Trata-se de um relato de intervenção que objetivou descrever as experiências de coordenadores, docentes e discentes de dois programas de residências multiprofissionais, na implementação de intervenções para o enfrentamento da Covid-19, desenvolvidas sob a perspectiva da interprofissionalidade. A experiência ocorreu de março a novembro de 2020, a partir da Residência Multiprofissional em Saúde Mental e Residência Multiprofissional em Saúde da Família, da Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia. Identificaram-se que as ações possibilitaram maior engajamento de residentes com profissionais de diversos serviços do Sistema Municipal de Saúde, com ênfase na Estratégia Saúde da Família e na Rede de Atenção Psicossocial, facilitando a colaboração interprofissional em saúde para a prestação de apoio psicossocial, vigilância em saúde e ações de promoção da saúde e prevenção de agravos. Desse modo, concluiu-se que a integração entre programas de residências e sistemas de saúde corresponde a uma relação que tece desafios e potencialidades no campo da interprofissionalidade e que semeia um potencial para a resolução da emergência de saúde pública por Covid-19.
Introdução: A abordagem psicossocial de sofrimentos mentais, emocionais e afetivos se coloca como uma das principais estratégias que aproxima o modelo assistencial recomendado pela reforma psiquiátrica. Assim, os profissionais que atuam na política de saúde mental devem exercer uma prática profissional ética e de qualidade. Objetivo: Relatar a experiência de atendimento interprofissional ao público infantojuvenil desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial Damião Ximenes Lopes em Sobral – Ce. Material e métodos: Relato de Experiência a partir da criação de uma estratégia de cuidado às crianças, adolescentes e seus familiares em situação de vulnerabilidade psicossocial. Resultados: Foi um grande desafio durante o período pandêmico da Covid -19. Compreendendo que na atual conjuntura devido as restrições sanitárias, tornou-se necessário o desenvolvimento de uma estratégia de cuidado onde pudesse ser desenvolvido com a finalidade de atenção de qualidade. Assim, a interprofissionalidade foi eleita como a estratégia principal para nos aproximarmos da compreensão das dificuldades que podem produzir sintomas, comportamentos, alterações de humor, dificuldades na aquisição da fala, dificuldades de aprendizagem, o resgate histórico destes sintomas, sofrimentos psíquicos e problemas afetivos. Durante os atendimentos eram ofertados cuidado a partir da necessidade de cada usuário e de seu Projeto Terapêutico Singular, contávamos com as seguintes categorias profissionais; serviço social, psicologia, educação física e psiquiatria. Sendo assim, a partir da abordagem da clínica ampliada e “desmedicalizante” de alguma forma reafirma o cuidado preconizado pela reforma psiquiátrica. Conclusão: A partir da interprofissionalidade foi possível realizar um cuidado de qualidade às crianças e adolescentes, onde cada profissional através prática colaborativa de processo de integração de saberes.
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