que se quer dizer quando se denomina uma criança de autista?1 Esse questionamento nos parece ainda importante hoje, pois -a despeito do lugar social (científico ou não) destacado que o tema do autismo infantil vem ocupando -verificamos tentativas de respostas controversas e divergentes, formando um contexto excessivamente polêmico, semelhante ao que já havíamos assinalado (Rocha, 2003).Apesar de hoje ser considerado por setores científicos como um dos principais transtornos do desenvolvimento infantil, o campo do autismo denota, pelas querelas e posições antinômicas, possuir contornos ainda imprecisos. Além das disputas decorrentes das distintas bases epistemológicas e metodológicas, observamos definições diferentes até entre os de mesmo referencial teórico (Tamanaha, Perissinoto & Chiari, 2008;Rocha, 2003).Diverge-se também quanto às descrições dos ditos autistas, não estando claro se se fala sobre os mesmos sujeitos. Seguindo os manuais das áreas
Abordamos neste trabalho o processo de escolha profissional dos estudantes que ingressam nos cursos técnicos integrados do IF-CE. Isso se configura como um dos novos desafios da atual realidade institucional. O tema proveio da escuta de setores dessa instituição pelo serviço de Psicologia Escolar. No discurso discente, esboçou-se a relação entre as queixas, acompanhadas de sofrimento psíquico, e a necessária escolha profissional no ato de ingresso. Não individualizando as dificuldades decorrentes da escolarização e concebendo a escolha profissional como um processo que se dá nas interações sociais antes, durante e depois da entrada no curso, foi possível demarcar três formas de conceber o IF-CE: como uma escola “preparatória” para o vestibular, como um espaço educacional que traz por “adição” preparo profissional e como um mecanismo de primeira aproximação com uma carreira a ser exercida após a graduação. Verificamos a difusa percepção pelos alunos de que faziam opção por uma carreira e assinalamos a necessidade de oferecer espaços institucionais qualificados para os alunos elaborarem suas opções profissionais.This study evaluates career choice process of IF-CE students enrolled in technical courses. This issue appears as one of the new challenges of current institutional reality and arises from listening to young people and departments of the institution by the Educational Psychology Service. In student discourse, it was outlined the relations between the complaints, which was accompanied by psychological distress, and the necessary occupational choice at time of ingress. Taking the difficulties that results from schooling without individualizing them and conceiving the occupational choice as a process that happens in social interactions before, during and after the ingress to the course was possible to distinguish between three ways of understanding the IF-CE: as a "preparatory" school to the vestibular, as an educational space that brings in "addition" occupational training and as a mechanism to the first approximation with a career to be pursued after graduation. We verified the widespread perception that students were opting for a career and we pointed out the necessity to offer qualified institutional spaces for students to develop their career choices
A presente pesquisa investigou nas produções científicas da área quais fatores são atribuídos ao fracasso/queixa escolar, analisar o fazer do psicólogo e identificar possíveis intervenções alternativas ao modelo tradicional de culpabilização. Trata-se de uma revisão bibliográfica com de descritores “fracasso escolar” e “queixa escolar”, nas plataformas Scielo e Pepsic, publicados na série temporal entre os anos de 2009 a 2018. Encontramos o total de 20 artigos sendo 75% publicados nos últimos cinco anos. Buscaram-se nos artigos quais as concepções de fracasso/queixa escolar que os autores assinalavam, e quais fatores atribuíam a produção da queixa escolar, e o papel do psicólogo perante essa demanda e se descreviam algum tipo de intervenção voltada para a área. Em 70% das pesquisas, os autores entendem o fracasso como um fenômeno multifacetado e que o fracasso escolar em sua maioria é produzido por relações dentro e fora do ambiente escolar. Sobre o fazer da psicologia, em 95% das pesquisas foram assinaladas as necessidades de ressignificação da queixa escolar no ambiente institucional, uma vez que alunos com dificuldade de aprendizagem ou comportamentos que fogem à regra, são tidos com alguma doença biológica, 60% das pesquisas não mostravam efetivamente como intervir no fracasso/queixa escolar e 25% indicaram a necessidade de intervenções alternativas em relação a queixa escolar. Com essa pesquisa, destacamos há produções recentes na área da psicologia escolar/educacional e que isso demonstra necessita de maior aprofundamento e estudos científicos que descrevam e discutam a prática concreta do psicólogo.
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