RESUMOA longevidade das flores de corte está associada a fatores fisiológicos inerentes da espécie e a fatores do ambiente, como a temperatura, umidade, ação do etileno e a qualidade da água do vaso. O desequilíbrio entre a absorção de água pela haste e transpiração, causado pela obstrução física dos vasos xilemáticos, reduz a disponibilidade de água, ocorrendo murcha das pétalas e estímulo da produção de etileno. As flores têm diferentes graus de sensibilidade e produção de etileno, flores climatéricas apresentam elevada produção durante a senescência e aumento da sensibilidade ao etileno. Em algumas flores, geralmente aquelas com baixa produção e sensibilidade ao etileno, o fornecimento de carboidratos e a interação com ácido giberélico e citonininas exercem grande controle sobre a longevidade. O tratamento de "pulsing" com sacarose melhora a absorção de água pela haste cortada, estimula a abertura de flores ainda na forma de botão e fornece açúcares para a manutenção da respiração vital das flores. A utilização dos inibidores da ação do etileno 1-MCP e STS tem-se mostrado eficiente em inibir a produção autocatalítica de etileno e prolongar a vida de vaso de flores climatéricas e, em alguns casos, prolonga a longevidade de flores com baixa ou mesmo insensíveis ao etileno. A redução de temperatura prolonga o período de armazenamento e a vida de prateleira, porém em flores de origem tropical e subtropical, que são sensíveis à injúria por frio, manifestam danos em temperaturas de armazenamento inferiores a 10 a 13 o C, dependendo da espécie. Palavras-chave: Relações hídricas, 1-MCP, STS, sacarose. ABSTRACTPostharvest physiology of cut flowers. The longevity of the cut flowers are related to physiological characteristics from the species or to environmental factors, temperature, relative humidity action of ethylene and quality of the water in the vase. The disequilibrium between the water uptake and transpiration caused by xylem obstruction diminishes the availability of water, causing wilting and increasing the ethylene production. The flowers have different degrees of sensitivity to ethylene, in climacteric tropical flowers, a high production of ethylene and increase of sensitivity to ethylene during the senescence. In some flowers, generally with low production and sensitivity to ethylene, the supply of carbohydrates and the interaction with gibberellins and cytokinins have important influence on the longevity. Pulsing treatment with sucrose may improve the longevity of flowers, by favoring the bud opening and improving the vase life due to higher water uptake and by providing carbohydrates for the respiration. In flowers sensitive to ethylene, the deleterious effects of the ethylene can be blocked by the inhibitors 1-MCP or STS, shutdown the autocatalytic ethylene production and extending the vase life, as observed in climacteric flowers, but also may improve the vase life of flowers with low or insensitive to ethylene. The effect of cytokinins and gibberellins may improve the vase life of some flowers, but the...
In order to evaluate the involvement of fructans in drought tolerance
O lírio é muito utilizado como flor de corte, embora apresente longevidade curta, e os pequenos botões não abram se colhidos precocemente. No período pós-colheita o maior problema é a clorose foliar. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma solução de condicionamento, visando homogeneizar a abertura floral, aumentar a longevidade das flores, bem como retardar o amarelecimento das folhas das hastes florais. Após a aracterização física das hastes florais e durante o processo de senescência, conclui-se que os parâmetros indicados para a avaliação da qualidade das flores dessa espéciesão o brilho, a perda da turgescência da flor (observado através de inclinação da haste floral e enrolamento das pétalas) e o amarelecimento da folhagem. Testes com imersão por 24 horas em soluções contendo sacarose (0, 2, 4, 8%) e ácido cítrico (200 mg.L-1) demonstraram que 4% de sacarose e 200 mg.L-1 de ácido cítrico foi o melhor tratamento, embora as folhas ainda apresentassem sinais de amarelecimento. A presença de 4% de sacarose na solução conservante favoreceu a abertura floral homogênea e aumentou o período de durabilidade comercial das flores de lírio. Para prevenir o amarelecimento das folhas, foram testados 20, 50 e 100 mg.L-1 de ácido giberélico (GA3) associado com 4% de sacarose e 200 mg.L-1 de ácido cítrico. Para uma boa manutenção da qualidade pós-colheita de lírio, é necessário imergir a base da haste floral em solução de condicionamento, contendo 4% de sacarose, 200 mg.L-1 de ácido cítrico por 24 horas, e araaumentar a qualidade das folhas podem ser adicionados à solução 50 mg.L-1 de GA3.
(recebido em 07/11/98; aceito em 24/03/99) ABSTRACT -(Fructan variation in the rhizophores of Vernonia herbacea (Vell.) Rusby, as influenced by temperature). The influence of climatic variations on fructan content in tropical regions is not well known. The present study deals with the effects of temperature on fructan contents in rhizophores of plants of Vernonia herbacea, a native species from the Brazilian cerrado vegetation. Intact plants and fragmented rhizophores were subjected to different temperatures under natural and controlled environmental conditions. Rhizophores of plants in pre-dormant stage (aerial parts showing some yellowish leaves) presented higher fructan content at 5 o C than those kept at 25 o C, whereas in dormant plants (aerial parts absent) temperature treatments did not affect fructan contents. Fragmented rhizophores obtained from dormant plants presented higher levels of fructo-polysaccharides at the end of the experiment than at the beginning of the treatment, regardless of the temperature they were stored, whereas fragments obtained from vegetative plants showed a decrease in fructan content under the same treatments. It was concluded that variations observed in fructan contents are related to the phenological state of the plants prior to the treatment rather than to extraneous temperatures they are subjected to during this stage. RESUMO -(Variações nos frutanos de rizóforos deVernonia herbacea (Vell.) Rusby, em função da temperatura). As relações entre variação nos conteúdos de frutanos e a variação nas condições climáticas e edáficas em regiões tropicais são pouco conhecidas. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da temperatura no conteúdo e composição dos frutanos presentes em rizóforos de Vernonia herbacea, uma planta nativa do cerrado brasileiro. Plantas intactas e fragmentos de rizóforos foram submetidos a diferentes temperaturas. Ao final do tratamento de frio (5 o C) plantas intactas em início de dormência (parte aérea presente) apresentaram conteúdo de frutanos maior que o das plantas mantidas a 25 o C. Plantas completamente dormentes (sem a parte aérea) apresentaram poucas diferenças no conteúdo de frutanos quando mantidas a 5 ou 25 o C. Independentemente da temperatura utilizada, fragmentos de rizóforos, isolados de plantas em fase de dormência, apresentaram ao final do experimento um aumento no conteúdo de polifrutanos em relação ao início do tratamento; no entanto, fragmentos isolados de plantas em fase de brotação apresentaram diminuição no conteúdo de polifrutanos. Concluiu-se que as variações observadas estão mais relacionadas com o estádio fenológico da planta do que com o tratamento de temperatura.
O mercado de flores tropicais está em franca expansão. Nele é crescente a comercialização de alpínias como flores de corte. Considerando-se que, no Brasil, os estudos sobre pós-colheita de flores tropicais são escassos, o objetivo deste trabalho foi desenvolver métodos de manuseio e conservação de inflorescências de alpínia (<i>Alpinia purpurata Vieill. Schum</i>.) por longos períodos, uma vez que essa espécie tropical começa a ser introduzidas no mercado sem nenhum conhecimento prévio de pós-colheita. Na caracterização física foram utilizadas cem hastes florais de alpínia e os resultados obtidos foram utilizados na padronização da espécie e avaliação da qualidade da flor .Após a caracterização física, foram feitos testes com soluções conservantes atóxicas contendo sacarose (0,1, 2 e 4 %) e ácido cítrico (200 ppm). Visando-se aumentar a durabilidade comercial desta espécie associaram-se à melhor solução de sacarose dois hormônios vegetais: brassinoesteróide e citocinina. Analisando-se todos os resultados, concluiu-se que a solução conservante mais indicada para alpínia é de 1% de sacarose e 200 ppm de ácido cítrico pelo período de 24 horas, antecedendo-se o trabalho da pulverização com solução aquosa de 200 ppm de 6-benzilaminopurina (6BA). Esta solução, quando comparada com a testemunha, prolongou a durabilidade comercial em 10 dias.
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