The impact of the so-called "food-feed-fuel competition" on hunger has been a major concern worldwide. In addition, the environmental impacts caused by increases in the production of meat made supplying food even more challenging. As few studies have dealt with this issue in Brazil, this paper aims to evaluate the country's nutritional situation since 1995, focusing on the effects of producing animal feed and biofuels on both the domestic availability of food and the role of Brazil as a food supplier to foreign countries. We estimate the quantity of nutrients produced in the country, compare them with the necessities of Brazilians and estimate the population that could be fed by means of Brazilian exports. The results indicate that despite the food-feed-fuel competition, the supply of food has increased and has been sufficient to nourish all Brazilians plus an even larger number of foreigners. As food availability is adequate, the large number of Brazilians still exposed to undernourishment reflects the limited access to food by low-income consumers. We also conclude that Brazil could contribute even more to feed foreigners if policies were implemented aiming to induce farmers to produce a different sort of products.
O Sistema alimentar é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Como estas emissões variam de produto a produto, alguns autores afirmam que as dietas alimentares precisam mudar para que a produção de alimentos possa crescer com mínimo impacto ambiental. Suprindo a carência de estudos sobre as emissões de GEE associadas às dietas no Brasil, este trabalho visa examinar o impacto das dietas alimentares consumidas nas 26 capitais estaduais do país e no Distrito Federal nas emissões de GEE por parte de indivíduos de diferentes estratos de renda. Os resultados mostram que carne bovina e produtos lácteos são as principais fontes de emissões de GEE no Brasil e que as dietas dos nortistas e dos indivíduos de maior renda emitem muito mais. Como as dietas alimentares consumidas no país variam muito em termos de emissão de GEE e de valor nutricional, há viabilidade de se adotarem a dietas que tanto atendam às necessidades nutricionais dos indivíduos quanto reduzam as emissões de GEE.
Este artigo examina o acesso alimentar em cada uma das 26 capitais estduais do Brasil e no Distrito Federal por meio de dados de pesquisa de orçamentos familiares. Os resultados mostram que as dietas são bastante diferentes de acordo com a região e a renda e que a deficiência de calorias é muito mais comum do que a deficiência de proteína. A quantidade média de proteína disponível por pessoa está acima dos requerimentos em quase todas as cidades e para indivíduos de todos os estratos de renda, enquanto que para calorias os requerimentos só são cumpridos para os indivíduos que recebem renda per capita acima de três salários-mínimos mensais. A desnutrição se torna mais evidente quando se examina a proporção de famílias sem acesso adequado a proteína e (acima de tudo) calorias. Como as diferenças no acesso alimentar são principalmente, embora não exclusivamente, devido à distribuição de renda, políticas que visem transferir renda ou reduzir o preço dos alimentos aos pobres ajudariam a combater a desnutrição no país.
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