O ano de 2022 é marcado por duas comemorações emblemáticas no Brasil: os 200 anos de sua Independência (07 de setembro) e os 100 anos da Semana de Arte Moderna (13-17 de fevereiro). Embora muito distintas, pois a primeira remete ao "evento fundador" da autonomia política do país e a segunda a uma manifestação artístico-cultural propondo uma nova visão estética, inspirada nas vanguardas europeias, essas comemorações são um convite para pensar o Brasil, seja do ponto de vista histórico, seja do ponto de vista social, econômico, político, cultural, filosófico e, certamente, teológico.
2022 é marcado por duas comemorações importantes no Brasil: os 200 anos de sua independência (dia 7 de setembro) e os 100 anos da Semana de Arte Moderna (13-17 de fevereiro). Embora remetam a eventos distintos, essas comemorações são uma ocasião favorável para de novo perguntar-se sobre o Brasil e os brasileiros, sua história, identidade, destino. Dentre os protagonistas da Semana, Oswald de Andrade foi, sem dúvida, um dos mais provocativos, tendo elaborado, nos anos que se seguiram, uma teoria sobre o Brasil e os brasileiros a partir da metáfora da antropofagia. Após alguns esclarecimentos metodológicos, o presente estudo apresenta o pensamento antropofágico oswaldiano, identificando em sua busca do "humanum" alguns elementos de uma possível "correlação mutuamente crítica" entre esse "clássico" do pensamento brasileiro e a teologia cristã.
Enquanto ciência, a hermenêutica surgiu no século XIX, determinando desde então osprocedimentos da maioria das então chamadas “ciências do espírito” (ciências humanas). Nocampo da exegese e da teologia cristãs, as contribuições de Schleiermacher, Dilthey, Heidegger,Gadamer e Ricoeur são fundamentais para captar e compreender os processos vividos pelarelação entre teologia e hermenêutica nos dois últimos séculos. Este estudo propõe, numprimeiro momento, um breve sobrevoo sobre a história da hermenêutica filosófica,apresentando, em seguida, seus impactos na exegese e na teologia dos últimos dois séculos,para, num último momento, interrogar-se sobre o conflito que opõe hoje essas hermenêuticasàs fundamentalistas.
São muitas as abordagens do fenômeno religioso surgidas nos últimos dois séculos. Algumas recorrem aos métodos elaborados pelas ciências humanas, sobretudo a historiografia, a sociologia, a etnologia/antropologia, a psicologia e a fenomenologia. Outras tratam a religião numa perspectiva filosófica, como se pode ver nos grandes autores que, sobretudo a partir do século XIX, se consagraram à elaboração de uma filosofia da religião. Nas últimas décadas, com a renovação da filosofia hermenêutica, novas leituras da religião têm surgido, renovando profundamente esse campo do saber. O texto aqui proposto apresenta alguns elementos da grande síntese do filósofo luxemburguês Jean Greisch, pouco conhecido no Brasil, mas cuja contribuição ao estudo da religião é original, privilegiando uma hermenêutica da passagem. Após uma breve apresentação de sua obra consagrada à filosofia da religião, serão apresentados os cinco “paradigmas” dos estudos da religião segundo ele: o especulativo, o crítico, o fenomenológico, o analítico e o hermenêutico, o último seguido pelo próprio autor.
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