No Brasil, o Estado do Amazonas é um dos mais afetados pela pandemia de COVID-19, doença infecciosa causada pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2). Neste Estado, o primeiro caso de COVID-19 foi notificado no dia 13 de março de 2020, na capital Manaus, importado de país europeu. Desde então, o vírus se propagou rapidamente e em meados de julho todos os 62 municípios amazonenses já haviam confirmado casos da doença. Além das pessoas do grupo de risco, os indígenas são apontados como uma das populações mais vulneráveis a essa doença, tanto por sua vivência de base coletiva quanto pelo déficit na garantia de direitos fundamentais como a saúde e o respeito ao território (STEVANIM, 2020). A desigualdade socioeconômica presente no Estado é apontada como fator determinante na capacidade de prevenção e de acesso a serviços de saúde pela população, refletindo nos elevados índices de casos e óbitos pela COVID-19 no Amazonas.Diante da pandemia, as tecnologias geoespaciais têm se mostrado ferramentas indispensáveis para a visualização dos dados, previsão e construção de cenários e controle do contágio (RODRIGUES, 2020). Cada vez mais são feitos estudos sobre os padrões de distribuição geográfica das doenças e suas relações com indicadores e/ou variáveis ambientais, sociais e econômicas, constituindo-se em um campo de aplicação e desenvolvimento de novos métodos de análise viabilizados pela crescente disponibilidade de técnicas e recursos eletrônicos e pelos Sistemas de Informações Geográficas com base na cartografia digital (BRASIL, 2007).Nesse contexto, o objetivo geral deste estudo é elaborar mapas temáticos sobre a difusão espaço-temporal da COVID-19 e analisar sua correlação com as características demográficas e socioeconômicas do Estado do Amazonas. DESENVOLVIMENTOPara o desenvolvimento do estudo, foi organizado um banco de dados georreferenciados, composto por: base cartográfica com arquivos vetoriais dos limites territoriais estaduais e municipais, hidrovias e rodovias, disponibilizados pelo IBGE -
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