Resumo Este trabalho analisa as estratégias de mobilização e inscrição política na cidade a partir da expansão e consolidação de sua dimensão digital, intensamente estimuladas pelas tecnologias de informação e comunicação contemporâneas, tendo o Grupo Direitos Urbanos como objeto de estudo. Por meio de pesquisa documental no acervo digital do próprio grupo investigado, procuramos observar os limites e as potencialidades dessa dimensão das cidades contemporâneas para refletirmos sobre outras urbanidades possíveis.
O presente artigo tenta compreender de que maneiras, em eventos temporais específicos, familiaridades e estranhamentos constroem formas e agendas políticas de modernização e ruptura, desenvolvimento e reflexão sobre as políticas de cidade e as dinâmicas para projeção da vida urbana. Dessa forma, nosso objetivo foi investigar como uma cultura do passado-presente emerge enquanto linguagem política por meio dos discursos sobre a novidade (modernidade, progresso, desenvolvimento) e identidade (tradição, memória, patrimônio) em um Recife de três tempos, momentos da história recente de Recife, que dizem respeito a importantes programas de intervenção político-urbanístico-patrimonial na cidade. Para isso, realizamos pesquisa bibliográfica e documental a fim de construir os dados que nos levassem à construção analítica de nosso objeto.
Apresentação do dossiê temático "Compondo cidades: engajamentos possíveis entre expressões culturais e mobilizações políticas", organizado pelos(as) pesquisadores(as) Igor Monteiro, Francisco Sá Barreto e Lara Denise Silva.
Eliene Putira Sacuena é doutoranda em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará (PPGA/UFPA), indígena da etnia Baré, da região do Rio Negro no estado do Amazonas. Em seu trabalho de mestrado, defendido no mesmo Programa, Eliene discutiu saúde e entre mulheres indígenas das etnias Xikrin do Cateté e Assurini do Trocará. Elisa Pankararu é mestra em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (PPGA/UFPE), indígena da etnia Pankararu, do sertão pernambucano. Sua dissertação versa sobre as mulheres lideranças indígenas em Pernambuco a partir da perspectiva do feminismo. As pesquisadoras foram entrevistadas pelos professores do PPGA/UFPE, Hugo Menezes Neto, Francisco Sá Barreto e Alex Vailati, em abril de 2020, com o objetivo de pautar o ponto de vista dos povos indígenas diante da pandemia da Covid-19. Foram apresentadas às pesquisadoras duas perguntas de largo alcance dissertativo para que, então, explorassem livremente seus argumentos acerca do contexto de um marco da história da saúde global que afetou profundamente a experiência de seus povos. Suas respostas complexificam as perguntas e expõem, de modo advertido, históricos conflitos de saberes e práticas, além de denunciar o aumento de vários tipos de violência que se manifesta no período de crise.
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