Este artigo discute a construção social do pensamento insurgente na obra do pensador sergipano Manoel Bomfim. Ao discutir o que denominou parasitismo social, o autor analisa a formação da sociedade brasileira, destacando os problemas herdados da colonização portuguesa, prescindindo do repertório racista, comum no discurso de seus coetâneos. Bomfim teceu duras críticas à elite dirigente e aos intelectuais recheados de conhecimento livresco e avessos aos fenômenos sociais que se desenrolavam diante dos seus olhos. Para o sergipano, o problema não era a leitura de autores estrangeiros, mas a aplicação grosseira de teorias alheias à realidade social que, invariavelmente, eram negativas. As explicações abstratas e teorias exóticas turvavam a visão e impediam que se compreendessem os reais motivos do atraso como, por exemplo, a insistência na monocultura e o tratamento aviltante ao trabalhador. Em sua análise, racismo e parasitismo são indissociáveis, e sob essa chave de leitura se centrará nossa argumentação.
O presente artigo discute a obra de José Martí, a partir da perspectiva pós-colonial, apontando que seus escritos problematizam questões que antecipam a produção teórica contemporânea. Martí se insere no rol de pensadores que questionou e lutou contra a hegemonia política e cultural dos centros de poder, anunciando em seus escritos o que veio a se tornar o novo império, os Estados Unidos, e suas articulações para a manutenção da América Latina na periferia capitalista.
Este artigo visa apresentar a obra de Manoel Bomfim, partindo do conceito de parasitismo social com que o autor trabalha ao analisar o processo histórico formador das nações latino-americanas e seus desdobramentos políticos, econômicos e sociais. Presente desde o seu surgimento, o parasitismo social persiste como elemento constitutivo dessas sociedades.
O que me espanta é a força De um feminil coração. É ver num peito de corça Brio, valor de leão! E sob a forma delgada De uma mulher delicada Ver um'alma alimentada Do fogo de uma explosão! (Franklin Távora) Conhecida dos cearenses por emprestar seu nome a uma importante avenida da capital, nos últimos anos, Jovita Feitosa teve sua memória resgatada como exemplo de mulher forte, guerreira e destemida pelos movimentos de mulheres na luta por justiça e igualdade social. Seu nome voltou a ter notoriedade em âmbito nacional e isso se deve também à recente promulgação da Lei nº 13.423, 1 em 2018, que inscreve a jovem no Livro dos Heróis da Pátria. 2 Gislania de Freitas silvaDoutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (PPGS -UFC), mestre em Sociologia pelo PPGS -UFC, licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e professora de Sociologia na rede estadual de ensino do estado do Ceará (SEDUC-CE) desde 2010.
Neste artigo propomos discutir a formação para a docência nas licenciaturas em Ciências Sociais a partir do curso ofertado pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Com base nas percepções e experiências de estudantes egressos deste curso, compartilhadas por meio de questionários e entrevistas, problematizamos a hierarquia simbólica associada à dicotomia pesquisador/professor e destacamos a centralidade da relação universidade-escola na formação docente. Seguindo o diálogo entre Antropologia e Educação, refletimos sobre o lugar da prática no processo de aprendizagem e ressaltamos a experiência do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) em promover a imersão do licenciando na escola desde o início da formação, transcendendo assim as disciplinas de estágio. Concluímos que a aproximação do discente com o ambiente escolar torna patente a indissociabilidade entre pesquisa e ensino, uma vez que vivenciar a escola – seus atores, dinâmicas e relações sociais - pressupõe simultaneamente experimentá-la enquanto prática e torná-la objeto de reflexão socioantropológica.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.