Este artigo analisa o consumo e as percepções de medicamentos entre índios Guaraní do litoral de Santa Catarina, Brasil. A pesquisa etnográfica envolveu observação participante, entrevistas abertas e semi-estruturadas e pesquisa domiciliar. Analisando seis meses (2008) de prescrições médicas, foram indicados 458 medicamentos em 236 consultas, sobressaindo-se as preparações para tosse e resfriado, os analgésicos e os anti-helmínticos, entre outros. Nas três pesquisas domiciliares, os analgésicos e as preparações para tosse e resfriado foram os mais encontrados em 2006 e 2007, e os antianêmicos em 2008. Os Guaraní utilizavam os serviços de atenção básica principalmente para gripe, tosse e diarréia, incluindo também em suas práticas a procura pelo pajé e a autoatenção com medicamentos e ervas, reconhecendo para os medicamentos sua eficácia e avaliando o tratamento de acordo com suas experiências e concepções do processo saúde-doença-atenção. O estudo indica a necessidade de diálogo entre profissionais e usuários, articulando os diferentes saberes em saúde.
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