This study aims to understand transgender peoples' access to the Brazilian public healthcare system in light of the new public policies for this group in Brazil. Our ethnographic study involved interviews with transgender women at a non-governmental organization and a direct participant-observation study conducted 2 years later to observe how a new specialized service was providing healthcare for transgender people. Transgender people reported difficult personal life trajectories, marked by discrimination and binary standards, in their struggle to become recognized as women/men. At the specialized service, gender norms and stereotyping were observed being put into operation by untrained service providers. This dominance of pathologizing models ended up not decreasing transgender patients' access to unsafe care outside of the public sector. The promotion and protection of the right to health thus depends upon cultural changes. This may well include changes in technical-scientific discourse regarding the transgender experience in order to account for the depathologization and gender fluidity recognition.
ResumoA doença renal crônica caracteriza-se pela deficiência de funções como a filtragem de resíduos, a regulação de água e de outros elementos químicos e a produção de hormônios. O programa de hemodiálise utilizado para doentes renais crônicos é destacado na literatura como uma modalidade sofrida e que impõe limitações de ordem física, psicológica e social. Entre os diversos aspectos que se alteram na vida dos doentes renais, o trabalho é apontado como um dos que sofrem profundas consequências na sua continuidade, modificando o cotidiano e a rotina do paciente que, embora não fique imediatamente incapacitado para as atividades laborais, variando-se as condições físicas de cada um, necessita muitas vezes lançar mão de benefícios sociais, como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. Esta pesquisa pretendeu compreender o significado que os doentes renais, que utilizam dessa modalidade de tratamento e permanecem na vida laboral, atribuem ao trabalho. A metodologia definida para a realização dessa investigação científica foi qualitativa, utilizando-se para a coleta de dados entrevistas semiestruturadas. Os resultados encontrados sobre os significados do trabalho e os motivos da sua manutenção apontaram para a subsistência e o consumismo, a dignidade e a independência, a preservação da saúde mental e a manutenção da atividade pelo trabalho e a identidade de trabalhador. Entre os pesquisados houve o reconhecimento do trabalho como benéfico para o enfrentamento da doença e para seu tratamento. Palavras-chave: Significados do Trabalho; Doença Renal; Psicologia Social Comunitária.
São várias as pessoas que fazem parte da construção desta pesquisa. Mas algumas delas estiveram presentes por meio de palavras, atitudes e ensinamentos que ainda reverberam em minha vida e me fazem ser quem eu sou hoje, mesmo que não estivessem presentes concretamente nestes últimos quatro anos. Por isso, não poderia deixar de agradecer ao meu pai (in memoriam), à Maria Juracy F. Toneli, à Gisele Mânica e à Janaina R. Furtado. Agradeço, ainda, à minha família, meu suporte, meu continente; que permite que eu me lance ao mundo em busca dos meus sonhos e objetivos com a certeza de que sempre que precisar terei um porto seguro. Ao meu sobrinho, Théo, que me ensinou durante os seus quatro anos de vida que o mundo pode ser muito simples, depende apenas de vê-lo assim. À Fabiana, que, durante estes quatro anos, mesmo nos momentos mais complicados e estressantes, esteve ao meu lado com muito companheirismo e amorosidade. À Meg, minha parceira nos momentos de "ócio criativo" e de escrita. Mesmo em silêncio, ou com latidos, esteve docemente ao meu lado. À Vera Paiva, que me apresentou e ajudou a operacionalizar o quadro dos direitos humanos e da vulnerabilidade ao adoecimento, e que com carinho me orientou nesta pesquisa. Ótima parceria! À Carla Amaral, Andreia Laís Cantelli, Josiane Bourges e Sabrina Mab Taborda, pela acolhida e parceria para a realização desta pesquisa. A todas as entrevistadas, que gentilmente compartilharam as suas trajetórias de vida. Ao Transgrupo, que muito me ensinou e proporcionou que este trabalho fosse realizado. À CAPES, pelo incentivo financeiro, sem o qual não seria possível eu ter me dedicado a esta pesquisa.
Para as pessoas trans, a estigmatização e discriminação, produzidas pelas normas regulatórias de gêneros, impossibilitam o acesso e comprometem a qualidade nos serviços públicos de saúde. Este artigo discute o atendimento e o direito à saúde integral, a partir de uma pesquisa qualitativa que buscou analisar as barreiras para o acesso dessa população nesses espaços. Foram realizadas entrevistas com profissionais da saúde pública de Curitiba/PR, abordando o conhecimento sobre transexualidades e travestilidades, políticas públicas de saúde para travestis e transexuais, e experiências de atendimento. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise das práticas discursivas das/os profissionais por meio das categorias: aceitabilidade, acessibilidade, qualidade e disponibilidade. Observou-se que as normas regulatórias de gênero incidem na prática das políticas e no atendimento às pessoas trans, dificultando seu acesso aos serviços públicos de saúde.
Esta pesquisa teve como objetivo desenvolver e investigar uma intervenção de coaching de carreira em grupo, com alunos de uma instituição de ensino superior de Curitiba/PR. Foram realizadas 8 sessões de coaching em grupo com os alunos, que tiveram como objetivo auxiliar o desenvolvimento da empregabilidade dos participantes e realizar um plano de carreira. Antes e após a intervenção, foram realizadas entrevistas semiestruturadas. Os dados das entrevistas, assim como a própria intervenção, foram analisados por meio da análise de conteúdo. Para a análise, foram elencadas as seguintes categorias após uma primeira leitura do material obtido: coaching de carreira em grupo; mercado de trabalho; e carreira. A partir da análise, observou-se que a intervenção proposta facilitou maior conhecimento sobre o mercado de trabalho e oportunizou novas formas de pensar a respeito da profi ssão. Notou-se que o processo de coaching de carreira em grupo mostrou-se útil, uma vez que contribuiu para ampliar o autoconhecimento dos participantes, bem como para proporcionar conscientização e refl exão sobre os fenômenos que envolvem a carreira profi ssional. Os princípios utilizados e que permeiam a psicologia social comunitária favoreceram o processo grupal, o autoconhecimento, a conscientização, a harmonia e a solidariedade dos membros, contribuindo para os resultados apresentados.
RESUMOatualmente os sujeitos encontram-se diante de duas prerrogativas: a do tempo a serviço do trabalho e a do consumo como produtor de estilos de vida. tais mandatos, aliados à escassez de empregos, fazem com que o indivíduo sem trabalho e sem emprego encontre-se em um terreno dramático permeado pelo agonismo. ao se tomar esse contexto como pano de fundo, este texto irá apresentar as práticas cotidianas de duas famílias de camadas médias, nas quais o homem encontra-se sem trabalho remunerado, cabendo às mulheres realizarem tal atividade. a partir da análise dessas práticas, é possível verificar que ante as mesmas normas, num jogo de agonismo entre essas e as contingências impossibilitadoras de reiterá-las, múltiplas subjetividades e masculinidades afloram.Palavras-chave: trabalho; masculinidades; famílias. ABSTRACTCurrently subjects are facing two prerogatives: working, as the main priority in life and consumption, as a producer of lifestyles. Such mandates, combined with the scarcity of jobs, put the individual without work and without employment is in a dramatic field which is permeated by agonism. When you take this context as background, this text will present the daily practices of two families of middle class, in which the man is unemployed, and the woman has to take the responsibility of having a job. From the analysis of such practices, it can be attested under the same norms, in a game of agonism between these and the contingencies that preclude the reiteration of them, multiple subjectivities and masculinities emerged.Keywords: work; masculinities; families. Nas sociedades contemporâneas, os sujeitos vivem sob a égide de dois sistemas de tecnologias de poder: o disciplinar e o regulador (Foucault, 2005). O primeiro teve seu início por volta dos séculos XVII e XVIII, caracterizando-se por técnicas disciplinares sobre os corpos, que objetivavam seu adestramento para que os indivíduos pudessem ser manipulados como corpos dóceis e úteis. a partir da metade do século XVIII, outras tecnologias de poder são somadas às anteriores. São somadas na medida em que não há a exclusão das disciplinares, e sim a existência das duas formas de poder concomitantemente, a disciplinar e a reguladora, que emerge nesse momento. Há agora um deslocamento do foco do poder, que antes era dirigido aos corpos, um "anátomo-poder", que passa a ser orientado à vida dos sujeitos, um "biopoder" (Foucault, 1999b).Essa nova técnica do poder não se dirige mais a indivíduos isolados, e sim à população. O biopoder consiste no controle da população global, por meio da regulação das taxas de natalidade, longevidade, mortalidade, enfim, dos estados de vida da população. Busca-se com esse tipo de poder otimizar a vida, e não mais uma maximização da força (Foucault, 2005). decorre dessa alteração do campo de efetivação do poder, a regulação de todo o campo social, não se restringindo ao interior das instituições. O que se vê é justamente uma quebra de fronteiras, de delimitações de ações do poder, uma vez que esse se encontra intrínseco a todas...
OBJETIVO: compreender os sentidos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) para pessoas em situação de rua e em tratamento de álcool e drogas em uma capital do sul do Brasil. METODO: As informações foram coletadas por meiode entrevista semiestruturada e participaram da pesquisa 15 pessoas do sexo masculino, com idades entre 24 e 61 anos, que estiveram em situação de rua entre 2 meses e 8 anos. As entrevistas ocorreram no Centro de Atenção Psicossocial para tratamento de álcool e outras drogas que possuem leitos (CAPS ad III). Para a análise dos dados foi utilizada a perspectiva das Práticas Discursivas da qual decorreram as duas categorias: início do acesso à RAPS e experiências após acessar a RAPS. RESULTADOS: A burocracia foi um fator que emergiu na articulação entre os dispositivos acessados, resultando em abordagens de baixa intersetorialidade. Por outro lado, os participantes narraram experiências de acolhimento fundamentais para ressignificar a relação com os equipamentos de saúde e dar abertura para a busca de tratamento. CONCLUSAO: existe falta de informação sobre os serviços existentes e receio por parte dos usuários em acessá-los PALAVRAS-CHAVE: Pessoas em situação de rua, Drogadição. Determinantes sociais da saúde, Psicologia social.
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