A denominação cromomicose é usada em micologia e dermatologia para designar um tipo de dermatite verrucosa produzida por fungos dos gêneros Phialophora (P. verrucosa), Hormodendrum (H. pedrosoi, H. compactuai) e outros; na espécie humana tem sido descrita até hoje apenas localização cutânea e, raramente, mucosa. Carini, em 1910, descreveu localização pulmonar, renal e hepática em anfíbio. O registro do presente caso -micose do sistema nervoso produzida por organismo que apresenta coloração semelhante à dos fungos da cromomicose -se justifica pela sua localização até hoje não assinalada no homem.O diagnóstico só foi feito mediante o exame necroscópico. Como se verá na seqüência dos exames complementares, as grandes variações encontradas nos exames de líqüido cefalorraquidiano e do sôro sangüíneo não só não permitiram diagnóstico etiológico como, em diversas ocasiões;, desviaram inteiramente o curso da terapêutica empregada. OBSERVAÇÃO J. D. S. (reg. H.C. 250851), homem com 34 anos, preto, lavrador. O paciente sempre fora sadio; tivera teníase, negando passado venéreo. Início da moléstia atual em novembro de 1951, com cefaléia frontal, quase contínua e de intensidade progressiva, acompanhadade dor ocular e retro-ocular; diminuição progressiva da acuidade visual e diplopia. Teve, nesse período, duas crises convulsivas no hemicorpo direito, predominando no membro superior, não acompa-Trabalho entregue para publicação em 28 maio 1953.
Pelo 0r, Tloriano paulo de Qlmeída TRABALHO DO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO PAULO.COM os nomes de "Piedra", trichomycose nodular, tinha no~ dosa, trichosporia, etc, designa-se uma mycose benigna e relativamente commum na classe dos estudantes. Pelo que se deprehende da observação dos autores nacionaes, que do assumpto se têm occupado, cerca de 80 % dos casos de "Piedra" encontrados no Brasil são de estudantes. Não raro surgem pequenas epidemias em collegios, principalmente em internatos, consoante observações de Bruno Lobo no Rio de Janeiro e José de Assis no Rio Grande do Sul.Esta mycose, descripta pela primeira vez na Colômbia, onde em certas regiões é relativamente freqüente entre as mulheres, foi depois encontrada na Europa. Antes, porém, dos estudos de Nicolau Ozorio e Pozada Arango em 1876 na Colômbia,, já Beigel, no Velho Continente, havia descripto a "moléstia dos chinos", attribuindo-lhe uma natureza cryptogamica, contestada porém por seus contemporâneos. Com o material enviado pelos autores colombianos foram feitos optimos trabalhos por Desenne, Juhel Renoy, Morris, Lyon, Behrend, provando á saciedade a natureza vegetal dos nodulos parasitários. Em contraposição á "Piedra colombica" receberam os casos europeus a designação de "Piedra nostras" No Brasil devemos a Pedro Severiano de Magalhães a publicação, em 1901, do primeiro caso de Piedra entre nós occorrido. Chronologicamente, porém, a primazia da verificação dessa mycose pertence a Victor Godinho, que com Francisco Fajardo estudou um caso de sua clinica em 1896.Este caso só foi dado á publicidade em 1906, depois da publicação por Severiano de Magalhães de seu "Novo caso de Piedra" Em 1911, Parreiras Horta, do Instituto Oswaldo Cruz, em optima monographia "Sobre uma nova fôrma de Piedra", estuda cuidadosamente o assumpto, descrevendo, nos casos brasileiros que estudou, kystos até então não observados nos casos indígenas, nem nos extrangeiros. Desses estudos resultou a creação de uma
ADERBAL CARDOSO DA CUNHA(Dacteriologista do Hospital das Clínicas da Univ. S. Paulo) O estudo da hemossedimentação na granulomatose paracoccidióidica não foi ainda sistematisado, tendo sido objeto de poucas pesquisas pòr parte dos nossos estudiosos.Consultando a bibliografia referente ao granuloma paracoccidióidico, encontramos no trabalho de Ramos-Oria e Pio (1939) resultados de hemossedimentações praticadas, mas os autores se limitam a apresentar esses valores, nenhum comentário fazendo sobre a utilidade prática da reação de Fahraeus.O problema da "blastomicose sul-americana" torna-se cada vez mais importante, principalmente porque entre nós ocorre sob forma endêmica, sendo os doentes cada vez mais numerosos e as manifestações clínicas as mais variadas. Seria portanto interessante procurar saber si existe um paralelismo entre o grau de extensão e intensidade das lesões e as modificações gerais do organismo, e se seria possível conhecer o modo da reação geral face a determinado tratamento.(*) Somos gratos ao Dr. Domingos Oliveira Ribeiro, ex-chefe da Clínica Dermatológica da 4.» M. H, da Sta. Casa* de S. Paulo, pelas facilidades a nós proporcionadas na realisação do presente trabalho.
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