Primeiramente, agradeço a Deus, Olorum, que criou a tudo e todos. Agradeço a Oxóssi e Obá, que me irradiaram o conhecimento necessário para o desenvolvimento dessa dissertação. Também agradeço a Nanã, Oxum e Iemanja, Orixás das águas, que me permitiram conhecer mais sobre o elemento de seus domínios.Agradeço de coração a minha querida família pelo apoio incondicional que me deram, especialmente aos meus pais, João e Marcia Faustino. Agradeço a minha irmã Mainara Faustino, e Alexandre Carunchio pelas revisões incansáveis ao longo da elaboração deste trabalho.Não posso deixar de agradecer minha orientadora, Professora Rosangela Ballini, por toda a paciência, empenho e sentido prático com que sempre me orientou neste trabalho e em todos aqueles que realizei durante os seminários do mestrado.A presente dissertação de mestrado também não poderia ser concluída sem o precioso apoio de diversas outras pessoas. Desejo igualmente agradecer a todos os meus colegas, professores e outros funcionários do Instituto de Economia, cujo apoio e amizade estiveram presentes em todos os momentos.vi ŞErradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionaisŤ (conf. art. 3 o da Constituição Federativa do Brasil) vii
ResumoVulnerabilidade é o grau em que um determinado sistema, ou parte dele, pode reagir negativamente durante a ocorrência de um evento perigoso. Dentre os eventos perigosos, pode-se citar a falta de água, que enquadra-se como vulnerabilidade hídrica, também conhecida como pobreza de água. A pobreza de água é um processo socialmente construído e reproduzido por meio de múltiplos processos sócio-políticos de exclusão e discriminação, abrangendo desde o nível macro até o microcosmos dos domicílios. Na literatura, vulnerabilidade é mensurada como um indicador de risco. No caso da vulnerabilidade hídrica, essa mensuração é feita por índice de pobreza de água (IPA). O IPA tradicional utiliza informações como quantidade de água ofertada, acesso ao saneamento básico e tempo dispendido para obtenção de fonte hídrica. Dada a natureza dessas variáveis para aferir a vulnerabilidade hídrica de uma determinada região, incertezas e imprecisão estão presentes. Neste contexto, o presente trabalho objetivou propor um índice de pobreza de água a partir da lógica fuzzy, abordagem apropriada para modelar incertezas e imprecisões. O índice fuzzy de pobreza de água (IFPA) proposto é contruído a partir de um sistema de inferência fuzzy. Essa abordagem foi aplicada nos 5.565 municípios brasileiros. Analisou-se o acesso a fontes hídricas e o atendimento de saneamento básico (água e esgotamento sanitário), tendo como fonte de dados o Censo 2010 e o Sistema Nacional de Informações de Saneamento. Resultados apontam que os municípios brasileiros conseguiram democratizar o acesso à água. Em contra partida, o esgotamento sanitário não acompanhou esse processo. Essa combinação distinta leva à ideia de que o Brasil não apresenta um quadro de vulnerabilidade hídrica; contudo, a falta de esgotamento sanitário escancara a vulnerabi...