O Relatório de Transparência Fiscal (RTF) do 1º bimestre de 2022, carrega os impactos da esperança que deixava o panorama do encerramento de 2021 e o apogeu dessas expectativas para uma trajetória caótica e incerta. O 1º bimestre de 2021, no âmbito macroeconômico aponta a perspectiva de estabilização dos preços internacionais e consequente melhora no panorama do câmbio e inflação. Já sob a perspectiva fiscal observa-se arrefecimento na arrecadação tributária devido aos preços internacionais e crescimento da receita pautado no processo inflacionário carregado até então, mas com perspectiva de estabilização devido a baixa dos preços das commodities - assim, o primeiro bimestre parecia promissor e desafiador apenas para alocação eficiente dos recursos à medida que as receitas cresceriam mais devagar ao longo do ano – não obstante os robustos ganhos com transferências do FPE ainda nesse período. O apogeu da esperança quanto a estabilização macroeconômica e fiscal derivou sobretudo do choque provocado no final de fevereiro de 2022, enquanto os dados para o 1º bimestre ainda estavam sendo apurados dentro da gestão fiscal, as expectativas e os cenários se transformaram para um novo nível de incerteza econômica e geopolítica. Desta forma, o Relatório de Transparência Fiscal (RTF) do 1º bimestre de 2022 apresenta os resultados fiscais do Estado do Maranhão comparando ao ano anterior e ao orçado na Lei Orçamentária Anual – LOA. Destacando a superação da pandemia da covid-19 com o processo de vacinação, sinais de recuperação do findar de 2021 e a piora do quadro com o choque do conflito da Rússia e Ucrânia que deve manter e a atividade econômica crescendo devagar – com mudanças no processo e inflacionário e possíveis elevações das taxas de juros que afetarão o investimento. A possibilidade de um reforço inflacionário global, aumento do desemprego, encarecimento da alimentação, aumento da pobreza devem trazer novas e velhas mazelas para o mundo globalizado que ainda luta para superar definitivamente o choque socioeconômico da pandemia. Não obstante, os alertas de novas ondas de contaminação – embora atenuadas pela vacina. Ainda assim, o cenário para as finanças públicas deve ser de manutenção das intervenções e políticas anticíclicas, destacadamente, gastos em saúde – que cresceu ao longo da pandemia e deverão ser mantidos como os novos hospitais, leitos e o processo de vacinação. Não obstante, há os impactos do período eleitoral, do aumento das despesas de pessoal, da necessidade de novos investimentos e das pressões políticas e públicas para aumento de salários devido à corrosão inflacionária. O ano de 2022 que iniciou na calmaria, apenas previa uma nova tempestade que não demorou a vir à tona. A tranquilidade do 6º bimestre não sobreviveu ao primeiro bimestre de 2022, e a guerra emergiu trazer novos e velhos conflito, aprofundando a crise socioeconômica e trazendo desafios imensuráveis para a gestão fiscal e financeira de todas as esferas de governo.
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