RESUMO: O artigo se inscreve na intersecção entre a educação e a produção fílmica. O argumento propõe reflexões sobre a educação escolar e as formas de controle exercido no cotidiano de alunos, professores e gestores a partir de instigantes provocações que o filme The Matrix, o primeiro da trilogia, nos oferece. Nosso interesse está nas práticas escolares de institucionalização dos sujeitos, produzindo realidades inevitáveis. Os sujeitos são produzidos através de discursos sofisticados, mediados pelas novas tecnologias de comunicação e informação. Nos propomos a discutir tanto as formas de controle do pensamento e de sua produção, quanto a própria possibilidade de realizar percursos no interior do roteiro de um filme, considerando as tramas de seu enredo. Estabelecemos uma leitura exploratória da construção do herói dostoievskiano para superar uma leitura superficial e fatalista, possível naquele filme. Palavras-chave:Realidade-irrealidade. Controle. Formação do "Eu".Educação. Matrix. THE MATRIX: THE FORMATION ADVENTURE IN A TECHNOLOGIZED WORLDABSTRACT: This article is in the intersection between education and movie production. The argument suggests reflections about school education and the forms of control that it has over students', teachers' and directors' everyday lives, with the use of great instigation provided by The Matrix, the first movie of the Matrix trilogy. Our focus in on school practices towards institutionalizing individuals, creating inevitable realities. Individuals or subjects are produced
Apresentamos neste o resultado de pesquisas no âmbito de políticas públicas voltadas ao processo de elaboração do Projeto Político-Pedagógico de unidades escolares em redes municipais do interior paulista. Oferecer subsídios aos debates em Planejamento escolar de escolas públicas municipais, baseado em vivências e construção de dados junto a profissionais da educação dessas redes. Esclarecemos que nossa análise possui um recorte na malha urbana estadual com foco em municípios em que a população absoluta gira em torno de 200.000 habitantes. Justificamos esse recorte pelo fato de que a malha paulista, com 645 municípios apresenta um conjunto de 93,95% de municípios nessa faixa populacional. Isso implica em aspectos que os tornam muito semelhantes, do ponto de vista de políticas públicas em educação, sobretudo naquelas que se referem ao planejamento educacional. Possuem, em geral, redes de escolas que vão de apenas uma – que representa o centro da vida social de seus munícipes – a algumas dezenas delas. É recorrente a carência de amplos e profundos debates em torno do planejamento, levando, muitos, a importarem modelos que pouco se adéquam às suas realidades. No âmbito deste texto oferecemos subsídios para que se possa repensar essas políticas.
No presente texto nos debruçamos sobre a temática do controle social sobre a Educação, no escopo da gestão democrática. Suspeitamos que os discursos enunciados nesse campo estão marcados por ações pragmáticas de sujeitos que integram conselhos de acompanhamento das políticas públicas no setor. Analisamos aspectos legais relacionados ao direito à Educação, bem como ao financiamento público que o setor demanda. Também debatemos a participação no âmbito de conselhos de educação como forma de efetivação de acompanhamentos dos processos de decisão que lhes são pertinentes. Trazemos para o debate conceitos como o accountability para exame sobre concepções que dele decorrem e de possíveis deslizamentos semânticos produzidos a partir dessa categoria teórica, oriunda do campo empresarial. Palavras chave: Controle social da educação. Políticas públicas em educação. Gestão democrática.Accountability.
The objective of this article is to assimilate the Discourse Analysis, according to Foucault, with the purpose of having this theoretical-methodological reference in the researches in Education. Based on the foucaultian perspective, the relation between discourse and power is elucidated, since for Foucault everything is practical and interconnected in the relations of power and knowledge. The discourse is more than the reference of things, as it allows a conceptual network that is its own. This study is justified due to the area of Education investigating and referring to the different discourses of segments of the school, such as: managers, teachers, students, employees, or even official texts on educational policies etc., that is, the diverse and deep perspectives to investigate things said. In order to facilitate the understanding of the Foucaultian theory, we sought to exemplify it with research related to the field of Education in general, as well as specific researches developed by research groups of the Education, Culture and Subjectivity Line of the Post-Graduate Program in Education of the Federal University of São Carlos. ResumoO objetivo deste artigo é auxiliar os pesquisadores da área de Educação a compreenderem algumas possibilidades de aplicação da Análise do Discurso, segundo Foucault, com o propósito de dispor deste referencial teórico-metodológico nas pesquisas em Educação. Foucault (1979) trata da relação entre discurso e poder, visto que para o autor as práticas discursivas estão interligadas nas relações de poder e saber. O discurso é mais do que a referência das coisas, pois possibilita uma rede conceitual que lhe é própria. Este estudo justifica-se devido à necessidade da área de Educação investigar e referendar os diferentes discursos de segmentos da escola, como: gestores, professores, alunos, funcionários, ou mesmo de textos oficiais sobre políticas educacionais, etc., isto é, as diversas e profundas perspectivas de investigar as coisas ditas. Para facilitar a compreensão da Análise do Discurso, buscamos exemplificá-la com pesquisas referentes ao campo da Educação, em geral, como também pesquisas específicas desenvolvidas em 2017 e 2018, por grupos de pesquisa da Linha Educação, Cultura e Subjetividade do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de São Carlos.Keywords: Research in education, Discourse analysis, Foucaultian perspectives.Palavras-chave: Pesquisa em educação, Análise do discurso, Perspectivas foucaultianas.ReferencesABRAMOVAY, M.; WAISELFISZ, J. J.; ANDRADE, C. C.; RUA, M. G.. Gangues, galeras, chegados e rappers: juventude, violência e cidadania nas cidades da periferia de Brasília. Rio de Janeiro: Garamond/UNESCO, 1999. 250p.ADORNO, Sérgio; BORDINI, Eliana B. T.; LIMA, Renato Sérgio de. O adolescente e as mudanças na criminalidade urbana. São Paulo Perspec. [online]. 1999, vol.13, n.4, pp.62-74. ISSN 0102-8839. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88391999000400007. CAMPOS, P. H. F.; TORRES, A. R. R.; GUIMARÃES, S. P. Sistemas de representação e mediação simbólica da violência na escola. Educação e Cultura Contemporânea, 2004, 1(2), 109-132.CHARAUDEAU, P.; MAINGUENEAU, D. Dicionário de Análise de discurso. Coordenação da tradução Fabiana Komesu. 3ª ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2016.DUBET, F. Sociologia da experiência. Trad. Fernando Tomaz. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979. 295 p.FOUCAULT, M. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.FOUCAULT, M. Vigiar e punir: a história da violência nas prisões. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade: curso no College de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999b.FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 1985.FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2001.HONNETH, A. Luta por reconhecimento: a gramática dos conflitos sociais. 2ª edição. Trad. Luiz Repa. São Paulo: Editora 34, 2003.PINHEIRO, P. S.; ALMEIDA, G. A. Violência urbana. São Paulo, SP: Publifolha, 2003.PINTO, C. R. J. Com a palavra o senhor Presidente Sarney: ou como entender os meandros da linguagem do poder. São Paulo: Hucitec, 1989.SANTOS, J. V. T. dos. Violências e conflitualidades. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2009.SIMMEL, G. Questões fundamentais de sociologia. Trad. Pedro Caldas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.VELHO, Gilberto. O desafio da violência. Estud. av. [online]. 2000, vol.14, n.39, pp.56-60. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142000000200006. VEYNE, P. Foucault: seu pensamento, sua pessoa. Trad. Marcelo Jacques de Morais. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.ZALUAR, A.; LEAL, M. C. Violência extra e intramuros. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2001, 16(45), 145-164.
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