O transplante de útero vem sendo analisado para sua admissão nos transplantes regulamentados no Brasil, uma vez que o comprometimento uterino é um importante causa de morbidade em todo o mundo, sendo responsável por acometer a harmonia familiar ao tornar-se um grande entrave para a geração de um filho. Logo, há ocorrências de más formações uterinas que não podem ser corrigidas por meio de cirurgia, além da infertilidade pela ausência do útero, que são fatores determinantes para indicação do transplante de útero. Esse procedimento cirúrgico é uma nova técnica utilizada especialmente em pacientes com diagnóstico de infertilidade total de razão uterina, em que o útero vigoroso é doado para uma mulher acometida pelo Fator de Infertilidade Uterina, como também mulheres com idade inferior a 44 anos que já passaram por cirurgia de remoção do útero, concedendo boas chances se persistir o desejo de engravidar. Assim, o transplante de útero é caracterizado como um procedimento complexo, que pode acarretar em riscos para a doadora e receptora no pós operatório, mas que também possui muitas taxas de sucesso, posto que em todo o mundo cerca de 50 transplantes de útero já foram realizados, e desses, 16 transplantações tiveram bons resultados.
A cirrose hepática é um processo de cicatrização patológica, irreversível em seus estágios avançados com complicações que podem ser letais. A lesão crônica causa inflamação e fibrose hepática, com consequente formação de septos e nódulos de regeneração fibrosos, que podem levar a complicações futuras como a hipertensão portal. Dentre as suas causas, estão as hepatites virais, hepatite alcoólica, doença hepática gordurosa não alcoólica, doenças autoimunes, colestásticas e de armazenamento. Testes de fibrose não-invasivos são úteis para definir o grau de progressão da doença, com o intuito de intervir e definir a melhor conduta para cada paciente. Terapias antifibróticas, atualmente, visam à inativação da diferenciação das células hepáticas estreladas, responsáveis pela progressão fibrótica. No entanto, ainda se encontram em fase de testes, mas parecem ser promissoras. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática, de natureza quantitativa, que utilizou as plataformas PubMed (Medline), Scientific Eletronic Library On-line (SciELO) e Cochrane Library como bases de dados para a seleção dos artigos, na língua inglesa. A escolha dos artigos foi realizada por meio da leitura do título, resumo e, por fim, da leitura do artigo na íntegra, sendo realizada uma análise criteriosa fundamentada nos critérios de inclusão e exclusão. Conclui-se, portanto, que as principais etiologias da cirrose hepática são as hepatites virais, hepatite alcóolica e doença hepática gordurosa não alcoólica. Observou-se que as diferentes etiologias causam diferentes formas de evolução fibrótica, que dependem da origem dos tipos celulares e mecanismos envolvidos, fundamentais para avaliar em qual estágio a terapia teria o máximo desempenho.
O coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) disseminou-se mundialmente e causou a Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19) em aproximadamente 46 milhões de pessoas até novembro de 2020, configurando uma pandemia após um chamado de alerta da Organização Mundial da Saúde. As comorbidades mais prevalentes dos pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 são a hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Tais pacientes que frequentemente realizam o tratamento com inibidores da enzima conversora de angiotensina 2 ou bloqueadores dos receptores da angiotensina II tipo I possuem um aumento considerável na expressão dos receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), facilitando a entrada do coronavírus. Esses mesmos pacientes acabam desenvolvendo um pior prognóstico da patologia, que pode ser letal. Outros estudos mostraram que mulheres e homens adultos respondem diferentemente à infecção pelo SARS-CoV-2. A expressão da ECA2 é influenciada por hormônios sexuais, dessa forma, seria uma das razões da maior prevalência masculina. No Maranhão, os casos de infecção foram inicialmente investigados no final de fevereiro, com duas suspeitas. Em relação à mortalidade, o sexo masculino apresentou maior taxa (62%), o que evidencia a relevância do gênero no prognóstico. A presente pesquisa pretende analisar, através de um levantamento de dados, o perfil clínico-epidemiológico dos óbitos por COVID-19 em homens e mulheres adultos no estado do Maranhão, estabelecendo um comparativo entre a sintomatologia da COVID-19, ao considerar não apenas o perfil epidemiológico, como também o sociodemográfico e morbidades associadas, além de discorrer sobre a incidência das formas de gravidade da doença em ambos os sexos.
Acidente Vascular Encefálico (AVE) e Aneurisma Cerebral (AC) são patologias que acometem milhares de pacientes pelo mundo anualmente, são de difícil controle, possuem alta morbimortalidade e se correlacionam, já que a ruptura de um aneurisma cerebral desencadeia uma hemorragia intracraniana. Existem fatores de risco como maus hábitos de vida, tabagismo, hipertensão arterial sistêmica (HAS), idade, sexo, os quais influenciam na etiologia dessas doenças. O artigo em questão visa à revisão de literatura de aneurisma cerebral e acidente vascular encefálico (isquêmico e hemorrágico) no Brasil, ao avaliar os fatores de risco envolvidos, o sexo mais acometido, quadro clínico, diagnóstico e a abordagem inicial nesses pacientes, promovendo o melhor prognóstico e qualidade de vida. Espera-se contribuir para uma maior compreensão da fisiopatologia, fatores de risco e conduta efetiva de tais patologias, a qual permite a redução da morbimortalidade e, consequentemente, um prognóstico satisfatório nos pacientes acometidos.
A membrana amniótica é a camada mais interna das três membranas placentárias fetais. A captação da membrana amniótica para o aloenxerto acontece ainda durante o parto, logo após resultados negativos das sorologias de HIV, VDRL, HBsAg e Hepatite C da mãe doadora. A membrana apresenta diversas propriedades, tais como efeito antibacteriano, anti adesivo, antiálgico, anti-inflamatórias, anti apoptóticas. Além disso, é altamente rica em substâncias que promovem a proliferação e desenvolvimento celular. Uma característica única da membrana amniótica é que ela não induz a rejeição imune, pois não expressa os antígenos de histocompatibilidade HLA-A, B ou DR 5. O tecido transplantado pode ser usado na terapia de doenças da superfície ocular, reparo de queimaduras ou para reconstrução de estruturas cutâneas. Além disso, há estudos testando outras possibilidades de uso para este tecido. Após análise das pesquisas foi possível constatar que o transplante de membrana amniótica consiste em uma terapia alternativa promissora, relacionada com os mais diversos sistemas de forma a promover resultados eficientes e satisfatórios em cada um deles.
Background: Moyamoya disease (MMD) is a rare pathology caused by a progressive unilateral or bilateral stenosis of the terminal portion of the internal carotid artery, leading to the development of collateral vessels. Case Presentation: We report a rare case of a 46-year-old male, born in the city of São Paulo, Brazil, with sudden muscular strength deficit and right hemiparesis, associated with headache and emesis. A priori, the initial diagnosis was arteriovenous malformation (AVM) after performing a series of complementary tests during the patient’s follow-up, also considering the clinical picture similar to that of Moyamoya disease (MMD). The conclusive diagnosis of MMD was finally established when the magnetic resonance imaging (MRI) showed a network of tortuous and dilated collateral vessels, with a hazy “smoke cloud” aspect with stenosis of the M1 segment of the middle cerebral artery (MCA), branch of the artery internal carotid artery (ICA). Conclusion: The recommended treatment was surgical revascularization with extracranial-intracranial bypass, with a favorable prognosis to the patient.
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