Associação entre incidência de dengue e variáveis climáticasAssociation between dengue incidence and climatic factors RESUMO OBJETIVO: Descrever a ocorrência de casos de dengue autóctone segundo sexo, faixa etária e local provável de infecção e sua relação com variáveis climatológicas. MÉTODOS: CONCLUSÕES:A associação entre o número de casos de dengue e fatores abióticos identificou o intervalo de tempo em que a chuva e a temperatura contribuíram na geração de novos casos. Tais aspectos, associados à vulnerabilidade turística da região litorânea, propiciaram condições para ocorrência da doença. A urbanização sem a devida estrutura de saneamento possivelmente influenciou na densidade de mosquitos e na incidência de dengue. Esses fatores podem ter contribuído para a dispersão do mosquito e disseminação dos vários sorotipos da doença. CONCLUSIONS:The association between the number of dengue cases and abiotic factors identified the time lag in which rain and temperature favored the occurrence of new cases. These aspects, associated to tourist vulnerability in the coastal area, promoted conditions for dengue occurrence. The urbanization without sanitary infrastructure possibly affected mosquito density and dengue incidence. Such factors may have contributed to mosquito dispersion and dissemination of different dengue serotypes.

BackgroundMeasure the populations of Ae. aegypti and Ae. albopictus adults according to sex and location inside or outside the residence, estimate Ae. aegypti female density per house and per resident, and test the association with abiotic factors.MethodsAdult mosquitoes were collected monthly with a hand net and portable electric catcher in the peridomiciliary and intradomiciliary premises of residences in an urban area with ongoing dengue transmission in the municipality of São Sebastião, Brazil, from February 2011 to February 2012.ResultsOf the 1,320 specimens collected, 1,311 were Ae. aegypti, and nine were Ae. albopictus. A total of 653 male and 658 female of Ae. aegypti were recorded, of which 80% were intradomiciliary. The mean density of Ae. aegypti adult females was 1.60 females/house and 0.42 females/resident. There was an association between the number of females and the number of residents in both intradomiciliary and peridomiciliary premises (r2 = 0.92; p < 0.001 and r2 = 0.68; p < 0.001, respectively). There was an association between the number of females and the mean and total rainfall; the correlation was better in peridomiciliary premises (p = 0.00; r2 = 77%) than intradomiciliary premises in both cases (p = 0.01; r2 = 48%). Minimum temperature was associated in both environments, exhibiting the same coefficient of determination (p = 0.02; r2 = 40%). The low frequency of Ae. albopictus (seven females and two males) did not allow for detailed evaluation.ConclusionsAe. aegypti is well established within the urban area studied, and the frequency of isolation is higher inside the houses. Female density was directly proportional to the number of residents in the houses. Our data show that human population density positively affects the number of Ae. aegypti females within the residence. Meteorological variables also affected mosquito populations. These data indicate a high probability of human-vector contact, increasing the possible transmission and spread of the DEN virus. Entomological indicators of adult females revealed important information complimenting what was obtained with traditional Stegomyia indices. This information should be a part of an interconnected data set for evaluating and controlling the vector.

BackgroundThis study focused on the distribution and abundance of the eggs of Aedes aegypti and Aedes albopictus.MethodsEighty ovitraps were exposed for four days of each month in peri- and intradomiciliary environments of 40 urban residences on 20 street blocks that were drawn monthly in Sebastião, SP, between February 2011 and February 2012. The monthly distribution of positive ovitrap indices (POI) and mean egg counts per trap (MET) of Ae. aegypti and Ae. albopictus were analyzed using the Kruskal-Wallis test, followed by the Dwass-Steel-Critchlow-Fligner (DSCF) test. Spearman's rank correlation coefficient and simple linear regression were used to determine the association between the meteorological variables of temperature and rainfall and the number of ovitraps with eggs and the egg count.ResultsThe POI and MET of Ae. aegypti were higher in peridomiciliary premises. A positive correlation was found between the temperature and the number of ovitraps with eggs and the egg count of this species in domestic environments. There was no difference in the POI and MET of Ae. albopictus between the environments. A positive correlation was found between temperature and positive ovitraps of Ae. albopictus in peridomiciliary premises. The POI and MET of Ae. aegypti were higher than those of Ae. albopictus.ConclusionsPeridomiciliary premises were the preferred environments for oviposition of Ae. aegypti. The use of ovitraps for surveillance and vector control is reiterated.

GOMES, A. de C. et al. Microhabitats de Aedes albopictus (Skuse) na região do Vale do Paraíba Estado de São Paulo, Brasil. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 26: 108-18 , 1992. Objetivou-se determinar o nível de disseminação de Ae. albopictus na região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo, Brasil. Foram realizadas coletas de larvas e pupas em seis locais distintos, segundo transecto com 10 km de extensão. O alvo principal foi oco de árvores, tendo sido também incluídos artefatos antrópicos. As espécies Ae. terrens e Ae. albopictus foram as únicas do gênero Aedes presentes e, algumas vezes, coexistiram no mesmo microhabitat natural. A segregação de sete espécies da comunidade de oco variou de acordo com os macro e microhabitats examinados. Assim, a distribuição de Ae. albopictus envolveu as zonas rural, rural-urbana e urbana, porém a segunda área foi a mais preferida. Como fator favorável à infestação de Ae. albopictus na região, destacou-se a vacância de nichos ecológicos naturais resultante da influência antrópica. As chuvas foram relevantes no "input" de larvas e pupas e os ocos, com volumes superiores a 600 ml, foram os mais produtivos. A abundância desses dois estádios ocorreu nas estações verão-outono, sendo o pico máximo alcançado nos meses de março-abril. Essa sazonalidade foi comum em bambu experimental e recipientes artificiais. Os dados de temperatura média sugeriram a faixa de 23 a 17°C como o período mais favorável ao desenvolvimento larvário. Face a isso, a cepa de Ae. albopictus estudada parece ser oriunda da Ásia tropical e, portanto, se reveste de elevada importância epidemiológica pela possibilidade dessa espécie vir a exercer, além do dengue, papel vetorial para a febre amarela no Brasil. (PAHO 16 ,1987) e seu sucesso no Brasil dependerá de adaptação às condições ecológicas peculiares daqui ou de sua habilidade em competir pelas fontes de alimento e espaço. Neste sentido, apesar da suposta expectativa de sua fixação definitiva em território brasileiro, o prognóstico dos problemas que esta infestação possa trazer continua sendo uma incógnita. DescritoresObservações iniciais levadas a efeito no Estado de São Paulo (Brito e col.

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