Resumo: Neste trabalho, discutiremos as implicações metodológicas para a fixação da rede de pontos para aqueles que se propõem a fazer um atlas linguístico no Brasil. Com essa finalidade, apresentamos as diretrizes utilizadas pelos dialetólogos e geolinguistas latino-americanos, sobretudo em relação à quantidade de localidades a ser inquiridas e quanto aos aspectos que deverão nortear os pesquisadores nesta seleção. Sob esse ponto de vista, discutiremos a rede de pontos dos atlas linguísticos publicados e em andamento no Brasil. Em termos metodológicos, sob uma perspectiva pluridimensional, apresentamos as diretrizes adotadas para a rede escolhida do Atlas linguístico topodinâmico e topoestático do estado do Tocantins, composta por 10 localidades. Palavras-chave: atlas linguístico; Dialetologia pluridimensional; Geolinguística.
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O atual Tocantins, desmembrado do espaço goiano em 1988, apresenta características migratórias intensas, sobretudo de populações procedentes das regiões Norte e Nordeste, o que se traduz em ações centrípetas e centrífugas relacionadas às formas dialetais de informantes locais e migrantes. Em razão desse movimento de falantes plurivarietais, realizamos o “Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins” – ALiTTETO (2018), defendido como tese de doutorado na Universidade Estadual de Londrina. O trabalho, lato sensu, foi composto por inquéritos realizados em 12 localidades, junto a 96 informantes estratificados por idade, sexo e mobilidade (migrante e não migrante). Neste recorte, fornecemos resultados nos níveis fonético-fonológico, mais precisamente na variação do rótico em coda medial, que atrela o Tocantins a uma norma fonética presente nas regiões Norte e Nordeste brasileira; e no viés lexical, com a apresentação das variantes para libélula/cambito/cavalo/cavalinho (de/do capeta, cão, judeu), que demonstra a formação de área dialetal nas proximidades com o espaço intitulado como Falar Baiano.
Até o início do século XX, o Brasil era essencialmente um país rural, dinâmica que tem se modificado com as novas vias de comunicações. Os agricultores têm se deslocado para os grandes centros em busca de melhores oportunidades. Esse processo marca uma nova configuração social e, consequentemente, linguística, visto que o falante, no ambiente citadino, se submetea uma nova situação dialetal, muitas vezes marcada por processos de desenraizamento linguístico. Discute-se a manutenção ou perda de marcas lexicais conceituadas como rurais, a partir da análise dos dados coletados pelo At las Linguíst ico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins (2018), em 12 localidades do Tocantins, junto a 96 informantes estratificados por sexo, idade e tipo de mobilidade.
Nas últimas décadas, o Brasil tem vivenciado um processo de grande mobilidade sociogeográfica, o que se traduz em uma nova configuração linguística, decorrente do contato entre diferentes modalidades dialetais no mesmo espaço. Estudos mais recentes em Sociolinguística e em Dialetologia têm atestado que fatores sócio-históricos e sócio-econômicos decorrentes da mobilidade da população acarretam, por vezes, a transformação de cenário dentro dos estudos que visam averiguar os processos de variação e de mudança linguística. Nesse panorama, este texto objetiva demonstrar o comportamento linguístico, sobretudo na área do léxico, de informantes topodinâmicos, moradores atuais de Tocantins, em comparação com informantes topoestáticos naturais das doze localidades investigadas para o Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins (ALiTTETO).
Este artigo foi elaborado a partir da proposta em se analisar o uso das máximas conversacionais em dois tipos de discurso, uma entrevista fornecida pelo ex. Ministro das Relações Exteriores José Serra à rádio ONU e um discurso concedido pelo Senhor Presidente da República, Michel Temer, durante Abertura do Debate Geral da 71ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Por meio da comparação desses discursos, o artigo procura encontrar os pontos coincidentes entre as duas manifestações orais, assim como a violação ou não das Máximas Conversacionais estabelecidas por Grice (1982).
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