Neste artigo, analisa-se a produção de sentidos na autonarrativa de uma professora negra ao construir seus projetos identitários concernentes à trajetória escolar e profissional, aos arranjos afetivoconjugais face ao seu pertencimento racial. Define-se como questão norteadora da discussão: em que medida a docente assume posicionamentos discursivos que refletem a interação entre seus anseios pela liberdade individual e/ou a segurança que a comunidade oferece? Utilizam-se como dispositivos analíticos as teorizações foucaultianas, articuladas a estudos étnico-raciais, identitários e noções da Análise do Discurso Francesa (AD). Concluiu-se que a docente, em seus roteiros autobiográficos, se muniu de estratégias que traduzem batalhas por ela travadas ao construir seus projetos identitários, à medida que institui uma história de vida traduzida por efeitos que contradizem discursos que a história reservou a negros/as.
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