<p>Objetivos: estimar a prevalência autorreferida da realização do exame citopatológico do colo do útero em mulheres profissionais do sexo e investigar a associação entre a realização desse teste e os dados socioeconômicos e comportamentais. Método: estudo analítico transversal, com 416 mulheres profissionais do sexo, em uma capital do nordeste brasileiro entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2015. Resultados: a prevalência autorreferida de realização do exame citopatológico do colo do útero foi de 47,8%. Houve associações entre a realização do teste e a renda (p=0,001), a escolaridade (p=0,001), a religião (p=0,001), a forma de acesso ao serviço (p=0,003) e o uso de contraceptivo (p=0,003). Conclusão: mulheres profissionais do sexo apresentaram baixa prevalência para realização do exame citopatológico do colo do útero, fato que ocorre especialmente entre as mulheres mais empobrecidas, pouco escolarizadas e com dificuldade de acesso aos serviços de saúde.</p><p>Descritores: Teste de Papanicolaou. Profissionais do sexo. Mulheres. Prevalência. Prevenção secundária. Atenção primária à saúde.</p>

Objective: to identify the use of hepatitis B vaccine and risk practices among female sex workers. Methods: cross-sectional research using the Respondent Driven Sampling methodology. One-hundred and fifty-three sex workers were studied. Results: risk practices were related to the early onset of sexual activity, multiple partners with up to 17 clients per week 34 (22.2%), lack of use of condom 9 (5.9%), 124 (81.0%) shared sharps and 53 (34.6%) reported no vaccine against hepatitis B. Conclusion: sex workers found themselves exposed to various risk situations to the hepatitis B virus, due to the lack of immunization schedule, sexual precocity, multiple sex partners lack of use of condom, habit of sharing sharp objects. It is urgent to invest in health promotion with guidance on the importance of the vaccine, the adoption of protective measures and increased access of sex workers to health facilities. Descriptors: Hepatitis B Vaccines; Women; Sex Workers.Objetivo: identificar o uso da vacina contra hepatite B e práticas de risco entre mulheres profissionais do sexo. Métodos: pesquisa transversal, utilizando-se a metodologia Respondent Driven Sampling. Foram estudadas 153 profissionais do sexo. Resultados: as práticas de risco foram relacionadas ao início precoce de atividades sexuais, múltiplas parceiros com até 17 clientes por semana 34(22,2%), sem uso do preservativo 9(5,9%), 124(81,0%) compartilhavam objetos cortantes e 53(34,6%) não reportaram vacina contra hepatite B. Conclusão: as profissionais do sexo encontravam-se expostas a várias situações de risco ao vírus da hepatite B, em função da falta de esquema vacinal, precocidade sexual, múltiplos parceiros sexuais sem uso de preservativo, compartilhamento de objetos cortantes. Urge investir na promoção da saúde, com orientação sobre a importância da realização da vacina, adoção de medidas protetivas e ampliação do acesso das profissionais do sexo às unidades de saúde.

Objetivo: identificar a prevalência de infecção da corrente sanguínea em idosos internados em um clinica cirúrgica de um Hospital Geral. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa. A amostra constou de 68 pacientes internados no ano de 2013 em um Hospital de referência e ensino de Teresina-PI. Os dados foram analisados pelo SPSS Versão 10.0 e o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CAAE:18110614.10000.5214). Resultados: Dos 68 pacientes diagnosticados com cultura positiva pra ICS a prevalência de idosos(60 anos ou mais) foi de 49%. Houve predominância do sexo feminino (58%) e estado civil casado (43%). Os microrganismos mais prevalentes foram Acinetobacter baumannii (23,5%), Klebsiella pneumoniae (19,65), Pseudomonas aeruginosa (19,05%) e Staphylococcus coagulase-negativo(17,3%). Conclusão: A prevalência de ICS elevada revela a necessidade de se avaliar medidas de prevenção para esta faixa etária.

Objetivo: avaliar a adesão ao seguimento clínico de mulheres profissionais do sexo com sífilis.Metodologia: estudo transversal analítico, realizado na cidade de Teresina-PI, entre janeiro de 2016a setembro de 2017. Utilizou-se método Respondent Driven Sampling para recrutamento e cuponsválidos com informações sobre local e data das entrevistas. Foi considerada sífilis Venereal DiseaseResearch Laboratory igual ou superior 1/1 sem tratamento prévio. Os dados foram analisadosmediante teste Qui-quadrado de Pearson.Resultados: a prevalência da sífilis nessas mulheres foi de 27 (7,5%) e todas foram encaminhadas pelopesquisador responsável para Unidades Básicas de Saúde. Desse total, oito (29,6%) compareceramaos serviços de saúde, e quatro (14,8%) realizaram tratamento adequado; nove (33,3%) não fizeramadesão ao seguimento clínico e 10 (37,0%) não foram localizadas após encaminhamento.Conclusão: verificou-se elevada prevalência da sífilis, baixa adesão ao seguimento clínico enecessidade de melhor acolhimento em Unidades Básicas de Saúde.

Objective: to report the experience of university extension activities for HIV prevention and health promotion to homeless people. Method: a descriptive study, the type experience report, carried out at a referral center for specialized population living in the streets, in the period from May 2016 to August 2017. It was used the arc of Maguerez as the method. Held rapid testing for HIV and viral hepatitis, individual and collective guidelines for prevention and referral of cases required. Results: it was noted the consumption of alcohol and drugs, reports of various types of violence, social stigmas and HIV risk behaviors. Conclusion: homeless people are more exposed to various infections and is in a situation of greater vulnerability. There is urgent need for better inclusion of this population in different spaces that enable their participation in educational activities for health promotion and prevention of diseases that are exposed.

Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre o HIV/Aids das pessoas em situação de rua. Métodos: Estudo transversal, realizado no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), em uma capital do Nordeste brasileiro, no período de agosto de 2018 a fevereiro de 2019, por meio de amostragem não probabilístico por conveniência. Aplicou-se o instrumento HIV Knowledge Questionnaire (HIV-K-Q). Foi realizado variância e alfa de Cronbach e teste qui quadrado para associação. Resultados:  50 pessoas em situação de rua foram abordadas, sendo a maioria do sexo masculino (86%), a idade mediana foi de 35 anos e (56%) possuía ensino fundamental completo. A população em situação de rua estudada, apresentou baixo conhecimento correto sobre o HIV, onde apenas 10 itens avaliados atingiram 70% de acertos, esse conhecimento esteve associado as variáveis faixa etária e estado civil. Conclusão: A população estudada apresenta baixo conhecimento sobre o HIV. Ser adulto jovem e solteiro esteve associado ao baixo conhecimento correto. Urge a realização de orientações sobre a prevenção do HIV e outras infecções para essa população.

BackgroundInfection with the human immunodeficiency virus (HIV) compromises the immune system of infected people. Homeless people are more vulnerable to HIV infection due to behavioral and sexual factors. The main objective of this study was to estimate the prevalence of infection by the Human Immunodeficiency Virus (HIV) in homeless people in a capital of Northeastern Brazil. MethodsCross-sectional study carried out at the Reference Center for the homeless population (Centro Pop), in a capital of Northeastern Brazil, from September/2017 to September/2018. Data collected through a semi-structured form including socio-demographic data, risk and sexual behaviors and anti-HIV serology. Data were analyzed using Person's Chi-square test. The study was approved by the Research Ethics Committee (CEP) of the Federal University of Piauí. ResultsA prevalence of 3.9% was detected among the 204 homeless people investigated,, that is, 8-204 of anti-HIV reagent, with statistical significance in relation to sexual practice with people of the same sex p ≤ 0.012 and previous sexually transmitted infection (STI) p ≤ 0.002. There was a predominance of males 87.3%, 66.0% were over thirty years of age, 58.3% had less than 12 years of schooling, 84.8% declared they were non-white, 57.3% had no fixed income, 67.0% professed religion, 89.7% declared to be heterosexual, 71.5% did not use a condom during the first sexual intercourse, 28.4% had had sexual intercourse with people of the same sex, and 41.0% had a history of STI. ConclusionsHIV prevalence was higher than in people in the general population. Results show an association between history of any STI and more time on the streets. And also risk behaviors such as high consumption of alcohol and other drugs, low frequency of condom use, increased number of sexual partners.

IntroductionSyphilis is a matter of concern for the reason of transmissibility and high magnitude. In the world there is an estimate that there are 357 million new Sexually Transmitted Infections each year, with a high incidence of syphilis with 5.6 million cases. The infection can affect all age groups and both sexes, presenting higher prevalence in populations of greater vulnerability as female sex workers. Therefore, the main goal was to estimate the prevalence of syphilis and associated factors in female sex workers.MethodsAnalytical cross-sectional study, part of a macroproject entitled ”Outpatient follow-up of HIV and Syphilis in female sex workers”, conducted in Teresina, Piauí, Brazil, with 358 female sex workers, developed since August/2016, in follow-up. Approved by a Research Ethics Committee. Participants were recruited by the Respondent-Driven Sampling (RDS) method and the data collected by structured form.ResultsOf the total number of participants (n=358), the prevalence of syphilis was 7.5%. Statistical significance was obtained in relation to skin colour (CI 40.84–51.16, p≤0.001). Age ranged from 18 to 59 years old, and the prevalence was higher in women aged 25 to 39 (14/3.9% CI 56.99–67.01), from Teresina (23/With no partner (26/7.2%, CI 92.26–96.94), with less than eight years of education at school (19.5% and 5.4%, CI 73.07–81.73). IC 63.38–73.02), catholic (19/5.3%, IC 75.97–84.23), income less than 1 minimum national wage (14/3.9%, CI 39.85–50, 15) and acting in pubs (14/3.9%, IC 45.63–55.97).ConclusionHigh prevalence of syphilis among the younger sex workers, unmarried, catholic, impoverished, poorly schooled and working indoors. It is necessary to reinforce intervention measures, focusing on health education, in order to reduce the chain of transmission and safer sexual practices.