Este estudo pretende recuperar os principais pressupostos teóricos da Análise Dialógica do Discurso (ADD), que está embasada da perspectiva bakhtiniana de estudo da linguagem e que vem sido trabalhada por pesquisadores do Círculo, indicando seu lugar na investigação em enunciados produzidos no grupo “Utilidade Pública Capixaba”, dentro da rede social Facebook, a respeito das mulheres de Policiais Militares que encabeçaram manifestações de apoio à paralisação do serviço de segurança pública no estado do Espírito Santo em fevereiro de 2017. Tal proposta de trabalho está centrada em dois objetivos principais que são i) analisar, em diálogo histórico e social, processos dialógicos de enunciação ocorridos dentro do contexto de caos da segurança pública capixaba e ii) comprovar a atualidade e necessidade da ADD para os estudos da linguagem contemporâneos.
Este trabalho tem o objetivo de suscitar reflexões a respeito da autoria na conjuntura da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pretende-se, especificamente, analisar como a autoria é vista e requerida em uma cartilha de redação oficial do exame, publicada no ano de 2016. O norteamento teórico-filosófico que guia este estudo está embasado nos conceitos de autor em Mikhail Bakhtin (2011), em interface ao de autor em Michel Foucault (2006). O trabalho guia-se metodologicamente por uma perspectiva indiciária (GINZBURG, 1986) fundamentada em uma base dialógica de observação. Os resultados da análise apontam que a visão institucional sobre a autoria no Enem afasta tal processo do campo da subjetividade dialógica e o aproxima de uma racionalização monológica pela via da escrita.
Este trabalho tem como objetivo principal discutir os lugares da escrita na pós-graduação brasileira. Para isso, realiza uma análise de postagens de pós-graduandos que relatam experiências com esse processo na rede social Facebook. O estudo guia-se pelos pressupostos dos letramentos (STREET, 1995; GEE, 2001), com foco na proposta de estudo dos letramentos acadêmicos no contexto brasileiro (FISCHER, 2010; FIAD, 2011). Metodologicamente, a análise guia-se pelo paradigma indiciário (GINZBURG, 1986), reconhecendo os dados de pesquisa como autenticamente dialógicos (BAKHTIN, 2011). Como resultado, o trabalho indica que há uma percepção complexa acerca da escrita na pós-graduação brasileira, associando-a como prática que transforma as formas com as quais o pós-graduando enxerga a si e suas relações de trabalho nesta esfera.
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