O artigo trata de uma investigação realizada com estudantes do Curso de Licenciatura em Educação Física (EF) do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade do Espírito Santo, Brasil (CEFD/UFES). Analisa-se e se compreende, através do trabalho etnográfico, o imaginário social dos discentes sobre suas experiências nas aulas de EF e os efeitos provocados no processo de formação inicial. Empreendem-se triangulações e se identificam vetores que vão sendo construídos durante o processo. Tais elementos expressam uma rede de sentidos que imprime desafios e indagações para os Cursos de Licenciatura em Educação Física.
De que maneira a escrita de si contribui para a constituição da docência em Educação Física? Como se tem processado a apropriação das memórias das aulas de Educação Física na (re)construção do conhecimento docente a partir da história de vida? O presente estudo tem como objetivo compreender como o/a professor/a de Educação Física em formação, valendo-se das histórias de vida, apropria-se das experiências desenvolvidas nas trajetórias de escolarização e os engendramentos na construção do conhecimento docente. No campo da Educação e da Educação Física, a lógica da formação dos/as adultos/as, está vinculada aos estudos, práticas de formação e investigação centrados na pessoa do/a professor/a, ao levar em consideração os diferentes aspectos da sua história no âmbito pessoal e profissional. A pesquisa pautou-se pelo método autobiográfico ao explorar como material biográfico, o memorial de formação e as narrativas de formação que foram sendo produzidas nos espaços e tempos da formação continuada. A rememoração dos diferentes encontros, consigo e com o outro, no decorrer do processo de formação, por meio da escrita de si se consolidou como dispositivos formativos, à medida que o memorial de formação e as narrativas foram ganhando sentido, diante dos desafios correlacionados ao percurso profissional na universidade.
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