Resumo Este texto apresenta resultados de uma pesquisa com estudantes membros de um grêmio estudantil de uma escola pública de Santa Catarina, buscando responder à questão: que sujeito a escola tem produzido na contemporaneidade democrática? Ancorados em base epistemológica pós-estruturalista, objetiva-se problematizar práticas democráticas de um grêmio estudantil. Os principais teóricos utilizados foram Deleuze, Guattari e Foucault. A ferramenta de produção dos dados foi o diário de campo, composto por áudios registrados em reuniões do grêmio. Apesar de o grêmio refletir a gestão democrática e se constituir em um espaço de múltiplas possibilidades, infere-se que ele opera, simultaneamente, como extensão do currículo, ao produzir os sujeitos demandados neste tempo. Sujeitos dóceis, úteis e participativos.
A formação de professores para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental tinha como lócus para acontecer no nível médio. Em 1996, com a promulgação da LDB n. 9.394, essa modalidade de formação docente foi imersa em um ambíguo contexto. Ao mesmo tempo que a legislação prevê a formação docente em nível superior, o curso de Magistério permanece em funcionamento, e, assim, professores que se formam neste continuam sendo contratados. Este artigo foi elaborado a partir de uma pesquisa documental, a qual teve por objetivo analisar a política de formação dos professores. Os objetivos específicos foram contextualizar a formação de professores em nível médio no Brasil, além disso, discutir a política de formação de professores a partir da metodologia de análise Abordagem do Ciclo de Políticas proposta por Ball e seus colaboradores. A discussão está ancorada principalmente em Ball, Foucault, Mainardes, Tanuri, Villela e Schaffrath. Apesar de haver leis que apontam o nível superior como lócus privilegiado para a formação do professor, elas não significaram o fim da formação em nível médio. O mesmo sistema educacional que coloca em xeque a formação de professores em nível médio oferece essa formação e contrata os docentes formados por ela. A formação em nível médio e em nível superior coabitam no contexto da prática.
O objeto de estudo é a escola. O artigo problematiza como a escola contemporânea e nela o dispositivo disciplinar da vigilância produzem efeitos sobre os corpos. Trata-se de uma pesquisa pós-crítica. Os instrumentos de produção de dados foram: fotografias e o diário de campo. Infere-se que a escola é uma maquinaria, que através do dispositivo disciplinar da vigilância produz, na instituição pesquisada, corpos que se movimentam, mas que silenciam, são obedientes, consumistas, participativos, polícia de si e dos outros, corpos que se encontram, que resistem e constroem linhas de fuga.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é uma política pública de educação que afeta a formação de professores e as práticas curriculares de escolas e universidades parceiras. Questionamos assim: como as práticas do PIBID interferem no cotidiano escolar?, e objetivamos problematizar as interferências do PIBID no currículo cotidiano das escolas, a partir de práticas discursivas dos supervisores sobre o PIBID levantadas por meio de uma pesquisa documental em teses e dissertações. Como objetivos específicos: (i) contextualizar os principais conceitos norteadores da pesquisa, dentre eles: escola, políticas de currículo, PIBID; (ii) mapear as práticas discursivas dos supervisores sobre o PIBID a partir de teses e dissertações do Banco de Teses e Dissertações (BDTD); (iii) discutir as interferências do PIBID no cotidiano escolar a partir dos dados analisados. A pesquisa é pós-crítica, de caráter documental e chama-se à composição teórica do estudo autores como: Foucault, Varela e Alvarez-Uria, Sibília, Dussel, entre outros. Conforme aspectos analisados: articulação entre teoria-prática, processos de avaliação do ensino-aprendizagem e interdisciplinaridade, infere-se que o PIBID, ainda que no enfrentamento de desafios, possibilita um espaço de trocas, mostrando-se ativo e assertivo em práticas inovadoras, na constituição de outras subjetividades escolares salvo àquela da lógica neoliberal.
Mapas de um espaço-tempo: uma cartografia do território escolar na sociedade de controle
O presente trabalho tem como objetivo problematizar como, na escola contemporânea, o instrumento da norma produz efeitos sobre os corpos. Os principais aportes teóricos são Foucault (2006; 2014), Deleuze (1992), Dussel e Caruso (2003), Cervi (2010), Passetti (2003) e Veiga-Neto (2014). Utilizou-se, como estratégia teórico-metodológica, a perspectiva pós-crítica. Realizou-se a pesquisa de campo em uma escola municipal de educação básica no estado de Santa Catarina no ano de 2015. Os instrumentos de produção de dados foram: fotografias, diário de campo e o Projeto Político-Pedagógico da instituição. Infere-se, a partir dos dados produzidos, que o instrumento da norma compara, diferencia, hierarquiza, homogeneíza, avalia, exclui, define, marca os desvios, os limites, o anormal e corrige o corpo. Ainda que o dispositivo siga disciplinando, controlando, esta escola conseguiu e consegue ser outra escola no interior dela mesma, inventiva, resistente, em que amizade e o cuidar com o outro se estabelecem em pequenos momentos do cotidiano.
We present the results of a survey conducted with students who are members of a student council at a public school in Santa Catarina. We seek to answer the question: what subject is the school producing in contemporary democracy? Based on post-structuralism, we aim to problematize the democratic practices of a student council. We used Deleuze, Guattari, and Foucault as our main theoretical framework. For data collection, we used a field diary composed of audios recorded at council meetings and transcriptions. Although the student council reflects on democratic management and establishes a space of multiple possibilities, it operates simultaneously as an extension of the curriculum by producing the docile, useful, and participative subject demanded by our time.
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