AGRADECIMENTOSGostaria de agradecer ao professor doutor Augusto Caccia--Bava, meu amigo Augusto, pela confiança, amizade e sobretudo pela acolhida. Ao professor doutor Silas Nogueira, meu amigo Silão, mestre no ofício e na vida. À professora dra. Darlene Aparecida de Oliveira Ferreira pelas grandes contribuições trazidas a esta pesquisa. À Bruna Amália Rodrigues, Bru, pelo amor e paciência a mim dedicados. Ao professor Eduardo Augusto Vessi, meu amigo--irmão Edu, pelos ombros confortáveis que sempre escoraram este corpo e alma, por vezes entregues ao cansaço. À Aline Pedro, Li, minha amiga e colega de mestrado, por todo apoio, amizade e carinho. À Danielle Tega, Danny, amiga e colega de mestrado, pelo afeto, incentivo e torcida. Ao professor doutor Wanderlei Clarindo da Silva, meu amigo-irmão Wandeco, pelo apoio, incentivo desde as terças-feiras na UNESP, em Araraquara (SP). Aos companheiros do MST, da regional de Ribeirão Preto (SP) e do assentamento Mário Lago, jovens e adultos, pelo valioso e nem sempre retribuído apoio, sem o qual nossa pesquisa, sintetizada neste livro, não seria possível. INTRODUÇÃOAqui você está num lugar que você tem reunião, que você tem um regimento para cumprir, que se roubar, ou acontecer alguma coisa que prejudique o movimento a pessoa é expulsa e aí não tem direito de ficar aqui. E também não é só o direito pela terra, mas o direito que o cidadão tem hoje, tipo, direito de ter um país que ajude mais [...] Na cidade a visão é outra. Quando eu morava na cidade eu não tinha essa visão que eu tenho hoje. Na cidade eu queria ser outra pessoa, ter as coisas que, hoje se você for na cidade você tem vontade de ter, porque, hoje, [...] não se vive na cidade sem dinheiro. Tem que ter dinheiro para comprar as coisas que você necessita. Precisa de arroz, precisa disso, tudo que você tem na cidade, você tem que ter dinheiro. Aqui já é diferente. Você quer comer uma fruta, não precisa roubar, é só arrumar uma semente e plantar, vai crescer.As palavras acima são de uma jovem que, aos dezessete anos de idade, passou a integrar, junto com seus pais, a luta pela terra no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -MST. São pessoas que carregam valores, sentimentos, direitos sociais constituí-dos e negados pela metrópole, pela cidade, pelo país em que vivem. Carregam a ruptura, a mudança, a transformação progressivamente sentida em seu cotidiano por meio da luta política, da passagem da candura à rebeldia.
Na última década, a extração de minérios no Brasil aumentou vertiginosamente, impulsionada pelo programa neodesenvolvimentista dos governos do Partido dos Trabalhadores. Para se ter ideia, os investimentos estatais no setor, no período que compreende 2011 a 2016, foram superiores a US$ 66 bilhões. Em 2014, somente o estado de Minas Gerais, que historicamente se constitui como o pólo de produção mineral mais importante do país, produziu uma balança mineral da ordem de US$ 14 bilhões. Este cenário de pujança, no entanto, vem sendo responsável por um conjunto de contradições de larga extensão, como tem demonstrado o caso do município mineiro de Paracatu. Nossa pesquisa buscou identificar os impactos sociais e ambientais que vêm sendo provocados pela indústria extrativa mineral neste município. Metodologicamente, configuramos as condições político-econômicas sob as quais a atividade de mineração ganhou centralidade no Brasil; em seguida, identificamos as contradições da expansão desta atividade econômica no município de Paracatu, manifestadas sob a forma de conflitos socioambientais, bem como a eliminação das condições elementares da reprodução social promovida por esta forma destrutiva de expansão de capital. Como citar este artigo:FIRMIANO, Frederico Daia. Caminhos e Dinâmicas A lógica destrutiva da mineração em Paracatu-MG. Revista NERA, v. 23, n. 53, p. 47-65, mai.-ago., 2020.
Resumo: Pelo menos desde 1970, o mundo do trabalho vem sofrendo transformações de larga monta, sobredeterminadas pela drástica redução da margem de viabilidade produtiva do capital, que implicou em novas formas de expansão/acumulação/valorização e, por decorrência, novas relações laborais no campo e na cidade. Desde então, no seio da mundialização e financeirização do capital, a reestruturação produtiva e as políticas neoliberais passaram a impactar o conjunto da classe trabalhadora brasileira. Neste trabalho temos como objetivo apontar algumas tendências no mundo do trabalho no campo brasileiro. Buscamos configurar, a partir dos dados disponíveis, o quadro geral das ocupações no campo atualmente, tomando como referência para análise o processo de proletarização, compreendido em sentido amplo, como a perda da autonomia das forças do trabalho, encetado ainda durante a ditadura civil-militar e estendido, sob novas bases, aos dias atuais. Com isto, indicamos a generalização da informalidade e da precarização do trabalho no campo, ora confirmada pelas contrarreformas trabalhista e previdenciária, ainda em curso. Palavras chave: mundo do trabalho no campo; organização técnica dos agronegócios; informalidade; precarização; contrarreforma trabalhista e previdenciária.
Este artigo tem por objetivo indicar pistas para a investigação da “realidade existente do golpe” no Brasil e seus vínculos com o esgotamento do período ideologicamente chamado de “neodesenvolvimentismo”, tomando como premissa que o ciclo de ascensão e declínio do padrão de desenvolvimento brasileiro e das políticas assistencialistas do Estado, experimentados em pouco menos de uma década, expressam, pois, os impactos da crise estrutural do capital sobre aformação social nacional. Parte-se da concepção de István Mészáros, segundo a qual a ilegalidade do Estado reside em sua constituição íntima como árbitro soberano sobre a lei, podendo, por isto, subvertê-la, em qualquer tempo, de acordo com as necessidades da ordem sociorreprodutiva do capital. Buscando conjugar a análise da conjuntura político-econômica atual com a análise sócio-histórica do desenvolvimento brasileiro recente, este texto procura, ainda, apontar o acelerado processo de regressão de direitos sociais experimentados neste período.
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