Este artigo trata do impacto das Guerras Cisplatinas (1811-1828) nas experiências de escravos e libertos na fronteira do Brasil com a região platina. Analisa sua participação no exército luso-brasileiro e nas tropas comandadas pelo general José Artigas. Sugere que a conjuntura das Guerras Cisplatinas, associada aos movimentos de independência na região do Prata e no Brasil, inaugura um processo de reestruturação da escravidão no Rio Grande do Sul, trazendo consigo implicações complexas para a inserção social de escravos e libertos.
RESUMO Neste artigo, examinarei os decretos emitidos pelos reis espanhóis e autoridades hispano-americanas para libertar escravos fugidos de colônias estrangeiras. O objetivo é interpretar esse conjunto de leis - composto por cédulas, provisões, ordens e instruções registradas desde 1680 até o fim do século XVIII - no campo da política internacional e da rivalidade interimperial. Argumento que, a despeito dos precedentes na tradição normativa castelhana, que remontam à época medieval, esse conjunto de dispositivos legais constituía, antes de tudo, um recurso diplomático empregado pela Coroa espanhola em suas relações com Estados europeus que possuíam impérios escravistas no Atlântico.
El Tratado de San Ildefonso, suscrito por España y Portugal en 1777, establecía la demarcación de límites entre los imperios ibéricos en el Nuevo Mundo. Algunas de sus cláusulas también determinaban la cesión a España de las islas portuguesas de Fernando Poo y Annobón, situadas en el Golfo de Guinea. Carlos III y su secretario de estado, Floridablanca, deseaban obtener un territorio en la costa de África con el fin de nacionalizar la trata de esclavos en el imperio español. Este artículo examina los intereses y las condiciones que suscitaron el acuerdo para traspaso de la soberanía de las islas africanas y analiza las razones que impidieron a España consolidar su participación en el comercio negrero. Se argumenta que para comprender la política española con respecto a la trata de esclavos en las décadas de 1770 y 1780 es necesario examinarla a la luz del proceso de elaboración del «Reglamento de Comercio Libre» y de los conflictos territoriales hispano-portugueses en la América del Sur.
[pt] O Tratado de Santo Ildefonso, firmado entre Espanha e Portugal em 1777, previa a demarcação de limites entre os impérios ibéricos no Novo Mundo. Algumas de suas cláusulas também determinavam que Portugal cedesse à Espanha as ilhas de Fernando Pó e Ano Bom, no Golfo da Guiné. Carlos III e Floridablanca, seu secretário de estado, desejavam obter um território na costa africana para permitir a atuação direta de comerciantes espanhóis no tráfico transatlântico de escravos. Este artigo examina os interesses e as condições que suscitaram o acordo para transferência da soberania das ilhas africanas e analisa os motivos que impediram a Espanha de firmar sua presença no comércio negreiro. Argumenta que para compreender a política espanhola para o tráfico de escravos nas décadas de 1770 e 1780 é preciso examiná-la à luz do processo de elaboração do «Reglamento de Comercio Libre» e dos conflitos territoriais hispano-portugueses na América do Sul.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.