Este estudo tem como objetivo descrever os procedimentos de tradução e adaptação transcultural do Questionário de Estilos Parentais na Alimentação (QEPA) para o contexto brasileiro. Para assegurar a qualidade do procedimento, cinco etapas foram realizadas: 1. tradução do instrumento do idioma de origem para o idioma-alvo; 2. síntese das versões traduzidas; 3. avaliação por experts/público-alvo; 4. tradução reversa e 5. estudo piloto. Buscou-se garantir as propriedades da tradução e da adaptação do QEPA tanto na equivalência semântica quanto na idiomática, experiencial e conceitual entre os itens no idioma original e no idioma-alvo. A análise de consistência interna do questionário apontou a precisão do instrumento. Os resultados apontaram evidências iniciais de adequação do instrumento para avaliação dos estilos parentais presentes no momento da alimentação infantil no público-alvo. Palavras-chave: avaliação psicológica, psicometria, estilos parentais, alimentação. ABSTRACT-Transcultural adaptation of the Caregiver's Feeding Styles Questionnaire (CFSQ) This study aims to describe the translation and cross-cultural adaptation procedures of the Caregiver's Feeding Styles Questionnaire (CFSQ) for the Brazilian context. To ensure the procedural quality, five steps were performed: 1. translation of the instrument from the source language to the target language; 2. synthesis of the translated versions; 3. expert/target audience evaluation; 4. reverse translation, and 5. pilot study. We sought to ensure the translation and adaptation properties of the CFSQ semantically and idiomatically, with experiential and conceptual equivalence between the items in the original language and the target language. The internal consistency analysis of the questionnaire indicated instrument accuracy. The results pointed to initial evidence of the instrument's adequacy in evaluating caregiving styles present during infant feeding in the target population.
O transtorno da compulsão alimentar (TCA) é descrito no DSM-V como episódios recorrentes de ingestão de grandes quantidades de alimentos, seguidos por desconforto físico, sofrimento emocional e sensação de perda de controle. Este artigo objetivou identificar as características metodológicas dos estudos, descrever as técnicas de intervenção e os instrumentos de avaliação utilizados no tratamento do TCA. Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura de estudos empíricos nacionais e internacionais, utilizando as bases de dados Lilacs e Scielo, PubMed, PsycInfo e Science Direct para consulta. Foram encontrados 176 artigos, dos quais 33 preencheram os critérios de inclusão. A Terapia Cognitiva Comportamental apareceu com maior frequência. Os principais instrumentos utilizados para avaliação deste quadro foram o Eating Disorder Examination (EDE) e o Escala de Depressão de Beck (BDI). A partir dos resultados, foi possível identificar uma tendência de mudança quanto à abordagem utilizada, concomitante à necessidade de avaliação de comorbidades do quadro.
Resumo A orientação a práticas parentais visa modificar o contexto no qual as crianças estão inseridas como forma de potencializar mudanças em seu comportamento. Esse artigo descreve uma intervenção breve de sete encontros em modalidade individual. O programa teve como finalidades principais auxiliar os cuidadores a identificar e estimular comportamentos adequados em seus filhos; ensinar novos comportamentos; incentivar a autonomia das crianças; encontrar abordagens não-agressivas para lidar com maus comportamentos; e auxiliar na organização da rotina. Como metodologia, realizou-se a descrição de três casos, exemplificando as estratégias adotadas em cada um. A análise dos casos permitiu o delineamento de características comuns entre as práticas parentais dos pais ou cuidadores. Os casos relatados neste estudo evidenciam que as famílias utilizam punição corporal, apresentam dificuldade de empatizar com a criança, possuem um estilo parental autoritário e expectativas incompatíveis com a idade das crianças. Além disso, a infância dos pais ou cuidadores apresentou forte influência no desenvolvimento de suas práticas parentais. A sobrecarga na figura materna também ficou evidente nos casos de famílias intactas. Por fim, a intervenção pode estabelecer um contato inicial da família com um serviço de psicologia, incentivando contato posterior com serviços que possam atender às demais dificuldades. A partir dos resultados examinados, conclui-se que a intervenção breve apresentou resultados positivos na mudança das relações familiares. Porém, o estudo precisa estabelecer uma medição quantitativa antes e depois da intervenção, além de uma sessão de seguimento para verificar se as mudanças são de longo prazo.
Resumo A Teoria da Sensibilidade ao Reforçamento (RST) é um modelo psicobiológico de personalidade derivado de estudos experimentais com humanos e não humanos. Na RST, duas dimensões de personalidade influenciam a reatividade ao ambiente: sensibilidade à recompensa (SR) e sensibilidade à punição (SP). O pressuposto central da teoria é de que há uma relação entre personalidade (SR e SP) e aprendizagem por condicionamento. O objetivo deste artigo é apresentar aos pesquisadores brasileiros a história, as hipóteses centrais e os procedimentos experimentais da RST e discutir as medidas utilizadas para testar os pressupostos da teoria. A RST é um modelo promissor para o estudo da personalidade dentro da psicologia experimental, psiquiatria e neurociências.
The COVID-19 pandemic brought a series of restructurings necessary for research in Developmental Psychology. The aim of the manuscript is to discuss adaptations we made in our research in this context during the COVID-19 pandemic and to present strategies to adequate research protocols originally designed to occur in person. Although some contexts do not allow the continuity of studies, research at this time can bring essential contributions in this extreme period. This article explores the strategies for adapting recruitment procedures, suggesting dissemination platforms, and using social networks for this purpose. Guidelines are suggested for conducting non-face-to-face interviews with caregivers, ways of assessing the interaction of the mother-child pairs, and problematizing ethical issues. The procedures for returning the results, an ethical researcher commitment, may be improved by resources such as automatic reports. Besides, strategies for better dissemination of the results for the participants are suggested.
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