Introdução: Os avanços da sociedade moderna trouxeram grandes desafios aos mais variados setores do mercado de trabalho, levando os indivíduos a se readaptarem aos novos processos de trabalho. Um dos desafios remete a extensas jornadas e múltiplos vínculos empregatícios, fato que aumenta a vulnerabilidade, as chances de adoecimento e absenteísmo dos trabalhadores. Objetivo: Conhecer a prevalência do absenteísmo entre os trabalhadores do Sistema Único de Saúde, assim como os profissionais mais acometidos, a causa mais prevalente e o tempo médio de afastamento. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura guiada pelo protocolo PRISMA. As evidências, publicadas até 31 de dezembro de 2019, foram recuperadas das bases WEB OF SCIENCE, WHOLIS, PAHO, SCOPUS, SCIELO e PUBMED/MEDLINE e a avaliação da qualidade dos estudos foi conduzida por uma versão adaptada do protocolo STROBE. Resultados: Os achados dos 17 artigos incluídos nesta revisão revelam que a frequência de absenteísmo, assim como o tempo médio de afastamento entre os trabalhadores do Sistema Único de Saúde, é variável. Os estudos selecionados apontam os profissionais de enfermagem como a categoria que mais se ausenta do trabalho. Entretanto, ao considerar esse achado, precisa-se destacar que a quantidade de estudos encontrados para as demais categorias profissionais é limitada. Conclusões: As consequências do absenteísmo não recaem apenas sobre o trabalhador ou sobre o empregador, mas geram sobrecarga aos profissionais não faltosos, fato que compromete a qualidade da atenção aos usuários do Sistema Único de Saúde. Destaca-se que o conhecimento acerca do absenteísmo pode ser um importante instrumento para a gestão do trabalho em saúde.
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