uma perspectiva reducionista. Este trabalho pretende discutir como a medicalização se insere enquanto prática reducionista que pretende supostamente a inclusão do aluno público-alvo da educação especial na educação brasileira, mas pode produzir efeitos paradoxais e perversos. Para tanto, utilizou-se da revisão narrativa de literatura, em artigos e demais obras que versam sobre o assunto, para descrever e discutir a problemática apresentada. Importa apontar, contudo, a construção de uma educação que compreenda o aluno enquanto sujeito singular, indo além de uma perspectiva classificatória fundamentada em uma lógica biomédica. Busca-se valorizar e reconhecer as diversas formas de ser e aprender, considerando na análise fatores sociais, políticos e culturais como fundamentais na discussão acerca da educação inclusiva.
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