This essay aims at investigating the significance of Jane Austen in JohnFowles’s The French Lieutenant’s Woman. References to Austen’s Persuasionappear three times in Fowles’s novel, and the resonances of this intertextualdialogue substantially affect the politics of characterization and space(mainly the Cobb) in The French Lieutenant’s Woman. This discussionis theoretically based on the relationship between intertextuality,intermediality and parody, so as to consider the relevance of Persuasion(a pre-Victorian novel) in a work which has been generally considered bycritics as a parody of values and tenets of Victorian society and literature.What relationships are produced, in terms of both poetics and politics,when we think about the Austen-Fowles association?
Abstract AbstractThis essay discusses the constructions and functions of irony in Amy Hecherling's Clueless (1995), a contemporary and loose filmic adaptation of Jane Austen's Emma (1816). The analysis reveals that Heckerling plays with the intersection of past and present and parodies, through an explicit ironical look, both Austen's and our contemporary world.
A questão espacial é uma preocupação nos filmes do diretor Kleber Mendonça Filho, sendo uma problemática significativa em Recife frio, O som ao redor e Aquarius, algo indiciado nos próprios títulos. Partimos da premissa de que os conflitos vivenciados pelos personagens são indissociáveis dos espaços que habitam e por onde (não) circulam. Nesses filmes, as configurações espaciais refletem relações de força e hierarquias de classe que, por sua vez, denotam resistência e violência. Dada a multiplicidade de sentidos que os diferentes espaços produzem, a discussão é embasada em Bachelard, Foucault, Soja e Ryan, Foote e Azaryahu, teóricos que investigam, respectivamente, a relação entre sensorialidade e espaço; espaço e relações de poder; narrativa; e geografia. A análise demonstra a relevância de Recife frio para uma compreensão dos outros filmes, como se constituíssem, no que diz respeito ao espaço, prismas de um mesmo objeto.
Resumoo objetivo deste trabalho é discutir as construções e efeitos do diálogo paródico que o romance northanger abbey (1818), de Jane austen, estabelece com a tradição de literatura Gótica no contexto inglês do século Xviii. Por ser considerada uma forma expressiva de intertextualidade, a paródia (tanto no sentido de canto paralelo como de contracanto) aciona ativamente e criativamente a tradição que parodia. Consequentemente, estudar tal articulação significa estar atenta ao movimento comparativo entre códigos, textualidades, leituras e tradições literárias, de modo a reconhecer os efeitos da paródia também imbricados em um contexto mais amplo de metaficção.Palavras chave: Jane austen, Gótico, paródia, metaficção.
JanE aUStEn'S ParodiC rECodiFiCation oF thE GothiC in norThanGer aBBeYhttp://dx
O objetivo deste texto é discutir o filme O banheiro do Papa considerando as diversas linguagens narrativas que o compõem: o discurso histórico, referente à visita de João Paulo II a Melo, cidade uruguaia; o discurso jornalístico, resultante da cobertura da visita do Papa; o diálogo intertextual com o livro de contos de Aldyr Garcia Schlee, O dia em que o Papa foi a Melo, e com o filme de Vittorio De Sica, Ladrões de bicicleta. Embora separados no tempo, na história e na geografia, propomos a discussão do filme latino-americano de modo a ressaltar o diálogo intertextual com Ladrões de bicicleta, chamando a atenção para as ressonâncias de elementos narrativos (personagens, temáticas, conflitos) e questões sociais e éticas entre os dois filmes.
A expressão “territórios afetivos” nos serve de mote para a discussão do filme Cinema aspirinas e urubus naquilo que ele representa em termos de espaço tangível e introspectivo. Para tanto, propomos investigar sua construção a partir da observação de movimentos que articulam o afetivo (a amizade) e o público (a guerra, a pobreza do sertão); o épico (o movimento da viagem) e o poético (olhares para dentro de si; a introspecção); o conhecido e os vislumbres de novidade e descoberta advindos do diálogo e do embate com o outro (a alteridade). Tudo isso mediado pela utilização de códigos que ressaltam a própria materialidade do cinema.
Neste artigo, objetivamos analisar o romance Sonho de uma noite de verão (2007), escrito por Adriana Falcão e publicado como parte da Coleção Devorando Shakespeare. Mais especificamente, pretendemos examinar como o próprio Shakespeare, através de um processo de releitura antropofágico e paródico, foi recriado como personagem dessa narrativa. Apesar de ser por vezes apontado como símbolo dos valores e ideologias ocidentais/modernos/colonialistas, Shakespeare pode também ser percebido e utilizado como um potente remédio ou antídoto criado no/pelo Sul. Através de uma desobediência epistêmica e da recuperação intercultural e ambivalente da figura de Shakespeare em meio às práticas e costumes do Carnaval de Salvador, defendemos que Falcão cria uma narrativa brasileira descolonial, capaz de antropofágica e parodicamente subverter discursos hegemônicos do Norte.
O propósito deste ensaio é discutir o conto de James Joyce “A painful case” (“Um caso doloroso”) tomando como foco a articulação entre duas textualidades – a literária (o conto como um todo) e a não-literária (reportagem jornalística inserida dentro do conto) – tanto no nível diegético quanto no nível da própria enunciação narrativa. A reportagem de jornal constitui uma textualidade encaixada, recurso que explicitamente cria um sentido de desdobramento narrativo, acionando recursos metaficcionais relevantes para os significados do conto.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.