O fenômeno conhecido como desertificação, resulta da degradação das terras nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas. É consequência do resultado da pressão antrópica sobre o meio como também das variabilidades climáticas. Os danos ambientais gerados por esse processo afetam de forma direta na qualidade de vida da população, fazendo-se necessário a realização de estudos nessas áreas para que os resultados produzidos sirvam de apoio, seja através de medidas de recuperação ou de prevenção. O objetivo deste trabalho é a identificação das áreas susceptíveis à desertificação na região semiárida do Norte do Estado de Minas Gerais, utilizando de técnicas de sensoriamento remoto para caracterizar e avaliar a área. O índice de vegetação (NDVI) produzido a partir da imagem LANDSAT 5 TM foi utilizado para caracterizar a cobertura do solo para os anos de 2001 e 2010. As classes geradas foram quantificadas e comparadas nesses dois anos. Através dos resultados obtidos foi possível verificar o nível de degradação na região e as mudanças na cobertura do solo para os períodos analisados. O estudo indicou uma tendência de crescimento nas áreas em desertificação para a área analisada.
Com o uso das geotecnologias é possível identificar o potencial que evoluem as mudanças temporais de um espaço físico-territorial. No presente trabalho buscou-se avaliar as mudanças do uso e ocupação do solo na Bacia do Rio Vieira entre um espaço temporal de três anos. Para a verificação das alterações ocorridas do mapeamento realizado por Leite et al. (2011), foi utilizado a mesma base metodológica para o ano de 2012, com classificação supervisionada, pixel a pixel, algoritmo de máxima verossimilhança (MAXVER) e limiar de aceitação de 99,99%, sendo definidas as seguintes classes; área urbana, cultura agrícola, mineração, recursos hídricos, pastagem, silvicultura, vegetação natural e outros. Dentre as mudanças sofridas por essa bacia no intervalo de três anos, pode-se perceber aumento de uso do solo para atividade minerária e de silvicultura, além de contínuo uso para pastagem, uma vez que a região tem a agropecuária como uma atividade economicamente representativa.
A visão sinótica proporcionada pelas imagens de satélite, aliada às diversas resoluções espaciais, temporais e radiométricas dos sensores disponíveis, são capazes de subsidiar informações sobre a cobertura terrestre. Nesse contexto, muitas pesquisas estão voltadas à compreensão da dinâmica de formações vegetais, devido ao fato de que através da observação do comportamento de cada ecossistema é possível inferir a elaboração de estratégias que preservam os recursos florestais. Este trabalho propôs utilizar dados NDVI e EVI do sensor MODIS na observação da dinâmica de duas formações vegetais presentes no Parque Estadual Lapa Grande em Montes Claros. Os dois índices analisados se mostraram coerentes com o padrão normalmente apresentado por essas formações em outros estudos realizados. O EVI exibiu valores inferiores aos de NDVI, devido a este ser menos sensível às contaminações do substrato e da atmosfera. Os valores de reflectância dos índices acompanharam as demarcações das estações chuvosas e secas, da área de estudo. De forma geral, os índices de vegetação, NDVI e EVI do produto MOD13Q1, foram eficientes na observação da variação sazonal das formações florestais em estudo, muito devido à alta qualidade dos produtos MODIS e sua alta periodicidade, tornando a metodologia eficiente para um acompanhamento da dinâmica dessas fitofisionomias.
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