This study identified the prevalence of depressive symptoms in children and adolescents with nsCL/P from a localized geographic population, although the results were not statistically significant when compared to the control group, not justifying the use of CDI (Child Depression Inventory) as a screening instrument for depressive symptoms in the examined population.
ResumoO texto procura compreender, a partir da obra de quatro escritores e artistas -Juan Carlos Romero, Roberto Bolaño, Nuno Ramos e André Vallias -os significados que inventários, catálogos e listas assumem na cultura latino-americana das últimas déca-das, em especial a ligação que mantêm com a reflexão sobre a violência que atravessa, enforma e constitui parte significativa dessa mesma cultura. Trata-se de um processo de ressignificação formal, uma vez que listas e enumerações eram já marcantes na cultura da América Latina colonial, associada aos inventários narrativos do exótico e do maravilhoso produzidos por viajantes e conquistadores. No âmbito contemporâneo, entretanto, o que se vai observar é uma (re)invenção política da linguagem e da técnica, a emergência de outras listas, agora verdadeiros inventários do horror: diante do insuportável da violência, a arte e a literatura elaboram os seus catálogos da dor e da revolta, parte da infinita tarefa da memória e do luto. Palavras-chave: memória; literatura latino-americana; inventários narrativos; violência. AbstractBased on the work of four creative personalities -the writers Roberto Bolaño and André Valias, and the plastic artists Juan Carlos Romero and Nuno Ramosthis text seeks to comprehend the meaning that inventories, catalogues and lists take place in the Latin American culture of the last few decades, focusing with special interest on the connection they keep with a broader reflexion over the violence that trespass and constitutes an important part of that culture. We are dealing here with a process of formal reassigning, ResumenEl texto busca compreender, a partir de la obra de cuatro escritores y artistas -Juan Carlos Romero, Roberto Bolaño, Nuno Ramos y André Vallias -los significados que los inventarios, catálogos y listas asumen en la cultura latinoamericana de las últimas décadas, en especial la conexión que sostienen con la reflexión sobre la violencia que atraviesa, modela y constituye parte significativa de esa misma cultura. Se trata de un proceso de resignificación formal, puesto que las listas y las enumeraciones ya eran señaladas en http://dx
Pós-Lit/FALE/UFMG RESUMO Este trabalho apresenta uma interpretação de Infância, de Graciliano Ramos, tendo como centro o debate ético que atravessa a obra. Considerado pessimista pela crítica, o texto foi lido quase sempre a partir das mesmas questões: violência, medo, ressentimento. Realizando movimento contrário, procurei expor a tese de que predomina no livro uma visão menos negativa do homem e do mundo. PALAVRAS-CHAVEAutobiografia, ressentimento, ética Escrever sobre o passado é ação enganosa. Levado pelo desejo de evocar fatos antigos, o memorialista, na maioria dos casos, pensa estar apenas registrando o que ficou para trás. A memória, porém, tem suas leis próprias. Em meio às recordações daquele que lembra, invariavelmente, ela infiltra fragmentos de experiências atuais, fazendo do texto memorialístico uma armadilha para quem o compõe: ao escrever sobre o passado, também se está escrevendo sobre o presente, ainda que de modo imperceptível. No caso específico dos textos autobiográficos, nos quais há uma instância narrativa de primeira pessoa a dirigir o relato que focaliza as experiências de um eu pretérito, a teia de tempos que a memória encena torna-se mais complexa. Unidos pelo mesmo pronome, o sujeito da escritura e o objeto de seu texto, feito personagem, são ao mesmo tempo dois e um só. Um, porque os personagens são, no fundo, a mesma pessoa empírica, conforme garante a assinatura firmada ao fim do relato; e são dois na medida em que a distância temporal que separa a ambos os torna distintos, sujeitos da vivência particular de seu tempo. Na autobiografia Infância, de Graciliano Ramos (1945), o autor demonstra ter consciência da bipartição de seu texto -condição de todo relato memorialístico.
O artigo pretende discutir o complexo problema da representação dos excluídos no Vidas secas, de Graciliano Ramos, a partir da análise da posição ambígua ocupada pelo narrador – ao mesmo tempo solidário e conscientemente distante do mundo empobrecido de seus personagens – e das implicações ideológicas (mas também estéticas) desse ambiguidade, que indica, segundo propomos, o esforço do autor em tornar visível a existência miserável dos retirantes, mas resguardando-os de uma representação autoritária, que mistificasse, naturalizando-a, a diferença irredutível que separa o universo letrado do narrador da vida silenciada e bruta dos personagens. A interlocução teórica principal se dará com os chamados Estudos da Subalternidade, particularmente com o trabalho de Gayatri Spivak.
Resumo: O artigo procura compreender, na esteira de Walter Benjamin e Giorgio Agamben, como a história social e cultural brasileira pode ser lida a partir dos topoi da exceção e da barbárie, vistos a partir da obra de três autores e três obras (de valor literário bastante desigual) da literatura brasileira moderna e contemporânea. Palavras-chave: barbárie; exceção; história do Brasil; Graciliano Ramos; Bernardo Kucinski. Abstract:This article seeks to understand social history and Brazilian culture using the topoi exception and barbarism, taken from the works of Giorgio Agamben and Walter Benjamin. We will approach those themes using tree authors and tree works (of unequal literary value) from modern and contemporary Brazilian literature. Keywords: barbarism; exception; brazilian history; Graciliano Ramos; Bernardo Kucinski. 1A imagem terrível de um mundo invertido, estruturado a partir da violência punitiva e do cancelamento sistemático de direitos e garantias individuais, talvez seja a mais adequada para descrever, numa visão de conjunto, a história brasileira do século XX. Desde a barbárie da Campanha de Canudos, espécie de sangrenta introdução ao que viria a se tornar regra no país -a criminalização, o encarceramento e o extermínio de pobres, opositores e indesejáveis -até o Massacre do Carandiru, na última década do século, a confirmação final (mas não a última) da tânato-política (cf. PENNA, 2013, p. 74) que pautou, e ainda pauta, a vida nacional, o que se pode observar é a continuidade, poucas vezes interrompida, da vigência
leitura do poema “Segues a tua estrela”, de Age de Carvalho, ainda inédito, sob a perspectiva do desejo e da transformação do corpo feminino, desdobrando os motivos da criação e do nascimento, do sagrado e do cotidiano, destacando os expedientes poéticos usados na composição do poema: fragmentação de palavras, contrastes, elipses, colagens de fragmentos.
Resumo: Este artigo pretende discutir como o livro de poemas da artista plástica Leila Danziger, Ano novo, elabora uma delicada meditação sobre os ritos simbólicos da herança e do luto. A escrita, para a autora, é compreendida como atividade de dupla natureza: é parte do esforço de elaboração das perdas e dos traumas do passado, bem como um modo de imaginar o futuro e a continuidade do legado familiar e comunitário, das determinações pessoais e da identidade judaica.Palavras-chave: Poesia brasileira contemporânea. Luto. Memória. Herança. Abstract:The article intends to discuss how Leila Danziger's newest book of poems, Ano novo, elaborates a delicate meditation on the symbolic rites of heritage and mourning. Writing for the author is understood as an activity of double nature: it is part of the effort to elaborate past losses and traumas, as well as a way of imagining the future and continuity of family and community legacies, for personal responsibilities or an injuction of jewish identity.Keywords: Contemporary Brazilian Poetry. Mourning. Memory. Heritage. No centro de mundos em extinçãoToda herança é uma tarefa, nos lembra Jacques Derrida em Espectros de Marx. E todos nós, de um jeito ou de outro, somos herdeiros: recebemos o legado de uma língua, os olhos claros ou os cabelos curvos de um antepassado, os gestos tradicionais de uma cultura, as posses ou a dívida solidária que alguém, antes de nós, acumulou e pôde deixar. Mais do que a escolhemos, é a herança -o gesto fundador e antiquíssimo da transmissão e da continuidade -que nos elege violentamente (DERRIDA, 1994). Não escolhemos o sobrenome que vamos carregar, bem como os dados de um universo simbólico que nos chegam a partir do nascimento e que seguem conosco, como memória afetiva ou carga traumática, por toda a vida. Há algo de passivo e * Doutor em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais e Professor Adjunto na Faculdade de Letras na mesma instituição.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.