RESUMO Após o fim do regime militar e a consequente democratização do País, com a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), passam a surgir propostas de mudanças para o ensino médico no intuito de adaptá-lo a esse novo sistema. Nesse processo, destaca-se a formação da Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico (Cinaem), em 1991, com a proposta de realizar, em diferentes fases, uma autoavaliação do ensino médico àquela época, o que culminou, em 2001, na elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de Medicina. Entendendo que a educação médica proposta pelas DCN visa formar profissionais de perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, que contemplem o sistema de saúde vigente e cuja formação deve se dar por meio do vínculo com as necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS, este trabalho buscou identificar, mediante uma análise qualitativa, a influência exercida pela formação em Medicina em uma instituição de ensino sobre as percepções de seus acadêmicos e egressos acerca do SUS. Os dados foram coletados em grupos focais, compostos por alunos do terceiro ao décimo segundo período de Medicina, seguindo um roteiro norteador flexível. A leitura transversal e horizontal dos dados, baseada na metodologia de “Estrutura, Processo e Resultados” de Donabedian 24 , permitiu identificar os seguintes temas centrais presentes nas narrativas, sobre os quais foi construída a discussão: corpo docente, adequação teórica e prática, e saúde coletiva. Por fim, foi compreendida a visão que os estudantes têm do SUS, suas intenções de utilização e inserção profissional no sistema e algumas evidências de currículo oculto. O estudo concluiu que a formação médica tem forte influência sobre estes fatores. Grande parte dos estudantes não tem interesse em trabalhar no SUS nem em sua utilização, motivada pelas experiências práticas, pelo discurso e pelo exemplo dos docentes.
Os antipsicóticos são a primeira linha de tratamento para os sintomas psicóticos e suas síndromes. A psicose pode se apresentar como: delírios, alucinações, desorganização do pensamento e alteração do comportamento. Estima-se que 13 a 23% da população os apresente em algum momento ao longo da vida. Esta revisão clínica pretende auxiliar na tomada de decisão sobre quando e como introduzir antipsicóticos na atenção primária à saúde, levando em conta sua eficácia, o perfil de efeitos colaterais e os principais cuidados com as comorbidades relevantes. Realizou-se revisão da literatura nas bases de dados eletrônicos United States National Library of Medicine (PubMed), BMJ Best Practice e UpToDate — sumarizadores de evidência — no período de outubro a novembro de 2020. Foram incluídos artigos que abordassem a introdução de antipsicóticos na atenção primária, em maiores de 18 anos, com publicação após 2010, em português, inglês, espanhol ou francês. Foram obtidos 76 artigos considerados elegíveis. Destes, 27 foram selecionados para leitura integral. O antipsicótico deve ser recomendado para qualquer pessoa que apresente um primeiro episódio de psicose. Preferencialmente, a escolha terapêutica deve fazer parte do plano conjunto, centrado na pessoa, levando em conta os efeitos colaterais. Não há superioridade na eficácia entre um antipsicótico ou outro, nem mesmo entre grupos. Analisou-se o perfil de eficácia, efeitos adversos, segurança e tolerabilidade dos principais fármacos disponíveis, facilitando a tomada de decisão perante a introdução dos antipsicóticos. Pela escassa literatura nacional, não foi possível analisar o perfil específico para a população brasileira.
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