Refletir sobre a cultura escolar e a cultura da infância, a partir das narrativas do que dizem as crianças sobre a escola é o desafio que trazemos neste texto. Para tanto, dialogamos com Bruner (1997;, Passeggi (2011), Pino (2005, Ricoeur (1997), Vigotski (1998) THE CHILDREN AT SCHOOL, THEIR PLOTS AND NARRATIVESTo reflect on school culture and the culture of childhood from the narratives that children tell about the school is the challenge that we bring in this text. In order to do this, we have dialogues with Brun-
Este trabalho propõe questões que articulam os campos das artes e da formação docente, quanto à produção e construção de conhecimentos, foco de nossa pesquisa nesta área com propósito de pensar contribuições para a reflexão sobre uma política de formação docente na visão democrática frente ao acesso aos bens de produção social e cultural, usando as bases do pensamento de Morin, Nóvoa e Maturana, entre outros autores. A presente comunicação se volta para o processo de construção de oficinas de imagens desenvolvidas em uma escola pública de um município do Estado do Rio de Janeiro, com o envolvimento de professores e licenciandos, onde buscamos cartografar o processo de apropriação e as falas do grupo quando provocados a expressar impressões e percepções de seus saberes e fazeres frente ao percurso de sua formação. Acreditamos contribuir para as reflexões sobre formação de professores na parceria universidade-escola, instituições produtoras de saber e arte no sentido da socialização de conhecimento e de cultura.
Resumo: Este trabalho propõe questionar o campo da formação de professores com o objetivo de investigar a apropriação das práticas docentes pelos alunos do curso de Pedagogia, verificando, através da produção de histórias baseadas no gênero da ficção científica, a relevância dos campos da ciência e da arte na formação de professores. Nas bases da pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, o artigo está inscrito no trabalho de campo da pesquisa "Arquitetura docente no curso de Pedagogia: dialogando em ciência e arte nas práticas de formação em estágio supervisionado e museus", desenvolvida no programa de Pós-graduação em Ensino de Biociência e Saúde (EBS) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), tendo como trabalho de campo propostas e práticas em Estágio Supervisionado com alunos dos últimos períodos do curso de Pedagogia da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Na análise deste material, trabalhamos com o paradigma da complexidade, de Edgar Morin (2001), e estabelecemos interlocução com autores que, voltados para a pesquisa no campo dos saberes docentes, investigam o sujeito em formação e a (trans) formação das práticas sociais e interculturais articuladas aos saberes da ciência e da arte. Como resultados, destacamos a ressignificação no processo de apropriação dos professores em formação, o que contribui para uma formação que compreenda a singularidade do processo de construção da identidade docente e estreite as relações da universidade com as instituições produtoras de ciência e arte no sentido da socialização dos saberes e da cultura.Palavras-chave: Formação docente. Ficção científica. Estágio Supervisionado. Ciência e arte. IntroduçãoNotícias circulavam pela sala de aula intrigando os alunos: como seria possível a "cura da catachumba"? O que estaria vivendo aquele jovem cientista que a escola esqueceu? Qual a possibilidade de uma pesquisadora da área alimentar receber o Prêmio Nobel?A rotina da escola pode ser movimentada por temas científicos instigando professores em formação a criar cenários, situações e personagens diante de questões que falam dos conhecimentos e das experiências de ciências e arte. Propostas que balizam e estimulam o exercício da aprendizagem, além de expressar possibilidades metodológicas, podem ainda 1 Professora Adjunta da Faculdade de Professores da UERJ. Desenvolve pesquisa qualitativa no campo da formação de professores, promovendo discussão/reflexão sobre educação formal e educação não-formal como práticas do sistema educativo comprometidas com a complexidade de saberes. Integra o grupo de pesquisa "Formação de Professores, Processos e Práticas Pedagógicas". Coordena o Projeto "A universidade em ação contribuindo para a qualidade da escola básica em São Gonçalo", financiado pela Faperj.
Refletir sobre a cultura escolar e a cultura da infância, a partir das narrativas do que dizem as crianças sobre a escola é o desafio que trazemos neste texto. Para tanto, dialogamos com Bruner (1997; 2001), Passeggi (2011), Pino (2005), Ricoeur (1997), Vigotski (1998) e Wulf (2016), e como metodologia desenvolvemos rodas de conversas (PASSEGGI, 2011), realizadas em uma escola pública na cidade de Niterói, com alunos de Ensino Fundamental com idade entre 6 e 8 anos, tendo, como parceiros, personagens e autores dos livros de histórias. Esta pesquisa, ancorada nos princípios e métodos da pesquisa (auto)biográfica em Educação, apresenta como objetivo dar visibilidade à voz da criança, destacando o seu modo de refletir, para melhor pensar o papel da escola no acolhimento institucional da infância. Como resultado possibilitou: (a)olhar a criança pelo que é, o que pensa e diz e não pelo que poderá ser; (b) reafirmar a pertinência da abordagem em rodas de conversa, contribuindo e ampliando o repertório de práticas de investigação e análise da voz da criança, e (c) desvelar a possibilidade da criança alternar entre o lugar de espectadora e personagem dos fatos e situações narrados, a partir da experiência de ser criança em diferentes tempos e espaços.
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