<p>The purpose of this article is the comparative study of monuments in<br />Cobija (Bolivia) and Rio Branco (Brazil), unearthing the contentious national narratives that each of these two Amazonian border cities sustains as a result of the historical dispute over control of the region that today composes the southern part of the Brazilian state of Acre. We explore the different ways in which monuments on both sides of the border draw on narratives of national pride that allude to this conflict.</p>
ResumoNeste artigo procuraremos trazer à tona alguns aspectos obscuros de dois acontecimentos que marcaram a nascente República brasileira no alvorecer do século XX: a Revolta da Vacina (1904) e a Revolta dos Marinheiros (1910). Alguns destes aspectos estão relacionados com as os desterros, que foram adotados como punição pelo Estado brasileiro após o fim destes eventos que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro. O que permanece obscuro é o porquê daqueles homens e mulheres serem condenados ao desterro e o que levou o Estado brasileiro a enviá-los para o Território do Acre, na Amazônia. Objetivamos neste breve texto situar dentro das normas e enquadramentos jurídicos adotados na época, os intentos e sentidos de tais medidas. Discutindo também os significados das percepções das punições impostas aos desterrados na perspectiva da ordem republicana, bem como os propósitos -simbólicos e práticos -de serem enviados para os "confins" da Amazônia, no Acre. Palavras
RESUMO O artigo discute o modo como o viajante francês Paul Walle narra a Amazônia brasileira, seus habitantes e suas culturas. Interessa destacar que, em narrativas publicadas no início do século XX, Walle adota posturas baseadas em valores eurocêntricos ancorados em pressupostos de superioridade racial, moral, cultural e econômica em voga no contexto temporal de seus escritos. No que tange à dimensão analítica, o foco do artigo está voltado para problematizar o olhar e colocar em evidência as representações, modos de sentir e ver narrados por Walle, tendo como referência as formulações teóricas dos estudos culturais, com destaque para a noção cunhada por Stuart Hall de que “os sistemas de representação são os sistemas de significado pelos quais representamos o mundo para nós mesmos e para os outros”. O diálogo com abordagens presentes em vários autores permite refletir sobre as relações coloniais/decoloniais em contextos “latino” americanos e amazônicos.
Neste artigo, pretendemos fazer um estudo em torno da Rádio Difu¬sora Acreana (RDA) no Estado do Acre; precisamente na Rádio como um aparelho difusor de ideologias, de discursos carregados de inter¬esse e de poder. Foi através dos discursos proferidos pelos meios de comunicação, em destaque a RDA que, foi usada durante anos para a veiculação dos discursos dos governantes acreanos e, por conseguinte, discursos de resistência que iam contra os interesses do governo. Para tal estudo, utilizaremos como aporte teórico/metodológico as pesqui¬sas sobre o rádio de Lia Calabre, Francisco de Moura Pinheiro; os pres¬supostos da História Oral de Alessandro Portelli e Montenegro; além de alguns pilares da Análise do Discurso francesa, como Miclhel Fou¬cault e Mikhail Bakhtin; e entrevistas e depoimentos de funcionários da RDA. As fontes teóricas/metodológicas e orais acima citadas nos per¬mitirão fazermos um estudo conciso sobre este meio de comunicação de massa no Acre, possibilitando evidenciarmos o uso da rádio como meio disseminador da ideologia dominante e, como a rádio passa a veicular discursos de resistência as oligarquias e governantes acreanos.
CDD 301 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br APRESENTAÇÃO Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma Tem mil faces secretas sobre a face neutra E te pergunta, sem interesse pela resposta, Pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Drummond O livro faz parte da publicação de três volumes reuni trabalhos e pesquisas realizadas por acadêmicos de universidades realizadas na diversas Regiões do Brasil. O rigor metodológico e científico presentes na elaboração do livro revela a seriedade e a profundidade com que os temas foram tratados, por isso, trata-se de uma leitura necessária e obrigatória para quem pretende fazer ciência no Brasil. Faço deslizar lentamente os meus olhos pela linha de palavras que compõem o tema deste livro, sendo o meu primeiro desafio: qual face dessas palavras, entre as mil que possam ter, escolherei para tecer o fio que me permitirá entrar e sair do labirinto deste texto, de saída, que o discurso daquele que analisa não pode ter a aspiração de ser o avesso de discursos outros (do filósofo, do educador, da histeria, do mestre na intenção de passar-lhes a purificado. Gostaria de me deixar levar pelos pensamentos que me arrebatam no processo que ora início de me haver com a provocativa questão: afinal, qual a importância dos conhecimentos produzidos por nós mesmos na área das chamadas Ciências Humanas? Contudo, sinto-o agora, o começo de qualquer discurso, como reconheceu Foucault, é angustiante. Ele, que tratou com seriedade e rigor o tema, sentiu o forte o peso que lhe conferia a linguagem em sua aula inaugural no Collège de France. Em sua fragilidade humana confessou: Ao invés de tomar a palavra, gostaria de ser envolvido por ela e levado bem além de todo o começo possível.(...) (p.5) Escrever é como falar, uma captação de palavras; encontrar aquelas apropriadas para dar forma ao pensamento promove a obstinação de um arqueólogo. Percebo que a língua é uma matéria prima indócil. Em primeiro lugar, porque quem escreve luta com palavras, como escreveu Drummond (O lutador). Em segundo, porque força o autor no confronto com a própria solidão, com a lacuna de "algo que pudesse ter estado sempre aí" e pudesse, simplesmente, deixar-se (con) fundir. Isso me faz refletir sobre a produção de conhecimento, quase sempre nos referimos à construção de saberes apontados sob a forma escrita. Nos meios acadêmicos essa é, ao mesmo tempo, uma exigência das agências de fomento e uma forma de controle institucional de produção. Somos impelidos a escrever e a estar cada vez mais em solidão. O risco que corremos: terminarmos por nos afastar do mundo e dos papéis que, nas ruas, nas esquinas, em nossas casas e classes tornam a vida um movimento coletivo d...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.