de caso por meio de coleta de informações do prontuário e com a mãe do paciente. Foram pesquisados artigos fundamentação teórica. Paciente do sexo masculino, 8 anos, vítima de acidente automobilístico. A mãe relata que quando o filho estava saindo da escola, escorregou e foi atingido próximo a região da cintura por um carro sendo lançado há 1 metro de distância. Foi socorrido pelo SAMU e admitido no pronto atendimento, onde foi constatada fratura de diáfise de fêmur em membro esquerdo. Ao exame físico ortopédico apresentava dor, edema e crepitação em coxa esquerda, com lateralizarão e encurtamento do membro. Transcorridos 10 dias foi realizada a cirurgia para colocação de hastes intramedulares flexíveis/elásticas para reparo e fixação da da fratura. O paciente permaneceu cinquenta e quatro dias com as hastes intramedulares flexíveis. Após a retirada, a calcificação óssea era perfeita. O tratamento fratura de diáfise de fêmur de cada criança depende de fatores como a idade, a fratura, o tipo de linha de fratura, a plataforma técnica, os hábitos dos cirurgiões, e as condições socioeconômicas.
A fratura-luxação da articulação tarsometatársica é rara, tendo incidência em torno de 1 para 55.000 pessoas por ano, recebe o nome Lisfranc em homenagem ao médico que descreveu uma amputação desta articulação. Considerando isso, esse estudo visa relatar um caso de fratura-luxação de Lisfranc e seu tratamento em um paciente sexo masculino, 21 anos, sem comorbidades. Vítima de acidente motociclistico; trazido pelo SAMU com imobilização por talas em pé direito, em bom estado geral e Glasgow 15. Exame físico do pé direito: dor, edema em região dorsal, pele íntegra, pulsos presentes, sem alterações neurológicas ou vasculares. Após raio-x e tomografia computadorizada do pé, foi diagnosticado com fratura-luxação de Lisfranc. Nove dias após, foi submetido a osteossíntese com passagem de fio de kirschnner em base da falange proximal do hálux e redução e fixação da cabeça do segundo metatarso. Passagem de 2 parafusos corticais do cubóide para base do segundo metatarso e do terceiro para a cuneiforme medial e imobilização com tala em pé. Paciente evoluiu bem e seguiu com alta hospitalar e seguimento ambulatorial. A fratura-luxação de Lisfranc é uma lesão grave que apresenta complicações incapacitantes, sendo a mais importante delas a osteoartrose pós-traumática, que pode evoluir com dor e limitação funcional. É importante manter a qualidade da redução, assim como o tratamento cirúrgico precoce visa prevenir a síndrome compartimental do pé, complicação aguda mais frequente.Descritores: Fraturas Ósseas; Fixação Interna de Fraturas; Pé.ReferênciasHebert SK, Barros Filho TEP, Xavier R, Pardini Júnior AG. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 5. ed. São Paulo: Artmed; 2016.Ly TV, Coetzee JC. Treatment of primarily ligamentous Lisfranc joint injuries: primary arthrodesis compared with open reduction and internal fixation. A prospective, randomized study. J Bone Joint Surg Am 2006;88(3):514-20.Kuo RS, Tejwani NC, Digiovanni CW, Holt SK, Benirschke SK, Hansen ST Jr et al. Outcome after open reduction and internal fixation of Lisfranc joint injuries. J Bone Joint Surg Am 2000; 82(11):1609-18.Garcia-Renedo RJ, Carranza-Bencano A, Leal-Gomez R, Cámara-Arrigunaga F. Análisis de las complicaciones en pacientes con fractura-luxación de Lisfranc. Acta ortop mex. 2016;30(6):284-90.5-Sangeorzan BJ, Veith RG, Hansen ST Jr. Salvage of Lisfranc’s tarsometatarsal joint by arthrodesis. Foot Ankle. 1990;10(4):193-200.Pereira CJ, Canto RST, Tramontini JL, Canto FRT. Fratura-Luxação Tarsometatarsiana (Lisfranc). Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; 2007.Pina-Vaz J. Fractura de Lisfranc: controvérsias do diagnóstico e tratamento [dissertação]. Porto: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; 2012.Rodrigues CS. Patologia aguda da articulação de Lisfranc. Uma entidade complexa e frequentemente esquecida. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Clínica Universitária de Ortopedia; 2016.Velázquez-Vélez D, Durán-Martínez N, Peñafort-García JA, Romero-Peña A. Control de daño de extremidad pélvica en lesión compleja del pie: Reporte de un caso. Acta ortop mex. 2015;29(5):275-79.Sobrado MF, Saito GH, Sakaki MH, Pontin PA, Santos ALG, Fernandes TD. Estudo epidemiológico sobre lesões lisfrancas. Acta ortop. bras. 2017;25(1):44-7.
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