The aim of the following project is to contribute to the discussion regarding the changes through which the Brazilian Portuguese demonstrative system goes, comparing two types of Portuguese language, the Brazilian and the European. We will concentrate our attention on the opposition between "este" e "esse." Furthermore, we will not limit ourselves to the way of speaking and will focus on studying the occurrence of such demonstratives in several corpora that represent three different discourse types: fictional and journalistic writing, and also the way of speaking. Each corpus was treated according to the characterization proposed by Halliday and Hasan (1997), separating both references, endophoric and exophoric. The research selected from the three levels (syntactic, semantic and discursive), variables that would have impact on the usage of "este" e "esse." The results show that Brazilians only use "este" significantly in the genders characterized by the existence of grammatical review. However, the Portuguese people maintain the ternary system which is still rooted in the spatial issue/ interlocution field in speaking as well as in writing. Texts in which manual's rules are emphasized have enough room for both nationalities to choose between the two options: the Portuguese people choose "este" while the Brazilians prefer " esse." This research disputes Marine´s (2004) view that the Brazilian oral system shows a specialization according to the kind of reference. Our data has shown that within the Brazilian speech "este" appears just residually and is bound to be replaced with "esse". The Brazilian binary configuration is different from the one used in English. The results show that the words "this" and "esse" are not exactly synonyms. The usage of the Brazilian demonstrative appears in contexts where in English only "that" could be used. The research reached another important conclusion. It suggests the existence of a relationship between the referential hierarchy and the choice of demonstrative. In most corpora we found an association between a higher usage percentage of "este" and the reference to elements characterized by a larger load of references.
Resumo: O presente estudo tem por objetivo contribuir para a discussão acerca dos pronomes demonstrativos do Português Brasileiro Oral. Analisamos amostras de filmes brasileiros, nos quais constatamos que, tanto no uso endofórico como nas exóforas espaciais, há uma tendência de substituição de "este" por "esse". Contestamos com este dado a tese de Marine (2004) de que a "língua portuguesa do Brasil" apresente um paradigma binário, no qual "esse" tenha se especializado nas referências endofórica, e "este" em referências exofóricas.
O infográfico é um gênero do discurso que, gradualmente, ganha espaço e capilaridade no jornalismo impresso brasileiro, embora a sua história seja pouco explorada. Em razão disso, o objetivo deste artigo é analisar os traços de permanência e mudança na história do infográfico em jornais diários das regiões Sul e Sudeste do país a partir de um corpus de 30 textos divididos igualmente entre os períodos de 1990-1995 e 2015-2020. Trata-se de um estudo diacrônico e de uma pesquisa de natureza qualitativa, que emprega métodos quantitativos para fins específicos. Ancoramo-nos, teoricamente, na perspectiva de Tradições Discursivas (TD), mobilizando também a teoria de gênero do discurso. Como resultados, concluímos que, a título de conservação, as TD de conteúdo jornalístico, linguagem objetiva, título, corpo do infográfico, elementos de detalhamento, fonte, autoria e fotomontagem permaneceram sem expressivas alterações entre os períodos, enquanto as TD de valoração proeminente, lead, acabamento complementar e independente, ainda que mantidas, sofreram bastante alterações entre os recortes temporais. Em caráter de evolução, apareceram as TD de desenho digital, conteúdo complementar e linguagem informal. Por fim, as TD de desenho à mão e protoinfográfico desaparecem do recorte sócio-histórico analisado.
Resumo O presente trabalho analisa a trajetória dos sujeitos vazios e expressos na norma lingüística efetivamente utilizada pela elite paulistana, em fins do século XIX até a década de 1930, quando S. Paulo recebeu grande afluxo de imigrantes usuários de "línguas de sujeito nulo". Partindo de uma avaliação crítica do "variacionismo paramétrico", baseado em Labov e Chomsky, propomos o "gerativismo trans-sistêmico". Nessa perspectiva, a língua é gerada em dois níveis: no nível de origem biológica e inata, a faculdade da linguagem, após amadurecimento, dota o indivíduo de "competência lingüística"; no nível de natureza social, o habitus, depois de internalizado, o proverá de "capital lingüístico", tal qual proposto por Bourdieu. Temos, assim, um módulo gerativo que permite ao indivíduo oferecer seus produtos no mercado lingüístico altamente concentrado. A análise de corpora lingüísticos nos levou a concluir que a elite, apesar de fazer um maior uso do sujeito vazio, já incrementava o uso dos expressos, fenômeno já bem avançado no dialeto caipira. Tal comportamento é explicado por fatores estruturais internos à língua, e também expressa, do ponto de vista histórico-social, uma clara opção por uma forma lingüística que se opunha à norma dos imigrantes, tal qual previsto no habitus da elite. Palavras-chaves: parâmetro do sujeito nulo; história social da língua; gerativismo transsistêmico; norma lingüística da elite paulistana; Chomsky; Labov; Bourdieu.
Maria Helena de Moura Neves é professora emérita pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. No início de 2020, venceu, na categoria sênior, a primeira edição do prêmio Ester Sabino, criado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo para valorizar pesquisadoras que contribuem para o desenvolvimento científico. A professora Maria Helena é uma das maiores responsáveis pelo avanço dos estudos funcionalistas no Brasil e, até o momento, já orientou mais de 200 trabalhos, dentre TCCs, ICs, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado. Além das dezenas de livros e das centenas de trabalhos publicados, foi a primeira e é, até o momento, a única mulher no Brasil a escrever uma gramática. A ‘Gramática de Usos do Português’ foi lançada em 2000 e, apoiada em uma base de dados de 70 milhões de ocorrências, mostra como a língua portuguesa é utilizada pelos falantes brasileiros na atualidade. Como se não fosse o suficiente, a Professora Maria Helena lançou em 2018 a sua segunda gramática, intitulada ‘A Gramática do Português revelada em textos’, obra que se compõe, nas palavras da autora, de lições gramaticais feitas a partir de textos reais.
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