As sementes de abóbora são, na maioria das vezes, descartadas ou destinadas à alimentação animal, apesar de serem uma fonte promissora de proteínas. Diversos estudos têm demonstrado o potencial técnico‑funcional de diferentes proteínas vegetais utilizadas no processamento de alimentos como ingredientes para melhoria das propriedades de formação de espuma, emulsificação e gelificação. Entretanto, a baixa solubilidade em água das proteínas de sementes de abóbora dificulta a sua aplicação industrial em diversos produtos. Para superar esta limitação, a hidrólise dessas proteínas surge como uma estratégia promissora para obtenção de compostos com melhores propriedades técnico-funcionais em comparação com as proteínas nativas. Além disso, os peptídeos obtidos podem exercer potenciais propriedades biológicas, tais como: atividades antidiabética, antioxidante, anti-hipertensiva, anti-inflamatória e antimicrobiana. Com esta revisão de literatura, estudos sobre proteínas de sementes de abóbora, sua composição e propriedades técnico-funcionais foram compilados. As propriedades dos hidrolisados e peptídeos bioativos obtidos por meio da hidrólise enzimática das proteínas de sementes de abóbora foram enfatizados, de modo a difundir conhecimentos acerca do aproveitamento sustentável de uma fonte proteica de elevado potencial industrial. Os trabalhos mostraram que a hidrólise enzimática possibilita a obtenção de peptídeos bioativos com propriedades biológicas relevantes. Porém, estudos também devem ser conduzidos para compreensão do comportamento dos peptídeos bioativos em diferentes matrizes alimentares e em sistemas in vivo, a fim de reconhecer as suas bioatividades apresentadas in vitro.
Devido a projeção de crescimento populacional para as próximas décadas, a demanda pela produção de alimentos vem desencadeando um aumento na geração de subprodutos agroindustriais. No passado, esses subprodutos eram vistos como uma problemática a ser solucionada, porém, no cenário atual, eles podem servir como matéria-prima para diversas indústrias, sendo a principal estratégia utilizada para o desenvolvimento de produtos e processos e, também, para a extração de compostos de interesse, como os compostos bioativos. Os compostos bioativos são divididos em grupos contendo várias substâncias e, dentre elas, destacam-se os polifenóis e carotenoides, que podem expressar atividades biológicas e funcionais importantes, despertando a atenção para sua extração. Neste contexto, a aplicação de tecnologias inovadoras de extração nas indústrias de alimentos tem sido amplamente estudada e investigada, principalmente devido ao aumento da consciência dos consumidores por opções mais ecológicas que não incluam a utilização de solventes orgânicos nocivos à saúde. Dessa forma, extrações assistidas por tecnologias não convencionais ou emergentes como ultrassom (US), micro-ondas (MO), fluído supercrítico (FS), fluído pressurizado (FP), alta pressão hidrostática (AP) e campo elétrico pulsado (CEP) têm demonstrado diversas vantagens quando comparadas aos métodos de extração tradicionais, como uso de temperaturas moderadas e menor tempo de extração, porém ainda enfrentam barreiras para sua inserção à nível industrial. Portanto, esta revisão visa apresentar os compostos bioativos provenientes de frutas e vegetais e seus métodos de extração, enfatizando o potencial das tecnologias emergentes para tal finalidade.
A demanda por produtos de origem animal cresce ao longo dos anos, o que gera preocupações ambientais, sociais e econômicas. A sustentabilidade na cadeia produtiva de alimentos é um assunto que vem sendo muito discutido, visto que, se a população não mudar seus hábitos e a ciência não buscar formas de preencher essa lacuna, um dos maiores problemas que o ser humano enfrentará no futuro será a fome. Os atuais sistemas de produção de carne são uma fonte de poluição e um consumo significativo de terra e recursos hídricos. A carne artificial é uma alternativa frente aos problemas encontrados devido a sua forma mais sustentável de cultivo. Desta forma, essa revisão aborda as técnicas de cultivo e as perspectivas dessa cadeia produtiva.
O aumento no número de indivíduos com restrições ao consumo de leite e seus derivados, devido à fatores como intolerância à lactose e/ou alergia às proteínas lácteas, bem como por questões culturais, sustentáveis, éticas, de saúde e adeptos ao veganismo, tem favorecido o desenvolvimento de novos produtos à base de vegetais. Comercialmente é possível encontrar produtos com formulações 100% à base de vegetais com características sensoriais similares aos alimentos de origem animal. Entretanto, um dos desafios em produtos plant-based, incluindo o queijo, é a complexidade composicional e estrutural destes produtos para se assemelharem as características sensoriais dos de origem animal. Assim, a indústria alimentícia tem investido e aprimorado novas tecnologias no desenvolvimento destes produtos, conhecidos como plant-based. O queijo é um dos produtos lácteos mais consumidos, seja na forma individual ou como ingrediente na elaboração de outros produtos. Desta forma, verifica-se uma demanda para este produto em base vegetal. Portanto, essa revisão apresenta o cenário dos produtos tipo queijo vegetal que visam atingir características sensoriais e tecnológicas similares aos produtos lácteos disponíveis no mercado de forma a atender a essa demanda de consumidores cada vez mais crescente.
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