Esta resenha tem como objetivo analisar Pele negra, máscaras brancas, livro de estreia de Frantz Fanon no campo das letras, abordando as análises do autor martinicano sobre desdobramentos do racismo e do colonialismo como formas de dominação entre os seres humanos no mundo moderno, e sobre parte dos debates teóricos e literários que impulsionaram a luta antirracista e anticolonial no contexto pós-segunda Guerra Mundial.
Este artigo abordará a presença do negro nas artes cênicas brasileiras do Segundo Império (1840-1889) – quando o teatro se tornava um ambiente restrito às classes dominantes, os negros eram representados em imagens fortemente ligadas a escravidão e as peças eram carregadas de conteúdo racista – ao Pós-Estado Novo, quando Abdias Nascimento fundou o Teatro Experimental do Negro (1944-1968), visando reverter tal quadro. Analisaremos o processo histórico de mudanças nas representações dos afro-brasileiros nas artes cênicas, enfatizando os esforços empreendidos pelos próprios negros no combate aos estereótipos e imagens pejorativas recorrentes nas produções dramatúrgicas. Podemos caracterizar tais esforços como parte de uma estratégia de luta do antirracismo pela via cultural, na qual o Teatro Experimental do Negro foi um importante expoente.
Agradeço a todos que de alguma forma, em algum momento, marcaram presença na trajetória deste trabalho. À minha orientadora, professora Dra. Marina de Mello e Souza por sua atenção, dedicação e por tudo que aprendi ao longo desta pesquisa. À banca examinadora da qualificação: professora Dra. Leila Leite Hernandez (USP) e professor Dr. Dario Horácio Gutiérrez (USP) pelas sugestões e críticas que me ajudaram a prosseguir. Aos professores Dr. Kabengele Munanga (USP), Dr. Wilson do Nascimento Barbosa (USP), Dr. Salomão Jovino da Silva (FSA). Aos funcionários do Departamento
Neste artigo analisaremos o percurso de Clóvis Moura (1925-2003) em seus anos de formação intelectual e política, a saber: a juventude em Salvador e Juazeiro da Bahia nos anos 1940. Trata-se de uma etapa, da trajetória do autor, que antecede sua consagração como historiador e sociólogo marxista dedicado às insurreições negras no Brasil escravista e à luta antirracismo e anticapitalismo no pós-abolição. Abordaremos um período no qual a literatura e atividades culturais na esfera do então Partido Comunista do Brasil (PCB) são elementos de grande relevância, ou mesmo centrais, na vida social de Moura, embora a História e a Sociologia já apareçam como temas de seu interesse. As referências intelectuais e políticas presentes na correspondência do autor no referido período nos informam sobre suas escolhas, revelam elementos de seu ambiente social, e nos permitem compreender melhor o processo de sua produção nos anos posteriores.
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