The experience and competence of CEOs may have a positive influence on the performance of firms. Using secondary data on the performance of 73 Brazilian listed companies and primary data collected through a survey of the social and demographic characteristics of CEOs we tested a set of hypotheses concerning the influence of CEOs on the performance of the firms they headed between 1997 and 2012. Specifically, we examined the relationships between CEOs’ experience and competence regarding common accounting indicators. The results indicate that CEOs with diverse experience would not do better in dynamic environments, and that specific experience has a negative effect on performance. Furthermore, CEOs with formal education do not show better short‐term performance, and tenure has an inverted U‐shaped relationship with the firm's performance. This article helps to provide a better understanding of the behavior of Brazilian CEOs by examining their characteristics.
Afirmamos nesse artigo que a crise provocada pelo Sars-CoV-2, causador da Covid-19, é uma crise ecológica. O agenciamento de ações efetivas para seu controle e superação requer compreensão sistêmica do fenômeno e o conceito de sindemia é mais adequado à medida que abarca tal complexidade. Discutimos, assim, a ruptura do sociometabolismo entre ser humano/natureza em meio à relações alienadas de produção efetivadas no mercado e como o movimento de ecovilas contribui para reconfigurar a relação ser humano/natureza a partir de bases ecológicas. A indústria agrícola e da construção, que modelam a distribuição espacial tanto no campo quanto na cidade a partir da lógica de acumulação do capital, exercem forte pressão nos ecossistemas e são tomados como referência nesta investigação. Experiências de quatro ecovilas, por meio de pesquisa de inspiração etnográfica, revelam um tipo organizacional que, uma vez orientado à autossuficiência mediada pelo trabalho comunal autogestionário, tem potencial para reconfigurar a relação ser humano/natureza mitigando embaraços do enclave mercado e consequências da sindemia via práticas de policultivos, bioconstruções e difusão de seus ideais por sua militância e educação ecológica ao mesmo tempo que toca em pontos fundantes da crise, ou seja, a degradação socioambiental.
Este artigo investiga as percepções de discentes de mestrado e doutorado em Administração quanto ao uso do portfólio como ferramenta de aprendizagem autorregulada. O modelo de Pintrich (2000), o qual compreende as áreas cognitiva, motivacional, comportamental e de contexto, foi a base teórica para compreender essas percepções, particularmente quanto à fase reação e reflexão. Na coleta de dados, foi utilizada observação participante e documentos, obtidos das autoavaliações dos discentes. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo e de clusters. Os resultados mostraram que a metodologia empregada potencializou a aprendizagem, tornando os discentes mais ativos e autocríticos. Foram identificados quatro clusters que retrataram as percepções de aprendizado e de adaptabilidade dos discentes à proposta metodológica da autorregulação: adotantes imediatos, maioria adaptativa, cautelosos e resistentes. Foi possível visualizar os eixos positivos e negativos relacionados com a adaptabilidade ao uso do portfólio. O estudo corrobora a ideia de viabilidade e eficácia da ferramenta de portfólio como metodologia alternativa ao modelo tradicional de ensino e de avaliação da aprendizagem.
Este estudo tem como objetivo classificar postulados da pesquisa em nível de pósgraduação stricto sensu, tomando como referência o paradigma de análise da teoria social e teses defendidas em cursos de doutorado no Brasil, com o propósito de delimitar o conceito ecovilas. Para tanto, foi procedida uma revisão sistemática nas oito teses retornadas da busca no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, defendidas em cursos de doutorado no Brasil, à luz dos paradigmas de análise da teoria social (Burrel & Morgan, 1979). A classificação da natureza epistemológica foi, então, realizada com base na análise de equivalência entre o conteúdo abordado e as definições dos autores. As teses enquadram-se, predominantemente, no paradigma humanista radical, caracterizado pela maneira de ver o mundo de modo subjetivo, acatando a ideia de que o indivíduo cria e interpreta o mundo em que vive e assume conflitos e contradições estruturais como intrínsecos à sociedade. Os estudos sobre ecovilas evidenciam para além da pauta ecológica, a solidariedade, qualidade de vida, educação, espiritualidade e consumo responsável. A concepção nacional de ecovila, fundamentase em ideias e ações que prezam por estados de liberdade, espiritualidade, tradição cultural e por mutualidades entre indivíduos e destes com o meio-ambiente.
RESUMO Este artigo objetiva sistematizar práticas de pluralidade econômica tomando como base empírica propósitos de autossuficiência em ecovilas e, como referência teórica, elementos de economia solidária, plural em Polanyi e da dádiva em Mauss. Assumimos a premissa que a economia de mercado domina a sociabilização humana reduzindo a racionalidade humana ao cálculo utilitário, estabelecendo, assim, uma monocultura que se espraiada da mente à agricultura. Pontuamos práticas econômicas cujos propósitos e esquemas de trabalho, gestão e economia se orientam pela preservação e regeneração de ecossistemas que reconectam o ser humano a ele próprio e à natureza. Após 49 dias de imersão em quatro ecovilas, e posterior acompanhamento remoto de suas atividades, foram qualificadas práticas diversificadas de agricultura, centradas em ideais de autossuficiência, tempos e processos naturais e em singularidades de vida social, revelando pluralidade econômica em termos de domesticidade, reciprocidade, redistribuição, dádiva e solidariedade. Restritas relações com o mercado orientam dinâmicas de vida econômica e sustentam ideais de enfrentamento da crise social e ambiental.
Organizações públicas são sistemas complexos, burocráticos, com valores organizacionais e elementos culturais fortes, em que o processo de resistência à mudança é considerado como um elemento disfuncional da organização burocrática. O artigo identificou a influência da implantação do processo judicial eletrônico (PJe) antes da adoção pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região, e sua relação com a resistência a mudança no comportamento dos atores internos. Os resultados sugerem ganho com a implantação do PJe, além de não identificar relação entre o tempo de cargo e tempo de serviço público, nem mesmo resistência ao processo de implantação do PJe.
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